CARPE DIEN

sábado, 21 de novembro de 2015

3as SÉRIES ATIVIDADE DE COMPENSAÇÃO DE AUSENCIAS

3as séries



COMPENSAÇÃO DE AUSENCIAS
3ª SÉRIES – 2015

FAZER CADA ATIVIDADE


SEPARADAMENTE MESMO, SE FIZER


MANUSCRITA.




AS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM AQUI

ESPECIFICADAS, SÃO OS OBJETOS DAS

ATIVIDADES DE COMPENSAÇÃO DE

AUSENCIAS.




CONFIRA EM UMA LISTA AQUI DO BLOG EM


QUANTAS FALTAS VOCE EXCEDEU DE 8

(OITO) FALTAS - SENDO 4 (QUATRO)


PERMITIDAS NO SEGUNDO BIMESTRE E + 4


(QUATRO) PERMITIDAS NO TERCEIRO


BIMESTRE.





DISTRIBUIDAS DA SEGUINTE FORMA:





ATIVIDADE I. para os que excederam de

1 (uma) a 2 (duas) faltas.



ATIVIDADES I. e II. para os que excederam

de 3 (três) a 5 (cinco) faltas.


ATIVIDADES I., II. e III. para os que

excederam de 6 (seis) a 9 (nove) faltas.



ATIVIDADES I., II, III e IV. para os que

excederam de 10 (dez) a 14 (quatorze)

faltas.


ATIVIDADES I., II., III., IV. e V. para os

que excederam de 15 (quinze) a 20

(vinte) faltas.



ATIVIDADES I., II., III., IV., V. e VI. para

os que excederam de 21 (vinte e uma) a

27 (vinte sete) faltas.



ATIVIDADES I., II., III., IV., V., VI., VII e VIII. para os que excederam de 28 (vinte e oito) faltas em diante.







VOLUME 01






I. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5






CHOQUE DE CIVILIZAÇÕES?



ATIVIDADE I.

A PARTIR DO TEXTO FAÇA UMA PESQUISA SOBRE AS CORRENTES DESFAVORAVEIS A TESE DE SAMUEL HUNTINGTON, E JUSTIFIQUE POR QUE NÃO COMPARTILHAM DAS IDÉIAS DE SAMUEL HUNTINGTON?



Introdução sobre o choque de civilizações



A religião tem um papel preponderante nos principais conflitos do mundo contemporâneo, mais importante do que as disputas entre os grandes sistemas político-ideológicos. Em vez do embate entre democracia liberal e comunismo, que marcou boa parte do século 20 durante a Guerra Fria, emerge um confronto entre os sistemas sociais e culturais baseados no Islamismo e os fundamentados nas religiões judaico-cristãs. Essa ideia faz parte de uma polêmica tese que ganhou força no começo do novo milênio em função dos ataques terroristas do 11 de setembro de 2001.
Chamada de "choque de civilizações", essa tese foi levantada e defendida pelo cientista político norte-americano Samuel Huntington em 1993, num artigo publicado na conceituada revista "Foreign Affairs". Num momento de otimismo do liberalismo, com o fim da União Soviética e o desmantelamento dos principais regimes socialistas e de consolidação da absoluta superioridade militar e econômica dos Estados Unidos, Huntington enxergou um horizonte pessimista, no qual haveria um declínio da hegemonia ocidental e a religião assumiria um papel até então reservado às grandes ideologias.

Para os defensores da ideia do confronto entre civilizações, o terrorismo internacional associado ao Islamismo que surgiu no início do século 21 serviu para confirmar a análise de Huntington, que foi considerada premonitória por ter sido escrita quase que uma década antes. Mas muitos estudiosos discordam dessa ideia. Os críticos da tese do "choque de civilizações" argumentam que há muitas imprecisões e contradições nas ideias de Huntington, a começar que não é tão simples assim definir o que são civilizações. Há defensores e os críticos da polêmica tese do "choque de civilizações".







II. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6



GEOGRAFIA DAS RELIGIÕES


ATIVIDADE II.



