CARPE DIEN

domingo, 16 de dezembro de 2012




FELIZ FESTAS A TODOS MEUS AMORES DA



 MINHA VIDA,





MINHAS JOIAS


ATÉ O PRÓXIMO 2013


VALEUUUUUUUUUU 

CORINTHIANSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

domingo, 9 de setembro de 2012

Descolonização Afro-Asiática



Descolonização Afro-Asiática Após a Segunda Guerra Mundial, dois blocos se confrontavam na Guerra Fria, o bloco Capitalista (EUA) e o Socialista (URSS). Enquanto isso, as nações-metrópoles européias, concentradas em sua recuperação, observavam a derrocada dos seus impérios coloniais na África e Ásia. As potências imperialistas européias, enfraquecidas pelos efeitos mais gerais da Primeira Guerra, crise de 1929 e Segunda Guerra, não conseguiram barrar os processos emancipacionistas coloniais. Ao longo do pós-guerra, a população colonial começou a identificar as contradições existentes entre os princípios propagados pelos colonizadores europeus e suas práticas políticas e administrativas. Esses fatores conjugados estimularam os movimentos de descolonização e de luta pela autodeterminação. Diferentemente do processo emancipacionista ocorrido nas Américas (séculos XVIII-XIX), que tinha apenas um caráter político-jurídico, o nacionalismo afro-asiático do século XX, tinha também um conteúdo econômico-social, reagindo não só ao colonialismo, mas também ao racismo e ao imperialismo. A eclosão do processo de descolonização trouxe uma estratégia dos países que emergiam no continente africano e asiático. Em Bandung (1955), na Indonésia, reuniram-se 29 desses países que se apresentavam naquela conjuntura como o terceiro mundo. Pronunciaram-se pelo socialismo e neutralismo, como também contra o ocidente (EUA e Europa) e contra a URSS, e proclamaram o compromisso de povos liberados de ajudar a libertação dos povos dependentes. O espírito de Bandung permaneceu por mais de uma década alimentando movimentos de libertação. Contudo, esse posicionamento da conferência de Bandung não deu aos movimentos de libertação uma uniformidade. Isto resultou da própria forma de colonização, feita por metrópoles diversas que impuseram nos seus domínios costumes e valores diferentes. Por isso, a independência afro-asiática foi marcada por caminhos opostos, pacíficos ou violentos. Cada processo teve uma situação peculiar determinada pela situação de cada colônia e pela posição da respectiva metrópole a respeito da independência. 1. A África Uma das primeiras conseqüências da Segunda Guerra Mundial foi a emancipação política dos antigos povos coloniais, particularmente na África e na Ásia. Tanto num como noutro continente, as antigas colônias européias participaram ativamente do conflito, lutando, ombro a ombro, ao lado de suas metrópoles contra o inimigo comum. No decurso dos vários anos de guerra, várias dessas colônias foram subitamente abandonadas à sua própria sorte e tiveram de enfrentar sozinhas situações de extrema necessidade, o que as forçou a uma experiência de autonomia. Finda a guerra, a Europa viu-se enfraquecida, obrigada a aceitar a ajuda das superpotências, os EUA e a URSS, as quais começaram a disputar entre si áreas de influência na Ásia e na África, estimulando o processo de descolonização. Ao mesmo tempo, a elite intelectual das diferentes colônias afluía, em número cada vez maior, aos grandes centros universitários, não só europeus como americanos, inteirando-se dos ideais de liberdade,sobretudo daqueles expressos na Carta das Nações Unidas e na Declaração Universal dos Direitos do Homem. Todo esse conjunto de fatores levou os povos afro-asiáticos a exigirem que seus direitos à liberdade e à autonomia fossem reconhecidos e conduziu-os à dissolução dos antigos impérios coloniais. Até 1950 existiam na África apenas quatro países independentes: a Etiópia, a Libéria, o Egito e a República Sul-Africana. Entre 1951 e 1958, conquistaram sua independência, no continente africano, a Líbia (1951), o Sudão (1956), o Marrocos (1956), Gana (1957) e Guiné (1958).




Após a Conferência de Bandung (Indonésia, 1955), onde foi aprovado o princípio da coexistência pacífica e dos direitos à autonomia e à liberdade dos países africanos e asiáticos,o ritmo de descolonização e o processo de independência aceleraram-se consideravelmente, na África, a partir de 1960. Muitas das antigas colônias européias adotaram nomes nativos; por motivos de dissensões ou de conflitos internos, algumas delas desmembraram-se em novos países.



 Algumas dessas dissensões internas não chegaram a se concretizar como desmem-bramentos, mas se destacaram pela guerra violenta e pela participação de forças externas, tais como: a tentativa de Katanga de se seccionar do Zaire, ex-Congo Belga (1960–1965), e a de Biafra de se seccionar da Nigéria (1967–1970). As colônias portuguesas foram aquelas que mais tiveram de lutar pela sua independência, uma vez que o regime salazarista de Portugal negava-se a qualquer diálogo no sentido de autonomia das colônias. Somente após a queda do regime (1974), foram possíveis os entendimentos para a independência de Moçambique (25 de junho de 1975) e de Angola (10 de novembro de 1975). Um dos grandes problemas da África atual é a posição adotada pela República Sul-Africana e pelo Zimbábue (antiga Rodésia). Enquanto, na maioria das colônias, o branco praticamente se retirou, entregando o poder aos negros, naqueles dois países, a independência foi feita pelos próprios brancos, que permaneceram no poder e não reconheceram os direitos da maioria negra. Por essa razão, vêm sofrendo pressões da ONU e dos demais países africanos. 2. Ásia Na Ásia, o processo de descolonização foi bem mais complexo e as conseqüências repercutem ainda em nossos dias. As Ilhas Filipinas puderam chegar pacificamente à sua autonomia em 1946. Em 1947, a Índia, a mais importante das antigas colônias britânicas na Ásia, tornou-se independente graças à atuação de Mahatma Gandhi, usando o princípio da não-violência, subdividindo-se, porém, a seguir, em República da Índia e República do Paquistão. Ainda em 1947, a Inglaterra concedeu independência à Birmânia. A Holanda viu-se compelida a reconhecer a independência da Indonésia em 1949. Convém lembrar agora que, em 1949, após a vitória do regime comunista na China, esta dividiu-se em República Popular da China e China Nacionalista (Formosa). A presença das duas Chinas é ainda um ponto de tensão no Oriente, embora, em 1971, a República Popular da China tenha sido admitida na ONU em detrimento da China Nacionalista. O surgimento da China comunista alterou sensivelmente o quadro das relações entre os povos do Oriente. Já em 1950, interferiu na Guerra da Coréia, ao lado da Coréia do Norte. Pouco tempo depois, passou a interferir também na Guerra do Vietnã, a favor do Vietnã do Norte (comunista), apoiado pelos russos, contra o Vietnã do Sul, apoiado pelos americanos. A Guerra do Vietnã foi uma conseqüência direta do processo de descolonização da Ásia. Após prolongadas lutas, a antiga Indochina francesa conseguiu finalmente a sua independência em 1954, mas se desmembrou em Laos, Camboja e Vietnã. Neste último, desencadeou-se a guerra civil entre o Vietnã do Norte, controlado pelos comunistas e recebendo apoio da URSS e da China, e o Vietnã do Sul, que recebeu apoio dos EUA. Essa guerra se transformou num dos mais violentos conflitos do mundo contemporâneo (1963-1973). A retirada das tropas americanas do Vietnã e as conversações em Paris permitiram o estabelecimento da paz em 1973, mas o desfecho final se deu em 1975, quando o Vietnã foi unificado dentro do regime comunista.

