CARPE DIEN

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

1ª SÉRIE

Cartografia: a Linguagem dos Mapas


1. Introdução

cartografia envolve as técnicas de criação de mapas, sendo uma ferramenta importante para a geografia. Apresenta desafios, como, por exemplo, representar uma esfera (Terra) sobre um plano (mapa-múndi), ocorrendo distorções. Um segundo desafio é descobrir a ideologia que um mapa esconde, isto é, mapas contêm visões de mundo. Como a Terra é redonda, o Brasil, por exemplo, pode ser visto de vários ângulos e, o mais importante, todos estão corretos.

2. Elementos Principais da Cartografia

Escalas são a relação entre as dimensões apresentadas em um mapa e seus valores reais correspondentes no terreno.
Tipos
Numérica – é representada por uma fração e normalmente é dada em centímetro. Exemplo:
No exemplo acima, 1 cm no mapa é, na realidade, 500.000 vezes maior. Para resolver um exercício, normalmente transforma o número em quilômetro, obtendo-se a seguinte relação: 1 cm = 5 km.
Gráfica — é representada por uma linha reta graduada, tendo como módulo básico o centímetro. Exemplo:

Nesse caso, 1 cm no mapa equivale na realidade a 120 km.
Projeções envolvem a representação da Terra em um plano, destacando a rede de paralelos e meridianos da esfera terrestre. Utilizam figuras geométricas semelhantes a uma esfera ou aquelas que permitem o seu desenvolvimento, destacando-se o cone, o cilindro e o plano.


Tipos




Fonte: (adaptado)  Atlas Geográfico, Ed. p.4


Exemplos
I. Projeção de Mercator 
Nessa projeção, os paralelos e os meridianos são linhas retas que se cortam em ângulos retos, porém as áreas polares mostram tamanho exagerado. É uma projeção conforme, porque tem a vantagem de conservar a forma dos continentes, mas traz a desvantagem de deformar as áreas relativas dos continentes, isto é, a deformação aumenta próximo aos pólos. Observando a figura acima, a América do Sul aparenta ser menor que a Groenlândia, mas, na realidade, ela tem quase 18 milhões de km2 contra 2 milhões de km2 da Groenlândia. Portanto, é uma projeção cilíndrica conforme, sendo usada na navegação. Questiona-se o eurocentrismo desta projeção.
II. Projeção de Peters 
É uma projeção cilíndrica equivalente, que conserva a proporcionalidade das áreas relativas entre os continentes, mas as formas são distorcidas, destacando-se o alongamento dos continentes.

Exercícios Resolvidos
01. (Vunesp)   Sobre  um  mapa  na  escala  de 1:500 000, tenciona-se demarcar uma reserva flores- tal de forma quadrada, apresentando 7 cm de lado. A área da reserva medirá no terreno:
a) 122, 5 km2
b) 1.225 km2
c) 12.250 km2
d) 12,25 km2
e) 12.255 km2
Resposta: B. Nesse exercício, 1 cm equivale a 5 km
1 cm _______ 5 km
  x = 35 km
7 cm ________ x
A área quadrada será lado × lado,
ou 35 × 35 = 1.225 km2.
02.
Nessa projeção, os meridianos e os paralelos são linhas retas que se cortam em ângulos retos. Corresponde a um tipo cilíndrico pouco modificado. Nela, as regiões polares aparecem muito exageradas. Trata-se da projeção:
a) ortográfica.
b) cônica.
c) azimutal.
d) de Peters.
e) cilíndrica de Mercator.
Resposta: E. Compare a área da América do Sul (18 milhões de km2) com a da Groenlândia  (2 milhões de km2).









3. Elementos Secundários da Cartografia
3.1. Curvas de Nível 
As curvas de nível são chamadas de isoípsas e unem pontos de mesma altitude de relevo. Esse conceito apareceu na Holanda, no século XVIII e foi usado para cartografar o fundo do rio Merwede, sendo um sistema matemático baseado em levantamentos geodésicos, no qual o marco zero metro é o mar.
As curvas de nível  apresentam as seguintes características:
  Representam tanto a altitude quanto a forma de relevo.
 Quando existem grandes diferenças de altitudes em pequenos espaços, as linhas apresentam-se muito próximas umas das outras; quando o relevo é suave, as diferenças são menores e as linhas apresentam-se mais distanciadas.
  De acordo com a variação da altitude, a equidistância das curvas pode ser de 10, 20, 50 ou 100 metros.
  









Para compreender melhor as coordenadas, é fundamental lembrar-se das principais linhas imaginárias.
• Paralelos: círculos menores e paralelos ao Equador (divide a Terra em dois hemisférios).




• Meridianos: são círculos máximos que passam pelos pólos, destacando o principal: Greenwich (divide a Terra em dois hemisférios).


03. (UnB-DF) Com relação às coordenadas geográficas, à orientação e aos fusos dos pontos assinalados na figura abaixo, é correto afirmar que:
I. os pontos B e C possuem diferentes latitudes e mesma longitude.
II. o ponto D está situado nos hemisférios Norte e Ocidental.
III. o ponto A está localizado a 0° de latitude e 90° de longitude S.

Resposta: I – V, II – F, III – F
B: 60° de latitude N, 135° de longitude O,
C: 60° de latitude S, 135° de longitude O
A: 90° de latitude S, 0° de longitude
O ponto D está situado nos hemisférios Norte e Oriental.