A PARTIR DO TEXTO FAÇA UMA ANALOGIA

(COMPARAÇÃO) COM OS ÚLTIMOS FATOS QUE

LEVARAM AO ATENTADO EM PARIS (13/11/15).

Geografia da religião é o nome dado a um ramo da Geografia humana que procura aplicar o tema da religião associado ao da geografia, buscando uma melhor compreensão da dinâmica do fenômeno da fé, aferindo a pluralidade religiosa da espécie humana. Seu estudo procura quantificar o espaço das diferentes denominações, abordando teoricamente o papel do sagrado e do profano na organização espacial do terreno.

Já em períodos mais distantes, no estudo da geografia hoje conhecida como clássica, havia uma preocupação com a distribuição das diversas crenças combinadas com a sua respectiva frequência territorial, onde a religião se apresentava exclusivamente como produto da prática humana, e suas expressões faziam parte da cultura de cada um desses povos. Fora tal conceito básico, que ainda trazia o problema do etnocentrismo (o vício de se considerar a própria religião ou cultura como medida de todas as outras, "alienígenas"), a Geografia da religião ficava eclipsada por outras áreas da Geografia, como a urbana, a rural, política, etc.

Os primeiros estudos realizados nos Estados Unidos e Alemanha no início do século XX levavam em consideração o fenômeno religioso, sua distribuição e morfologia na paisagem cultural.

A partir do fim da Segunda Guerra, porém, testemunha-se o aumento de interesse dos geógrafos pela análise das religiões no espaço social, tangenciando a Geografia tradicional bem como de suas correntes derivadas.

Destacaram-se como pioneiros no incremento da matéria Pierre Deffontaines, com sua obra "Géographie et religions", de 1948, que tratava da relação entre cultura e religião aplicada a uma dinâmica espacial particular, e Maximilien Sorre, que na década de 70, com seus artigos analisou as atividades religiosas e seus efeitos no espaço social, sobretudo no meio rural. Seguiram-se a estes dois os trabalhos de Claude Raffestin, que considerava as variáveis políticas a influenciar a combinação religião/política, e Paul Claval, autor de considerações sobre a combinação geografia e religião, além da contribuição mais recente de M. Buttner, geógrafo, tecedor de considerações acerca da conveniência do estudo religioso e sua relação geográfica.









III. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 7



A QUESTÃO ÉTNICO-CULTURAL


ATIVIDADE III.

A PARTIR DO TEXTO CONSTRUA UMA

LINHA DO TEMPO COM TODOS OS

FATOS RELATANDO AQUI 

RELACIONANDO-OS ENTRE SI.



EXISTEM MODELOS DE LINHA DO TEMPO  QUE PODEM SER USADOS COM O MESMO MOTIVO E ASSUNTO.

       Com base nas noções de zonas ou focos de tensão, vemos os principais conflitos étnico-culturais e religiosos em andamento ou que tiveram intensa repercussão mundial, principalmente nas últimas décadas. É um conteúdo enfatizado pela mídia nacional e internacional, relacionado às questões políticas mundiais e cujo envolvimento e compreensão são fundamentais.

       A Geografia Política constitui-se num dos ramos mais fecundos da ciência geográfica e não deve ser confundida com a Geopolítica, pois, em síntese, o principal objetivo da primeira é analisar a dinâmica dos processos políticos no espaço, enquanto a segunda relaciona-se mais diretamente com as questões estratégicas e militares de determinado país. As zonas ou focos de tensão são os principais elementos de análise da Geografia Política (de acordo com o geógrafo francês Yves Lacoste) e podem ser definidos como espaços geográficos em que ocorrem, de forma aguda, conflitos de interesse entre duas ou mais unidades políticas – países – ou entre grupos humanos organizados nacional ou internacionalmente.