A Guerra do Vietnã terminou por envolver também o Camboja e o Laos. Nesses países, as forças em choque foram as mesmas da Coréia e do Vietnã. O resultado final foi o avanço, na Ásia, de regimes comunistas.

Em 1975, instalou-se no Camboja um Estado socialista, criando a República do Khmer; e, no Laos, foi instalada a República Democrática Popular do Laos, também adotando a linha socialista. Apesar do auxílio da URSS para o desenvolvimento da China, as relações amistosas entre os dois países começaram a se alterar a partir de 1959. Nesse ano, a URSS anulou o acordo de cooperação no campo atômico, porém não conseguiu impedir que, em 1964, a República Popular da China explodisse sua primeira bomba atômica. As dissensões entre as duas potências chegaram até a ataques armados em torno da região de Ossuri (2 a 15 de março de 1969). Entretanto, o afastamento das duas nações comunistas permitiu uma aproximação entre a China e os EUA, e deste com a URSS, resultando em mais equilíbrio e maior distensão na política internacional. Exercícios Resolvidos 01. (Fuvest-SP) A doutrina de Gandhi está sintetizada nestas palavras, dirigidas a um inglês: “Para fazer triunfar a nossa causa, estamos dispostos a derramar o nosso sangue – não o vosso”. a) Qual era a causa de Gandhi? b) Quais os princípios fundamentais de sua doutrina? Resposta a) A Independência da Índia em relação ao colonialismo britânico. b) Não-violência, desobediência civil e resistência passiva. 02. Por que motivo os países colonizados intensificaram suas lutas pela independência após a Segunda Guerra? Resposta Aproveitando-se da debilitação dos países colonizadores da Europa e do Japão, as colônias na Ásia e na África intensificaram as lutas para obterem sua independência. 03. O que foi a Conferência de Bandung? Resposta Movidos por interesses políticos, econômicos e sociais comuns, vários novos países africanos e asiáticos reuniram-se em Bandung, na Indonésia, e estabeleceram uma linha de atuação, defendendo o direito à autonomia e à liberdade dos povos africanos e asiáticos e o princípio da coexistência pacífica.



A conferência de Bandung A conferência afro-asiática discutiu os problemas dos povos dependentes, do colonialismo e dos males resultantes da submissão dos povos ao jugo do estrangeiro, à dominação e à exploração deste último. A Conferência está de acordo: 1) Em declarar que o colonialismo, em todas as suas manifestações, é um mal a que deve ser posto fim imediatamente; 2) Em declarar que a questão dos povos submetidos ao jugo do estrangeiro, ao seu domínio e à sua exploração constitui uma negação dos direitos fundamentais do homem, é contrária à Carta das Nações Unidas e impede favorecer a paz e a cooperação mundiais; 3) Em declarar que apóia a causa da libertação e independência desses povos; 4) E em apelar para as potências interessadas para que elas concedam a liberdade e a independência a esses povos...

Declaração de Bandung, in Freitas, Gustavo de. 900 textos e documentos de História.V. III, Lisboa. Plátano, 1976, p.348. Descolonização A Índia obtém a independência no dia 15 de agosto de 1947. É uma das datas mais importantes da descolonização: nesse dia, várias centenas de milhões de homens passam da dependência à emancipação. Ao mesmo tempo, porém, a Índia perde a unidade. Essa unidade, que a Grã-Bretanha realizara no interior das fronteiras, não resistiu à independência. As forças centrífugas serão mais fortes do que a vontade de permanecer unidos. Até certo ponto, isso é conseqüência da política britânica, que, para enfrentar as reivindicações dos indianos, sempre encorajara em tudo os muçulmanos, cujo número equivalia a cerca de um quinto da população do subcontinente indiano. Ora, tendo organizado a Liga Muçulmana, chefiada por um líder cujo prestígio fazia contrapeso ao de Gandhi, o Dr. Jinnah, e não querendo ser minoria num estado indiano, os muçulmanos reivindicam a independência. Da incapacidade dos dois partidos de se entenderem resulta a cisão. A Índia desmembrava-se em vários Estados: a Índia propriamente dita; o Paquistão, o maior estado muçulmano do mundo; a Birmânia e o Ceilão. (...) Bangladesh é o quinto Estado sucessor do antigo Império das Índias. Rémond, René. O século XX. 3.ed., São Paulo, Cultrix, 1982, p. 184.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

sábado, 28 de julho de 2012

SEJAM MUITO BEM VINDOS AO SEGUNDO SEMESTRE DO NOSSO CURSO DE GEOGRAFIA DE 2012




EU OS CONVIDO A CONTINUARMOS EM
 
BUSCA DE CONHECIMENTO,


PRINCIPALMENTE POR MEIO DA


LEITURA.



VAMOS ENTÃO, AO QUE NOS PROPUSEMOS.



FELIZ ESTUDO, AMORES DA MINHA VIDA.



























segunda-feira, 16 de abril de 2012

EXERCÍCIOS DE EQUAÇÕES

3ªS SÉRIES

Listão de exercícios EQUAÇÕES Professora Nina




1. O tio de Carolini viveu a sexta parte de sua existência como criança, um doze avos como um jovem e uma sétima parte como adulto solteiro. Seis anos após ter casado, comprou um iate no qual viveu com a esposa exatamente a metade de sua existência. Vendeu o iate, tendo vivido por mais três anos. Quantos anos viveu o tio de Carolini?




2. Messias pegou um táxi (em um ataque de Angélica) para ir à casa de sua namorada “um” que fica a 15km de distância. O valor cobrado engloba o preço da parcela fixa(bandeirada) de R$4,00 mais R$1,60 por quilometro rodado. Encontre a fórmula que expressa p(x) (preço) em função de x (km rodados). Calcule quanto o Messias gastou com a ida à casa da namorada “um”. E se ele for a casa da namorada “dois” que fica a 25km de sua casa, quanto ele gastará?




3. Felipe recebe mensalmente da empresa em que trabalha um salário composto de duas partes:
• uma parte fixa de R$ 500,00;
• outra variável, que corresponde a um adicional de 2% sobre o valor de vendas realizadas no mês.
Encontre a fórmula que permite calcular o quanto Felipe deve receber de salário.
Se em um mês o Felipe teve venda que somaram R$300.000,00, qual foi o seu salário? E quando vendeu apenas R$80.000,00.




4. Karoline trabalhando no setor de Recursos Humanos (RH) de uma empresa, recebeu 5750 currículos de profissionais interessados em participar do processo de seleção para o preenchimento de vagas de estágios. O departamento de RH é capaz de, por meio de uma primeira triagem, descartar 300 currículos por semana, até que sobrem 50 nomes de candidatos que participarão do processo de seleção.
a) Como se expressa quantidade de currículos (y) existentes após x semanas do início da triagem feita pelo RH?
b) Após quantas semanas serão conhecidos os nomes dos 50 candidatos?





5. Ageo , a um mês de uma competição, com 75kg, é submetido a um treinamento específico para aumento de massa muscular, em que se anunciam ganhos de 180 gramas por dia . Supondo que isso realmente ocorra.
a) Determine o “peso” de Ageo após uma semana de treinamento.
b) Encontre a lei que relaciona o “peso” de Ageo (p) em função do número de dias de treinamento (n). Esboce o gráfico dessa função.
c) Será possível que o Ageo atinja ao menos 80kg em um mês de treinamento?




6. Em uma cidade, a empresa de telefonia está promovendo a linha econômica. Sua assinatura é R$20,00, incluindo 100 minutos a serem gastos em ligações locais para telefone fixo. O tempo de ligação excedente é tarifado em R$0,10 por minuto.
a) Calcule o valor da conta mensal de Alan, Adriano e Allison que gastaram, respectivamente, 80, 120 e 200 minutos em ligações locais.
b) Se x é o número de minutos excedentes, qual é a lei da função que representa o valor (v) mensal da conta?




7. (UF-GO) Um lápis apontado mede 18cm. A cada vez que se aponta esse lápis, o seu comprimento diminui 0,25cm. Quantas vezes esse lápis deve ser apontador até que seu comprimento atinja 4,75cm?




8. Naná quer distribuir R$120,00 entre suas três amigas (Andressa, Amanda e Mariela), de modo que Amanda receba o dobro de Mariela e Andressa receba o dobro de Amanda somando o que cabe a Mariela. Quanto receberá cada uma?




9. Luther é 4 anos mais velho que seu amigo Wesley. Há 5 anos, a soma de suas idades era 34 anos. Qual é a idade atual de cada um?




10. Felipe tem 15 figurinhas a mais que Ewerton. Se Ewerton ganhar 20 figurinhas de Felipe, passará a ter o dobro do que terá seu amigo. Quantas figurinhas tem cada um?




11. Alexandre, Daylan, Daniel e sua turma, montaram uma empresa de prestação de serviços de Internet (cibercafé). Daniel após alguns cálculos descobriu uma fórmula interessante para cobrar valores dos clientes. Na lei(fórmula) y = a + 2,5x, em que a é uma constante, está relacionado o valor total (y), em dólares, pago por um usuário que acessou a Internet por x horas, no cibercafé. Sabendo que Fernando usou a rede por duas horas e pagou $8.00:
a) determine o valor de a;
b) encontre o valor pago pela Julia que acessou a rede por 5 horas;
c) faça o gráfico de y em função de x (são permitidos fracionamentos de hora).

sábado, 7 de abril de 2012

PÁSCOA, TEMPO DE REVER ATITUDES

Páscoa...

É ser capaz de mudar,
É partilhar a vida na esperança,


É lutar para vencer toda sorte de sofrimento.
É ajudar mais gente a ser gente,
É viver em constante libertação,
É crer na vida que vence a morte.
É dizer sim ao amor e à vida,
É investir na fraternidade,
É lutar por um mundo melhor,
É vivenciar a solidariedade.
É renascimento, é recomeço,
É uma nova chance para melhorarmos
as coisas que não gostamos em nós,
Para sermos mais felizes por conhecermos
a nós mesmos mais um pouquinho.
É vermos que hoje...
somos melhores do que fomos ontem.


Desejo a todos uma

Feliz Páscoa, cheia de paz, amor e muita saúde!