       Observem o mapa “Principais conflitos, final do século XX” na página 78 do caderno do aluno vol 2. Quando fazemos uma análise sobre determinado foco de tensão, não devemos perder de vista, ao menos, cinco cuidados fundamentais:

- identificação das partes envolvidas no conflito;

- estudo da posição geográfica da área, pois, não raras vezes, a localização estratégica de uma área constitui um dos elementos-chave do foco;

- estudo das relações de poder entre as partes envolvidas no conflito, tendo por base as noções de “centro” e “periferia”, onde uma das partes (Estado ou grupo humano) possui maior poder político, econômico, financeiro e militar, ou seja, condições socioeconômicas dos “personagens” envolvidos no mesmo conflito;

- ter cuidado em relação aos textos e às informações que são lidos, identificando a ideologia de quem fez a análise ou descreveu os acontecimentos relacionados ao foco de tensão estudado (por exemplo, as interpretações que são veiculadas pela mídia, pois existem diversas versões sobre um mesmo foco de tensão, como as notícias sobre a Guerra e ocupação anglo-americana contra o Iraque, em 2003: as notícias veiculadas pela CNN, rede televisiva dos Estados Unidos eram contraditórias as notícias veiculadas pela Al Jazira, rede de televisão árabe);

- identificação dos interesses e das forças envolvidos, considerando que um foco pode ter uma ou várias causas essenciais – diretas e indiretas.

       No início da década de 1990, com a desmontagem da velha ordem mundial baseada na bipolarização, chegou-se a pensar que o mundo entraria em um período de paz e solidariedade entre os povos. Apenas nos seis primeiros anos, após a Guerra Fria (1947-1989), as chamadas Forças de Paz da ONU (que dispõem de instruções estritas para lançar fogo somente como último recurso) realizaram mais operações militares em áreas do mundo onde ocorriam conflitos do que nos 40 anos anteriores. Em função dessa realidade e de outros aspectos, a nova ordem mundial durante os anos 1990 também ficou conhecida como “(des)ordem mundial”.

       Isso ocorreu após o término da Guerra Fria e concomitantemente com o fim do denominado conflito Leste-Oeste, período a partir do qual os conflitos, em sua grande maioria, deixaram de ter a conotação ideológica (capitalismo x socialismo) do passado, e passaram a ser influenciados, mais intensamente, por questões separatistas, religiosas e étnicas. Vamos abordar alguns pontos principais a respeito dos conflitos regionais e a questão das identidades socioculturais (étnicas, tribais e religiosas) no espaço mundial e as principais áreas de ocorrência dos conflitos no mundo. Não vamos aprofundar muito sobre cada conflito, pois não há tempo suficiente, mas você poderá obter maiores informações no site citado no final da matéria (são temas certeiros no vestibular).



Oriente Médio: a questão palestina

Palestina é o nome dado, desde a Antiguidade, à região localizada ao sul do Líbano e a nordeste da Península do Sinai, entre o Mar Mediterrâneo e o vale do Rio Jordão. Para entender, é como se fosse um bairro, uma região sem identificação no mapa mundi, por não ser um país. A Palestina foi conquistada pelos hebreus ou israelitas (mais tarde também conhecidos como judeus) por volta de 1200 a.C., depois que aquele povo se retirou do Egito, onde vivera por alguns séculos. Mas as sucessivas dominações estrangeiras deram início a um progressivo processo de diáspora (dispersão) da população judaica, embora sua grande maioria ainda permanecesse na Palestina. Nas duas rebeliões dos judeus contra o domínio romano (em 66-70 e 133-135 d.C.), o resultado foi desastroso: o Templo de Jerusalém foi arrasado, do qual restou apenas o Muro das Lamentações e os judeus foram proibidos de viver em Jerusalém, intensificando a diáspora dos judeus. A partir de então, os israelitas espalharam-se. Em 638, a região foi conquistada pelos árabes, no contexto da expansão do islamismo, e passou a fazer parte do mundo árabe, embora sua situação política oscilasse ao sabor das constantes lutas entre governos muçulmanos rivais. Finalmente, de 1517 a 1918, a Palestina foi incorporada ao imenso Império Turco. Os turcos, embora muçulmanos, não pertencem à etnia árabe. Em 1896, o escritor austríaco, de origem judaica, Theodor Herzl fundou o Movimento Sionista, que pregava a criação de um Estado judeu na antiga pátria dos hebreus. Esse projeto, aprovado em um congresso israelita reunido em Genebra, teve ampla ressonância junto à comunidade judaica internacional e foi apoiado, sobretudo, pelo governo britânico (apoio oficializado em 1917, em plena Primeira Guerra Mundial, pela Declaração Balfour). No início do século XX, já existiam, na região, pequenas comunidades israelitas vivendo em meio à população predominantemente árabe. A partir de então, novos núcleos começaram a ser instalados, geralmente mediante compra de terras aos árabes palestinos. Durante a Primeira Guerra Mundial, a Turquia lutou ao lado da Alemanha e, derrotada, viu-se privada de todas as suas possessões no mundo árabe. A Palestina passou então a ser administrada pela Grã-Bretanha, mediante mandato concedido pela Liga das Nações. Depois de 1918, a imigração de judeus para a Palestina ganhou impulso, o que começou a gerar inquietação no seio da população árabe. A crescente hostilidade desta última levou os colonos judeus a criar uma organização paramilitar (a Haganah), voltada para a autodefesa e mais tarde, para operações de ataque contra os árabes. Apesar do conteúdo da Declaração Balfour, favorável à criação de um Estado judeu, a Grã-Bretanha tentou frear o movimento imigratório para não contrariar os Estados muçulmanos do Oriente Médio, com quem mantinha proveitosas relações econômicas; mas viu-se confrontada pela pressão mundial da coletividade israelita e, dentro da própria Palestina, pela ação de organizações terroristas. Após a Segunda Guerra Mundial, o fluxo de imigrantes judeus foi grande. Em 1947, a Assembleia Geral da ONU decidiu dividir a Palestina em dois Estados independentes: um judeu e outro palestino. Mas tanto os palestinos como os Estados árabes vizinhos recusaram-se a acatar a partilha proposta pela ONU. Em 14 de maio de 1948, foi proclamado o Estado de Israel, que se viu imediatamente atacado pelo Egito, Arábia Saudita, Jordânia, Iraque, Síria e Líbano (1ª Guerra Árabe-Israelense). Os árabes foram derrotados e Israel passou a controlar 75% do território palestino. A partir daí, iniciou-se o êxodo dos palestinos para os países vizinhos. Atualmente, esses refugiados somam cerca de 3 milhões. Os 25% restantes da Palestina, correspondentes à Faixa de Gaza e à Cisjordânia, ficaram sob ocupação respectivamente do Egito e da Jordânia. A Cisjordânia incluía a parte oriental de Jerusalém, onde fica a Cidade Velha, de grande importância histórica e religiosa.



Europa: ETA e IRA

       Os bascos possuem uma cultura e língua própria, ocupando uma região ao norte da Espanha e uma parte sul do território francês, na vertente leste dos Pirineus (cadeia montanhosa na Europa), virada para o Golfo de Biscaia, região denominada Euskal Herria (País Basco). Fundada em 1959, a organização ETA (Euzkadi Ta Askatasuna, que significa, na língua basca, “Pátria Basca e Liberdade”) luta pela autodeterminação e independência do País Basco e de Navarra, por meio de ações armadas e terrorismo, nas quais os principais alvos são membros da guarda civil e do governo espanhol. A ETA reivindica, em território espanhol, a região chamada Hegoalde ou País Basco do Sul, que é constituído por Álava, Biscaia, Guipúscoa e Navarra e no território francês, a região chamada Iparralde ou País Basco do Norte, que é constituído por Labour, Baixa Navarra e Soule. A ETA sobreviveu na clandestinidade durante a ditadura de Francisco Franco (1939-1975) e contou com o apoio da população e internacional, por ser considerada uma organização anti-regime, mas foi enfraquecendo devido ao processo de democratização em 1977. O seu lema é Bietan jarrai, que significa “seguir nas duas”, ou seja, na luta política e militar.