BETH DE GEO





quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

3ªS SÉRIES - AVALIAÇÃO DE BIOLOGIA


ATIVIDADE EM GRUPO (COM COMPARTILHAMENTO DE INFORMAÇÕES)

APLICANDO O CONHECIMENTO CONSTRUÍDO EM SITUAÇÕES-PROBLEMA DO COTIDIANO

3ª série ____ 1.º bimestre / 2012

NOME:___________________________ n.º: ____
NOME:___________________________ n.º: ____

NOME:___________________________ n.º: ____

NOME:___________________________ n.º: ____

NOME:___________________________ n.º: ____

Como forma de desenvolver não apenas a cultura, mas também as opções de entretenimento, uma determinada cidade, no interior de São Paulo, resolveu construir um jardim zoológico.


Para dar conta dessa tarefa, é preciso que seja formado um grupo de biólogos responsável pela concepção e pela realização deste trabalho.

VOCÊS, biólogos em formação, resolveram candidatar-se ao cargo, recebendo as regras abaixo e uma lista dos animais que o Zoologico irá receber daqui a três meses.

1. Todos os animais que vivem na água têm necessidades de uma piscina.

2. Aqueles que vivem na terra têm necessidades de um terreno adequado.

3. Aqueles que voam têm necessidade de uma gaiola alta e fechada.

4. Para animais ferozes e carnívoros é necessário construir jaulas com grades bem fortes.

5. Para os animais que não são ferozes pode ser construida uma simples barreira.

6. Caso precise, utilizar outros critérios relevantes para que o zoológico a ser construído mantenha sua população inalterada.

Lembre-se que predador e presa no mesmo espaço é um convite ao desequilíbrio da cadeia alimentar.

ATIVIDADE: Elabore um mapa conceitual classificatório (M.C.C.) – contendo Universo, Princípios de Classificação, Legendas­ - de acordo com as regras acima.


OBJETIVO: Elaborar um M.C.C. tão perfeito que leve seu grupo a ser contratado.



terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

3ªS SÉRIES - BIOLOGIA - Licença Prêmio da profª de BIOLOGIA




Deverá ser apresentada na primeira aula da semana de 12 a 16 de março.

1. Com as figuras fornecidas cada grupo deverá montar um jardim zoológico para expor todos os animais, considerando as regras de classificação estudadas.

2. Trazer a letra da música Inclassíficáveis do Arnaldo Antunes.

3. Atividades: Ler o texto da página 9 e responder as questões páginas 10,11, 12 e 13 (exercício 5).



2ªS SÉRIES - BIOLOGIA - Licença Prêmio da profª de BIOLOGIA



Deverá ser apresentada na primeira aula da semana de 12 a 16 de março.


1. Elaborar um modelo de célula com material reciclado (não pode usar isopor). Cada aluno do grupo deverá escolher um modelo. Não esquecer de colocar as estruturas celulares presentes.

a) Célula aninal


b) Célula vegetal


c) Célula da bactéria


d) Apresentação de um tecido celular.


2. Elaborar uma tabela com as organelas abaixo e suas respectivas funções:
Ribossomos, Centríolos, Retículo endoplasmático liso e rugoso, Complexo de Golgi, Vacúolo, Lisossomos, Mitocôndrias, Cloroplastos.


3. Caderno do aluno página 9, 10, 11, 12 (até o exercício 2 e)

1ªS SÉRIES - BIOLOGIA - Licença Prêmio da profª de BIOLOGIA


Deverá ser apresentada na primeira aula da semana de 12 a 16 de março.

1. Pesquisa individual:

a) Pesquise a letra da Música: Luz do sol de Caetano Veloso. E escolha a estrofe que representa o processo da fotossíntese.

b) Responda as questões no caderno do aluno pagina 7 (questões 1, 2 e 3), pagína 8 (questões 4, 5, 6, 7 e 8) e pagína 9 (questão 9).

2. O papel geralmente é feito a partir da madeira de pinheiros. Essa árvore vive em média 80 anos, mas pode ser explorada a partir dos 15 anos. A tabela a seguir fornece dados sobre o crescimento de um pinheiro, que foi verificado medindo-se o diâmetro do tronco conforme os anos foram passando.

a) Construa o gráfico (em papel milimetrado- individual) do crescimento para essa árvore a partir dos dados da tabela. Não se esqueça de criar um título para o gráfico e de colocar o que representa o eixo x e y.





b) Com base em informações fornecidas pelo gráfico você pode afirmar que o pinheiro cresceu? Justifique sua resposta.

c) A que se deve esse crescimento?

d) Qual a relação do crescimento dos organismos, como o pinheiro, com a fotossíntese?

sábado, 4 de fevereiro de 2012

3ªS SÉRIES - REGIONALIZAÇÃO DO ESPAÇO MUNDIAL




DIFERENTES CRITÉRIOS PARA DIVIDIR O MUNDO EM REGIÕES

Você já pensou nos diferentes critérios que podemos utilizar para dividir o mundo em regiões?

Só em olhar o globo já sacamos logo de cara a maneira mais tradicional de se dividir o planeta: A Divisão por Continentes! Assim temos a Europa, Ásia, África, América do Norte, Central e do Sul e a Oceania.

Essa divisão por continentes segue um critério natural muito primário: grandes porções de terra e grandes porções de água, os Oceanos. Mas mesmo tendo como base à natureza, podemos dividir a Terra em outras maneiras. Uma delas, também bastante antiga, é a regionalização por faixas climáticas. De acordo com o Clima podemos determinar algumas regiões: Zonas Polares: Ártica e Antártica, Zonas Temperadas do Norte e Sul e Zona Intertropical.

O clima faz com que essas regiões sejam muito diferentes uma das outras; basta lembrar das florestas.

Além dos Continentes e do Clima uma outra forma de se regionalizar a Terra ainda tendo como base à natureza, é através dos ecossistemas. Nesse caso todos os fatores naturais são considerados: Clima, Fauna, Relevos, Solo, Flora, Geologia.