Em 1900, foi fundado o Partido Nacionalista (Sinn Fein, que significa “Nós Mesmos”), na região sul da ilha irlandesa, com o propósito de reivindicar a autonomia perdida para os ingleses e protestantes. No início dos 1970, originou-se uma facção militar, o IRA – Exército Republicano Irlandês, a partir do Sinn Fein. O IRA é um grupo paramilitar católico e reintegralista, que pretendia a separação da Irlanda do Norte do Reino Unido e reanexação à República da Irlanda, praticando operações de guerrilha contra alvos ingleses e protestantes, até 28 de julho de 2005, quando aumentou o cerco contra o terrorismo nos Estados Ocidentais (lado esquerdo do mapa mundi) a partir do início do século XXI, aumentando as pressões políticas para que o IRA abandonasse em definitivo suas táticas violentas. A principal razão pela qual o IRA lutava era a igualdade religiosa, visto que 75% da população norte-irlandesa era protestante e o pouco que restava, católica, o que fazia com que houvesse desigualdade e preconceito entre as religiões. Como os protestantes eram maioria, decidiam candidaturas políticas e plebiscitos, entre outros, impedindo que a vontade católica se manifestasse.



Europa: conflitos no Cáucaso (o caso da Chechênia)

       Dentre os conflitos étnicos ou de nacionalidades no interior dos países da CEI (Comunidade dos Estados Independentes, antiga URSS), o caso dos movimentos separatistas da Tchetcheno-Inguchétia merece destaque. Trata-se de uma das ex-repúblicas que compunham a extinta URSS (1991). A Tchetcheno-Inguchétia reunia dois povos que lhe davam o nome, composta de população muçulmana. Era uma república autônoma antes da desintegração da União Soviética. Ninguém opôs maior resistência à conquista do Cáucaso pelos russos do que os tchetchenos, numa luta de oposição que remonta a 1818, mas cujo aprofundamento ocorreu em 1991, na ocasião da conturbada implosão da União Soviética. Posteriormente à desagregação desse país em 1991, os líderes políticos da Chechênia não aceitaram assinar o Tratado de Adesão à Federação Russa e proclamaram sua independência. Como o governo de Moscou não reconheceu essa iniciativa, a partir de 1994 passou a enviar tropas militares à Chechênia, acirrando os conflitos nessa antiga república soviética. Alguns dos interesses russos na região da Chechênia são a expansão de seu território e controle sobre as ricas áreas petrolíferas encontradas na região. Apesar de Moscou ter anunciado o fim das operações militares em 2000, os atentados contra as forças militares russas instaladas na Chechênia não cessaram.



África: Ruanda

       Embora em conflito desde a formação do país, o ponto alto do conflito entre as duas principais etnias do país, a tutsi e hutu, eclodiu em 1994, com a morte do presidente hutu Juvenal Habyariman, num acidente de avião provocado por um míssil. Em represália, as tropas da etnia hutu (85% da população do país) passaram a massacrar a minoria tutsi (14%) e os hutus de oposição. A Frente Patriótica Ruandesa (FPR), formada por extremistas tutsis exilados em Uganda, iniciou uma ofensiva que resultou no massacre de 800 mil hutus e na tomada do poder três meses depois. O saldo total da guerra foi de 1 milhão de mortos e 2,2 milhões de refugiados hutus nos países vizinhos (ex- Zaire, Uganda, Burundi e Tanzânia), de acordo com dados da ONU.



África: Angola

       Essa longa guerra civil, nesse país, tem dois protagonistas envolvidos. De um lado, o MPLA (Movimento pela Libertação de Angola), no poder, e a UNITA (União Nacional pela Independência Total de Angola). Nos anos 1994-1995, um acordo de paz interrompeu o conflito e a ONU enviou tropas de paz. Mas em virtude do descontentamento diante do acordo, por parte da UNITA, esta se recusou a devolver áreas sob seu controle e integrar um governo de coalizão (acordo) nacional, o que conduziu ao reinício do conflito em 1999.