*Nos tempos de hoje com tanta destruição dos recursos naturais, podemos ainda destacar as regiões que ainda existem patrimônios da natureza preservados, exemplo: "Milhões e milhões de espécies animais e vegetais vivem e dão vida ao planeta. Mas enquanto nos ecossistemas temperados do hemisfério norte, o número de espécies é reduzido, uma verdadeira explosão de formas vivas colorem as florestas tropicais, que são justamente os ecossistemas mais ameaçados do planeta. Isso tudo se chama Biodiversidade! A evolução da vida formou um diversificado patrimônio natural, ou como chama os biólogos: um Banco Genético. Cada espécie tem seu código como se fosse a sua carteira de identidade. Esse código genético torna impossível confundir as espécies. Esse material vivo é conhecido como Biodiversidade, e está presente em todos os ecossistemas e vem sendo depredado, causando assim, um empobrecimento desse patrimônio natural. A América Latina tem feito um grande esforço para preservar seus ecossistemas naturais através de parques e reservas e tem sofrido como todos os outros continentes à crise econômica que devasta os países. Não há dinheiro para a conservação e a administração de tantas riquezas naturais. Com uma nova atitude de respeito à vida, a diversidade biológica permanecerá e teremos mais segurança e beleza em nosso planeta, para nós e para as futuras gerações. A Vida Não Pode Parar!

Agora vamos mudar o nosso olhar! Ao invés de destacar a natureza, vamos destacar a sociedade. Vamos pensar em critérios políticos e econômicos. Eles são hoje, os mais utilizados para dividir a terra em regiões. E o mais básico desse critério divide as nações do planeta levando-se em conta as condições econômicas e sociais.

Há algum tempo atrás podíamos dividir o mundo em três mundos diferentes: 1o, 2o e 3o mundos. No final dos anos 80 um desses três mundos praticamente desapareceu. Você sabe qual foi?

a. O Primeiro; b.O Segundo; c.O Terceiro;



Acertou quem disse que foi o 2o. A divisão do mundo em três obedecia ao seguinte critério: o 1o mundo era formado pelos países ricos, desenvolvidos como os Estados Unidos, Japão e países da Europa Ocidental, por exemplo, Alemanha, França e Inglaterra. O 2o mundo pelos países socialistas liderados pela União Soviética e o 3o pelos países pobres, subdesenvolvidos.

No final dos anos 80 a história deu uma importante guinada. As experiências socialistas praticamente desapareceram e com elas foi-se junto o 2o mundo. * "Começando nas Repúblicas Bálticas, Estônia, Letônia e Lituânia e depois se espalhando por todo o país, os nacionalismos outrora sufocados começaram a explodir. Diversas Repúblicas Soviéticas tornaram-se independentes. Temendo as conseqüências desse processo Gorbatchev cria a Comunidade dos Estados Independentes que substitua o regime centralizado de Moscou. Até hoje essa organização encontra-se indefinida e há muitos conflitos com a Rússia".

* "O golpe de Estado de agosto precipitou tudo o que pretendia evitar. O colapso final do Socialismo e a desintegração do Império Soviético. Depois do golpe de agosto Gorbatchev passou a ser um refém político do homem que o salvou, Boris Ieltsin, que Gorbatchev tinha trazido em 85 da Sibéria para Moscou. O mundo assistiu a desintegração, nem sempre pacífica, do Império. Mas não há muitos argumentos a favor do otimismo. A Comunidade dos Estados Independentes tomou o lugar da União Soviética. É uma associação geopolítica frouxa que não deve durar muito. A reunião das maiores Repúblicas Eslavas, Rússia, Ucrânia, e Bielo-Rússia, com as cinco Repúblicas centro-asiática lideradas pelo Cazaquistão é feita de problemas. É possível que num futuro próximo o Ocidente tenha que se concentrar de novo num país que é a sexta parte do mundo e atende pelo velho nome: Rússia".

Outra maneira de se regionalizar o mundo é a divisão em país Centrais e Periféricos. Centrais são os países Desenvolvidos que exercem influência sobre os países pobres ou Periféricos. Existem também países que são semi-periféricos, o Brasil é um exemplo desse tipo de país. Internacionalmente ele é Periférico, mas dentro do Cone Sul ele é Central, exportando seus produtos e serviços e com a mão-de-obra melhor qualificada que a de seus vizinhos.

Com o mundo se integrando economicamente através de mercados comuns, o Brasil tem posição destacada no Mercosul, Mercado Comum do Cone Sul. * "Mercosul é um bloco econômico que reúne a Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai. Veja um exemplo para entender como esse bloco funciona: antes do Mercosul, uma garrafa de vinho argentino, uma peça de couro paraguaio e um quilo de carne uruguaio chegava ao Brasil com preços mais altos. Isso acontecia porque esses produtos cruzavam as nossas fronteiras e o governo brasileiro cobrava Taxas de Importação, o mesmo acontecia quando produtos brasileiros iam para esses países. Mas desde que o Mercosul entrou em vigor em janeiro de 91 os quatro países membros deixaram de cobrar impostos de importação sobre a maioria dos produtos. O consumidor sentiu isso no bolso, os preços dos importados desses países caíram. Outro bloco econômico que existe no continente americano é o NAFTA. NAFTA é uma sigla inglesa que em português significa Acordo de Livre Comércio da América do Norte. Os países membros são Canadá, Estados Unidos e o México. o Nafta entrou em vigor em 1 de janeiro de 94. Ele também acabou com os impostos cobrados sobre os produtos importados dos países membros. Mas agora existe a possibilidade de os 34 países do continente americano formarem um bloco único, a ALCA. ALCA significa Área de Livre Comércio das Américas e se ela for criada vai integrar todos os países da América com exceção de Cuba. Isso só deve acontecer a partir do ano de 2005."

Apesar de todas essas interações e semelhanças entre as regiões do mundo ainda é possível regionalizar considerando as diferenças culturais. A primeira grande divisão do mundo em regiões culturais é aquela que distingue Oriente e Ocidente. Povos diferentes, Culturas diferentes, Civilizações diferentes. Línguas, religiões, hábitos e costumes dividem o mundo de maneira muito rica, muito bonita. *"Entre os povos do mundo não encontramos uniformidade, mas sim uma impressionante diversidade. Cada sociedade se adapta de forma diferente, cada um encontra suas próprias soluções para a questão da sobrevivência. O que cria essa variedade fenomenal ? A Cultura! É a cultura que nos permite que nos adaptemos, que criemos uma série de valores, crenças e práticas afim de colhermos os benefícios de cada lugar por onde andamos, onde criamos raízes e sobrevivemos. Mas a cultura faz mais do que ajudar na nossa sobrevivência física. Usamos a cultura para nos alimentar, nos mantermos aquecidos, mas além disso a usamos como alicerces para nossas regras, um projeto para nossas idéias, costumes e padrões para vivermos em sociedade. Através de nossa cultura, cada grupo forma um mundo com uma série de idéias visíveis e invisíveis. Cada um cria um modelo de bem ou mal, inventa meio de controlar a sorte ou destino e cria numa ordem um aparente caos. A cultura nos diz não só para sobreviver, mas também, como sobreviver, o que caçar ou plantar; não nos diz apenas para procriar, mas quando e com quem; nos diz o que pensar ou não e até o que comer ou não. A cultura impõe limites, filtra e dá valor a nossa realidade. É por causa da cultura que no nosso meio, as pessoas comem diferente, se vestem diferente e têm diferentes hábitos e religiões e cada um de nós tende a acreditar na entidão dos nossos métodos e verdades, como se fossem transmitidos por nossos deuses e ancestrais e passados aos nossos filhos."

Pode não ser a mais utilizada, mas essa divisão do mundo pelas diversas culturas e civilizações demonstra toda riqueza do planeta Terra. No mundo globalizado em que vivemos a convivência pacifica e o respeito pelas culturas regionais é fundamental para todos.



Entendendo a Regionalização Mundial



A Teoria da Regionalização Mundial tem por objetivo identificar grandes áreas do planeta com características próximas, no que diz respeito à população e a economia, ou ainda, semelhanças na Formação Sócio-Econômica-Espacial. Nesta aula não será abordada a tradicional divisão do planeta em continentes, ou seja a regionalização a partir de critérios naturais.

As Ciências Sociais buscam criar uma metodologia apropriada para lidar com a enorme diversidade e também para compreender as diferentes realidades encontradas no planeta. Para compreender um texto, em especial um Clássico, deve-se inicialmente analisar o momento histórico a que ele se refere e/ou foi escrito; só a partir daí seus conceitos podem ser interpretados.

Esta observação sobre diferentes metodologias e conceitos ao longo da história é de grande utilidade em todas as aulas, a principiar pelas diferentes formas de regionalização propostas até a atualidade. Não se pode esquecer que com o decorrer da história, novas metodologias surgem e novos conceitos são lançados para diagnosticar com maior propriedade a dinâmica realidade das sociedades.






Países Desenvolvidos e Subdesenvolvidos







O economista Joseph Alois Schumpeter (1883-1950) foi um dos precursores desta proposta de regionalização. Ele propôs o conceito de desenvolvimento econômico condicionado às idéias de inovação tecnológica e da ruptura do “fluxo circular”. Schumpeter privilegiou a atuação do empreendedor, do inovador na superação da condição de pobreza, da precariedade. Assim estabeleceu a divisão do mundo entre aqueles que se desenvolveram e os que supostamente poderiam se desenvolver.

Entre as diversas escolas do pensamento econômico se destacam as seguintes idéias:




·                     Liberalismo - o subdesenvolvimento é sinônimo de estagnação econômica.






·                     Neoliberalismo - criou os rótulos “países em desenvolvimento” e “países emergentes”, e posicionou os antigos “subdesenvolvidos” dentro de uma fase do desenvolvimento.





·                     Estruturalismo - estabeleceu que, além das razões econômicas, o subdesenvolvimento era resultante da fragilidade das instituições próprias de cada Estado.








·                     Keynesianismo - determinou o subdesenvolvimento como fruto da ausência de um Estado forte, capaz de impor medidas reguladoras, subsídios e protecionismo alfandegário.








·                     Teoria da Dependência - argumentou que o subdesenvolvimento é resultado de trocas internacionais desiguais e não da ausência do desenvolvimento, portanto, é produto do desenvolvimento desigual de outros países.







Países Centrais e Periféricos







Rosa Luxemburgo (1870-1919), filósofa marxista e militante revolucionária cuja bandeira era “Socialismo ou barbárie”, foi grande defensora desta proposta de regionalização. No sistema capitalista, segundo esta concepção, os países centrais e os países periféricos travam um conflito desigual, no qual não há espaço para que os menos abastados alcancem qualquer forma de progresso, seja social ou econômico.

Cada país ocupa um espaço e desempenha seu papel no mundo capitalista, assim a periferia jamais chegará ao centro. No início do século XX, esta visão de mundo foi adotada por inúmeros movimentos revolucionários, depois esquecida por algumas décadas. Na atualidade voltou a ganhar espaço nos meios acadêmicos. Em 1949, o economista argentino Raul Prebish apresentou a tese O Desenvolvimento Econômico da América Latina e seus Principais Problemas. Nesta obra, a difusão do progresso técnico e a distribuição dos seus ganhos na economia mundial aconteciam de forma desigual. No centro, a difusão do progresso técnico teria sido mais rápida e homogênea, enquanto na periferia, o progresso só atingiria setores ligados à exportação em direção ao centro.

A CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe da Organização das Nações Unidas), criada também em 1949, adotou esta linha em seus estudos. PRIMEIRO, SEGUNDO E TERCEIRO MUNDOS Em 1952, o demógrafo francês Alfred Sauvy (1898-1990), cunhou a expressão “Terceiro Mundo” para classificar as novas nações da Ásia e da África que surgiam durante o processo de descolonização, após a Segunda Guerra Mundial (1939- 1945).

Sauvy notou semelhanças entre as aspirações dessas nações com as do “terceiro estado” antes da Revolução Francesa. Em 1789, o “terceiro estado” representava 95% da população, porém somente o primeiro e segundo estados (clero e nobreza) tinham real representatividade política, privilégios jurídicos e fiscais, o “terceiro estado” arcava com a carga tributária. Na sua concepção, os países que se opunham às metrópoles imperialistas formavam o “Terceiro Mundo”, isto é, um bloco de países capitalistas jovens, desprovidos 
de capital e crédito, entre outras formas de precariedade. O “Segundo Mundo” era constituído pelos países socialistas, o “Primeiro Mundo” pelos países capitalistas dominantes.