Ásia: Caxemira

       A Índia e o Paquistão são nações criadas a partir da desagregação do Império Britânico das Índias, em 1947. Durante a Guerra Fria, o Paquistão inclinou-se a favor dos EUA, enquanto a Índia buscou auxílio da ex-URSS, o que explica, em parte, o fato de ambos disporem, atualmente, de armas atômicas. Essas armas representam um perigo, diante de um conflito antigo entre os dois países, que se arrasta por mais de cinqüenta anos: a questão da Caxemira. A Caxemira é uma província do norte da Índia cujo território é composto por 90% montanhas e que faz fronteira com a China e com o Paquistão, com cerca de 220 mil km2. A região, compartilhada pela Índia (cerca de 100 mil km2), Paquistão (cerca de 80 mil km2) e China (cerca de 40 mil km2), tem sido alvo de disputas territoriais entre esses três países desde o final da década de 1940. A origem do conflito remonta à partilha da Índia britânica, que deu origem, em 1947, a dois países: o Paquistão, com maioria da população muçulmana, e a Índia, majoritariamente hindu. O marajá de Caxemira (Hari Singh) solicitou o apoio de tropas indianas para se defender da invasão das tribos Pathans e em retribuição, assinou o Instrumento de Acesso à União Indiana, concordando que a região se tornasse no estado indiano de Jammu e Caxemira. A partir de então, o Paquistão reivindica a realização de um plebiscito em razão de 2/3 da população, de 7 milhões de habitantes, ser composta de muçulmanos. Os indianos, por sua vez, não aceitaram realizar um plebiscito, muito embora tenham cedido um terço do território ao Paquistão (Azad Kashmir). Consequentemente, ao lado do surgimento de uma guerrilha, ocorreram vários atentados terroristas contra a presença indiana no restante da Caxemira, como parte de ações voltadas para sua integração futura ao Paquistão. A disputa entre muçulmanos e hindus levou os dois países a duas outras guerras (1965 e 1971), sendo ainda hoje a principal razão para a corrida armamentista nuclear.









IV. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 8

AMÉRICA LATINA?

ATIVIDADE IV.



A PARTIR DO TEXTO FAZER UMA REDAÇÃO DEFINIDO O QUE É A AMÉRCA E COMPARE A AMÉRICA LATINA E OS DEMAIS PAÍSES DAS AMÉRICAS.





USE O TEXTO COMO REFERENCIA, OBSERVE BEM O QUE ELE RELATA.





América Latina


A América Latina faz parte do Continente Americano com colonização de latinos (portugueses e espanhóis). Apresenta problemas de subdesenvolvimento com elevadas dívidas externas. Na década de 90 A América Latina conseguiu certa estabilidade econômica, permitindo a entrada de capital estrangeiro e um maior investimento de empresários locais nos setores produtivos. Apesar da elevada dívida externa, tem havido crescimento econômico. População bastante heterogênea (exceto Argentina, Uruguai e Chile). Predominância indígena em vários países como: Paraguai, México, Peru e Bolívia. Terras situadas na Zona Intertropical (clima predominante é o tropical).



20 países fazem parte da América Latina, são eles: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. Ainda na América Latina existem mais 11 territórios que por não serem independentes não podem ser considerados países, mas fazem parte da América Latina. Neste primeiro estudo sobre a América Latina vamos estudar alguns deles.

A América Latina


América do Sul


Países Platinos – países localizados na Bacia Platina (rios Paraná – Paraguai – Uruguai – Prata). Rio do Prata possui o maior estuário do mundo. Grande desempenho na agropecuária.

Paraguai – país central, não possui comunicação direta com oceano. Chega até o Atlântico pela Argentina (via fluvial) ou pelo Brasil (via terrestre).

População – maioria por índios guaranis e mestiços. Possui 2 idiomas oficiais (espanhol e guarani). Muitos analfabetos e baixos padrões de vida. Renda nacional é altamente concentrada. Guerra do Paraguai -  a Tríplice Aliança (Brasil, Uruguai e Argentina) massacram o Paraguai.
Grande interesse da Inglaterra em impedir o desenvolvimento do Paraguai. Houve um grande genocídio.


Economia – agropecuária, embora muitos produtos sejam de subsistência. Os produtos mais importados são: café, soja, erva mate e quebracho (vegetal usado na indústria do couro). Uma grande perspectiva para o futuro econômico-social com a Usina de Itaipu.

Principais cidades: Assunção (capital e maior centro econômico)

Uruguai – república unitária (não possui estados, governo centralizado). Clima temperado com chuvas bem definidas. Relevo é de planícies com pequenas ondulações chamadas Coxilhas.