Em 1955, na primeira Conferência entre os países “Não Alinhados”, realizada em Bandung, na Indonésia, esta proposta de regionalização ganhou espaço na mídia e se popularizou nos anos da Guerra Fria. De forma equivocada esta proposta de 2 regionalização ainda é utilizada, mesmo não existindo países socialistas (Segundo Mundo), pelo menos em sua concepção original. Nos seus últimos anos de vida, Sauvy declarou que tal denominação deveria ser abolida. Para ele, o “Terceiro Mundo” deveria ser um bloco politicamente oposto ao “Primeiro Mundo” e não somente um agrupamento de países de grande precariedade econômica. Além disso, os países designados como “Terceiro Mundo” não poderiam servir ao interesses dos países dominantes.




Países do Norte e do Sul




Diferente das demais propostas de regionalização, esta não apresenta um autor precursor, mas cabe destacar o presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, como um dos responsáveis pela popularização dessa representação. Após décadas de Guerra Fria, o enfrentamento ideológico entre Socialismo e Capitalismo (Leste x Oeste) perdeu espaço para a disputa econômica entre Ricos e Pobres (Norte x Sul). A idéia ganhou força no início da década de 1990, a partir da dissolução da União Soviética, principal representante do “Segundo Mundo”.

Com relação a essas representações, deve ficar claro que são simplificações arbitrárias, convenientes para a maior parte da mídia e para os Estados que as endossam. Em nenhum momento o Leste foi totalmente Socialista nem o Oeste plenamente Capitalista. A divisão entre Norte e Sul também é uma representação simbólica, que desrespeita a Linha do Equador. A desigualdade entre Norte e Sul já existia, mas não se evidenciou após a Segunda Guerra Mundial devido ao predomínio da Guerra Fria.

Por: Marcelo Luiz Corrêa
Revisão: João Bonturi

2ªS SÉRIES - EXPANSÃO TERRITORIAL

A Expansão Territorial


A expansão territorial representou a incorporação ao domínio português de uma vasta extensão de terras localizadas além-Tordesilhas, como também a ocupação efetiva de terras já pertencentes a Portugal. A ocupação do território brasileiro foi um dos maiores problemas enfrentados pela Metrópole, devido aos vários obstáculos surgidos, como: falta de recursos e de pessoal, condições naturais nem sempre favoráveis, ataques indígenas, etc. Esses fatores tornaram muito lenta a colonização do litoral e impuseram enormes dificuldades ao povoamento do interior.

A expansão e ocupação territorial foram conseqüências de ordem econômica e política, visando aos interesses dos colonos e da Metrópole. Os principais fatores responsáveis pela expansão territorial foram: as bandeiras, a pecuária e a expansão oficial.


As Bandeiras foram expedições de caráter particular, estruturadas militarmente, cujos objetivos se constituíram nas seguintes fases:

1) de apresamento (ou caça ao índio);
2) ouro de lavagem;
3) sertanismo de contrato.



Tiveram como núcleo de irradiação a capitania de São Vicente, especialmente a cidade de São Paulo. Com o declínio da produção açucareira, a capitania passa a viver de uma economia de subsistência, escravizando índios para usá-los como mão-de-obra doméstica. Com uma população pobre, o único recurso foi procurar recursos fora de São Paulo, daí a formação das Bandeiras.

Bandeiras de apresamento
– Na primeira metade do século XVII, os holandeses conquistaram os principais mercados fornecedores de escravos na África e as regiões produtoras de açúcar no Nordeste brasileiro.

Monopolizando o tráfico negreiro, os holandeses só forneciam escravos às regiões brasileiras que estavam sob seu domínio. A Bahia e o Rio de Janeiro, onde também se produzia açúcar, com a suspensão do tráfico, passaram a se constituir em amplos mercados para a mão-de-obra indígena, alcançando aí altos preços. Assim, o índio, que até então era caçado para o trabalho, passava agora a ser caçado como mercadoria.



Os bandeiras procuravam riquezas, submetendo índios, escravos fugidos e descobrindo metais preciosos.


Os bandeirantes ingressaram então numa fase de apresamento maciço, penetrando no sertão, atacando as missões jesuíticas de Guaíra, Itatim, Tape, localizadas na região Paraná-Paraguai e Rio Grande do Sul, onde milhares de índios trabalhavam na terra ou no pastoreio, dirigidos e orientados pelos padres marianos. Dentre as bandeiras apresadoras destacaram-se a de Antonio Raposo Tavares e Manuel Preto.


Com a reconquista de Angola, em 1648, por Portugal, é restabelecido o tráfico negreiro para o Brasil português. E, como o negro africano era considerado mais produtivo que o indígena brasileiro, os colonos preferiam o trabalho do escravo negro. Além disso, os lucros do comércio escravista passariam para os portugueses, deixando de ser dos colonos bandeirantes. Dessa forma, o apresamento entra em declínio, deixando como resultado a escravidão de milhares de índios, a destruição das missões e a ruptura da linha de Tordesilhas, penetrando em terras espanholas que seriam, mais tarde, incorporadas ao Brasil.


Bandeiras de ouro de lavagem – Na segunda metade do século XVII, Portugal atravessa uma séria crise econômica devido ao domínio espanhol (1580-1640) e à decadência da economia açucareira, em vista da concorrência antilhana feita pelos holandeses.


Nesse contexto, a Coroa portuguesa, ansiosa em aumentar sua arrecadação, incentiva a busca de metais preciosos, prometendo honrarias e privilégios aos que descobrissem minas. Assim, os bandeirantes paulistas, que atravessavam a decadência da preação de índios devido ao restabelecimento do tráfico negreiro, partem para o interior em busca de metais preciosos, conseguindo descobrir as minas de ouro de Caeté, Sabará e Vila Rica, na região das “gerais”.


As “gerais” povoam-se rapidamente; paulistas e depois os “emboabas” (nome dado aos forasteiros que chegaram depois dos paulistas) passam a disputar as minas, provocando a Guerra dos Emboabas, em 1708, quando vários paulistas são massacrados no Capão da Traição.