População – gira em torno de 3,3 milhões de habitantes, bastante homogênea com 90% formada de brancos. Pequeno número de analfabetos (2%).

Economia – agropecuária. Largas exportações de carne congelada, couro, lã e arroz. A pesca também ajuda. É o paraíso fiscal das operações financeiras na América do Sul, mais conhecido como a Suíça dos pobres. Grande exportador de ouro sem ter uma mina sequer. Presença de brasileiros nas atividades agrárias, estimulados pelas terras e equipamentos baratos e pelas baixas taxas de impostos e juros. Principais cidades: Montevidéu (capital, maior centro urbano-econômico, grande porto no Rio da Prata) e Punta Del Leste (balneário e cassino).

Argentina – grande extensão territorial no sentido norte-sul (latitude).

Chaco – parte Norte do país, condições naturais (clima e solo) pouco favoráveis. Uso da agropecuária extensiva.

Entre-Rios – Mesopotâmia argentina. Fica no nordeste. Muitos latifúndios com predominância da agropecuária extensiva.

Pampas – parte Central, grande região geo-econômica do país. Clima temperado, chuvas bem definidas, planícies, pastagens e solos férteis, favorecendo às atividades agropecuárias intensivas (alta produtividade por área). Cultivam também frutas temperadas e cereais. Na pecuária, destaca-se a criação bovina. Grande exportador de carne congelada e couro. São expressivos os parques industriais e oferecem muitos atrativos para as empresas multinacionais. Grandes portos: Rosário e Santa Fé, às margens do rio Paraná.

Patagônia – bastante fria, chegando a ser desértica em certas áreas. Importantes criações de ovinos (exportações de lã) e poços de petróleo (privatizado).

Andes – fica no lado Oeste. Muito acidentado, fria e de difícil acesso. Destaque para São Carlos de Bariloche, que é um centro turístico expressivo.

População – pouco numerosa (35 milhões de habitantes), bastante homogênea (97% são brancos), pequeno número de analfabetos (4%). É mais urbana do que rural. Possui o melhor padrão de vida da América Latina.
Economia – População economicamente ativa: terciário - secundário -  primário. Optou pela dolarização da economia, ou seja, utilizar moeda externa simultaneamente a moeda vigente. Foi o primeiro país a usar energia atômica (Usina de Atucha), tecnologia americana.
* Possui uma questão com a Inglaterra referente a soberania das Ilhas Malvinas ou Falkland.


MERCOSUL - é formado pela Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil. Objetivos: isenção total ou parcial de impostos em determinados produtos e Tarifa Externa Comum. O Chile e Bolívia são membros associados. Principais cidades: Buenos Aires (capital e centro econômico)


Países Andinos

Cordilheira dos Andes - estendendo-se desde o Lago Maracaibo (Venezuela) até a Terra do Fogo (Argentina e Chile). Intensas atividades vulcânicas e sísmicas. Faz parte do Cinturão do Fogo do Pacífico. Vulcão Aconcágua (7.014 m), pico culminante de toda América. Grandes concentrações demográficas nos altiplanos férteis. Mineração: cobre, salitre, estanho, prata, ferro, etc.

Chile – o mais andino, pois vive dos recursos da Cordilheira.
- Norte: Deserto de Atacama, o mais árido (seco) do mundo. Processos irrigatórios e exploração mineral.
- Centro: região geo-econômica do país. Vales e altiplanos férteis. Clima temperado.
- Sul: montanhoso, frio e com um litoral recortado denominado Fiord, que se formou na era glacial.

Economia – mineração (cobre e salitre), agricultura (trigo e frutas temperadas) e pesca. Considerado o “Tigre da América do Sul” pelo seu rápido desenvolvimento. Firme política financeira.

População – bastante homogênea (maioria descendentes espanhóis e italianos). Pequeno número de analfabetos (5%).
* É o país mais europeu devido aos seus aspectos físicos.


Principais cidades: Santiago (capital administrativa) e Valparaíso (capital legislativa, além de ser o maior porto andino).

Bolívia – país central. Seu crescimento econômico é prejudicado pela interiorização e pelo relevo acidentado (Andes)

População – maior parte de indígenas (60%), destaque para o Quichuas e Aimarás. Mestiços totalizam 30% e 10% são de origem européia.