Após a guerra, os paulistas dirigiram-se para Goiás e Mato Grosso, onde descobriram outras minas de ouro. Além da penetração a pé, bandeirantes de Itu, Porto Feliz, Leme e Tietê organizaram expedições fluviais pelo rio Tietê, a fim de chegar a Mato Grosso. Essas bandeiras ficaram conhecidas como “monções”.


As monções, expedições que seguiam pelos rios, foram responsáveis pela interiorização do comércio e pela formação de vários núcleos de povoação além da linha de Tordesilhas.


As bandeiras de ouro de lavagem ocasionaram maior extensão do povoamento português para além da linha de Tordesilhas, sedimentando a conquista através da formação de vários núcleos de povoamento. Além disso, provocou o surgimento de uma nova atividade econômica: a mineração do século XVIII.


Bandeiras de sertanismo de contrato – Foram expedições contratadas por donatários, governadores ou senhores de engenho, a fim de combater índios, capturar escravos fugidos ou destruir quilombos (redutos de escravos fugidos).


O mais importante foco de resistência negra contra a escravidão foi o quilombo de Palmares, que se formou na serra da Barriga, em Alagoas. Nessa região de difícil acesso, desenvolveu-se uma comunidade auto-suficiente que produzia milho, mandioca, banana, cana-de-açúcar e que, durante certo período, chegou a comercializar seus excedentes com as regiões vizinhas.

Palmares estabeleceu-se ao longo do século XVII, chegando a abrigar mais de 20 mil negros fugidos dos engenhos, dispersos durante a invasão holandesa. (...) Em 1694, depois de um longo cerco, o paulista
Domingos

Jorge Velho, a serviço dos senhores de engenho, invadiu e destruiu Palmares. Muitos de seus habitantes conseguiram fugir e reorganizaram-se sob o comando de Zumbi, continuando a luta contra os brancos. Em 20 de novembro de 1695, Zumbi, o mais famoso líder da luta pela liberdade dos escravos, foi preso, morto e esquartejado, sendo sua cabeça exposta numa praça de Recife para atemorizar as possíveis rebeliões.


A Pecuária



O gado bovino, introduzido na Bahia por Tomé de Sousa, foi utilizado, na colônia, para alimentação, transporte e tração. Funcionando como economia secundária, a pecuária esteve ligada durante os séculos XVI e XVII à agricultura tropical e, durante o século XVIII, à mineração.

A pecuária possibilitou o aproveitamento da mão-de-obra disponível do índio e do mameluco com remuneração, os quais se adaptaram ao trabalho do pastoreio.

Pela característica do trabalho do vaqueiro, que tem de percorrer longas distâncias a cavalo, não era possível usar escravos, que, provavelmente, fugiriam abandonando os animais ou levando-os junto. Dessa forma, todo o trabalho ligado à pecuária era feito por homens livres, que recebiam determinado pagamento pelo serviço realizado. Os vaqueiros, homens responsáveis pelos animais, recebiam como pagamento uma cria a cada quatro bezerros nascidos e acertavam contas com o fazendeiro a cada cinco anos. Os vaqueiros acabavam formando pequenos rebanhos de sua propriedade e, muitos deles, partiam para a criação de sua própria fazenda de gado. Com as novas fazendas, maior expansão territorial, maior conquista e avanço em direção ao interior, a pecuária, que nasceu ligada às necessidades dos engenhos, tornou-se atividade autônoma que se justificava economicamente.

Os auxiliares dos vaqueiros, denominados fábricas, eram pagos com dinheiro e o pagamento tanto poderia ser mensal como anual. Os fábricas dificilmente tornavam-se criadores, pois o que recebiam era insuficiente para adquirir um novilho e começar um rebanho. No caso do vaqueiro, o acerto era feito em animais por dois motivos: primeiro, para que ele cuidasse bem do rebanho que, quanto mais crescia, maior lucro lhe daria na hora do acerto; segundo, para coibir o roubo do rebanho, pois, como já foi dito, os animais eram criados soltos e percorriam grandes extensões de terras
que o dono da fazenda não podia fiscalizar, ele, então, precisava contar com a fidelidade dos seus vaqueiros, e a melhor forma de conseguir isso era torná-los seus sócios. O mesmo não precisava ser feito com os fábricas, por que eram o tempo todo fiscalizados pelos vaqueiros.

Contando com a grande extensão territorial e não contando com a concorrência metropolitana, a pecuária pôde se desenvolver e se constituir num importante fator de ocupação territorial dos sertões do Nordeste, do vale do São Francisco, do Piauí e do Sul da Colônia.

A expansão da pecuária pelos sertões do Nordeste decorreu da própria expansão da agricultura açucareira.

Assim, para preservar o crescimento da produção açucareira e também da pecuária, Portugal resolveu separar as duas atividades, proibindo a criação de gado na faixa litorânea. O gado adentra então o interior, o vale do rio São Francisco e Piauí, onde encontra pastagens e salinidade naturais. Nessas regiões se estabelece uma intensa exploração da pecuária, que abastece o litoral açucareiro (séculos XVI e XVII) e a região mineradora (século XVIII).

A expansão da pecuária para o sul da colônia deu-se após a destruição das missões jesuíticas do Paraná-Paraguai pelas bandeiras de preação. O gado, que era criado nas missões, se evade para o sul, onde, encontrando excelentes pastagens, se desenvolve livremente. Atraídos pelos rebanhos, paulistas deslocam-se em direção ao sul a fim de se apropriarem do gado, pois por esse tempo, o rápido povoamento da região mineira transforma-a num mercado consumidor de serviços e produtos variados, entre os quais ocupam lugar importante os animais de transporte, o couro e a carne. Desta maneira, as "gerais" agem como um fator de estímulo ao desenvolvimento de um setor econômico na região do Rio Grande do Sul, baseado de início no simples aproveitamento da "vacaria", os rebanhos dispersos e semi-selvagens, constituindo aos poucos unidades criadoras e mercantis, o que possibilitou a integração física, econômica e política da região Sul no conjunto da realidade colonial.