Economia – mineração do estanho e do petróleo. Interesse do Brasil em explorar o gás natural da Bolívia. Construção do gasoduto Santa Cruz de La Sierra – São Paulo pelo Brasil.
* COB (Central Operária Boliviana). Pressões contra as plantações de coca – revolta dos camponeses.


Grandes perdas da Bolívia

  • Frente marítima: perdeu para o Chile – Guerra do Pacífico
  • Acre: perdeu para o Brasil mediante indenização – derrota diplomática no tribunal.
  • Chaco Boreal: perdeu para o Paraguai – Guerra do Chaco – Causa: petróleo.

Principais cidades: Sucre (capital legal, poder judiciário), La Paz (mais alta capital do mundo, sede administrativa), Santa Cruz de La Sierra (na planície, é a que mais cresce em termos urbanos) e Potosi (mineração).

Peru – país do Império Inca. Grandes centros da cultura e tradição Inca: Machupichu e Cuzco.

População – 50% indígena, 40% mestiços, além de brancos e negros.
* Lago Titicaca: sul do Peru, fronteira com a Bolívia. Mais alto lago do mundo. Fica a quase 4 mil metros acima do nível do mar.

Economia – é um país poliexportador.

  • Pesca e derivados – favorecida pela Corrente de Humboldt
  • Mineração – diversificada, explora: prata, cobre e petróleo
  • Agricultura – algodão e milho.
  • Pecuária – Ilhama, alpacas e ovelha. Fornecimento de couro, leite, lã e carne.
  • Narcotráfico

Principais cidades: Lima (capital) e Callao (maior porto).

Sendero Luminoso: mais temido grupo de guerrilheiros da região andina.
Questão geo-política (fronteira) com Equador referente a Serra do Condor, rica em minerais.

Equador – menor entre os países andinos.

Arquipélago de Galápagos – rica fauna, motivando os estudos científicos. Estudos iniciados por Charles Darwin.

População: das mais pobres da América Latina.

Economia: mineração de petróleo, culturas de cacau e banana.

Principais cidades: Quito (Capital) e Guaiaquil (grande exportador de bananas).

Colômbia – duas frente marítimas (Atlântico e Pacífico)

População – maioria mestiça, concentrada em sua maior parte nos altiplanos e nos vales, região da Bacia do Rio Magdalena.

Economia – grandes produtores latino-americanos de droga (cocaína). 2o produtor de café da América Latina (1o é o Brasil). Extrai carvão mineral (40% das reservas da América Latina) e petróleo. Maiores cartéis do narcotráfico: Medelin e Cali. A Braspetro (subsidiária da Petrobrás) faz pesquisas e explorações através de contratos de risco.

Principais cidades: Bogotá (capital), Cali (maior centro cultural), Barranquila (maior porto) e Medelin.


Memorial da América Latina em São Paulo - Brasil


Venezuela – é o menos andino, uma pequena porção de terra está na Cordilheira. Grande parte das terras pertence a bacia do rio Orenoco.

População – possui baixos padrões de vida. Grande parte dos lucros fica com o governo e com empresários estrangeiros. A renda per capita é relativamente alta. A maioria da população vive marginalizada nos centros urbanos.

Economia – petróleo como base, principalmente no Lago Maracaibo. Venezuela é um pequeno consumidor e grande exportador. Importa quase tudo que é necessário.

Principais cidades: Caracas (capital) e Maracaibo (maior centro petroquímico).  - por Marcelo Cerqueira





VOLUME 02



V. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1

O CONTINENTE AFRICANO


ATIVIDADE V.

A PARTIR DO TEXTO ESCREVA UMA REDAÇÃO

COMPARANDO AS REGIÕES AFRICANAS ENTRE

SI, SEUS PROBLEMAS E DESEQUILIBRIOS

AMBIENTAIS QUE A DESCOLONIZAÇÃO

PROVOCOU.


Continente Africano

Informações e dados sobre a Continente Africano, economia, relevo, geografia, países, mapa, rios, vegetação, religiões, problemas africanos





Mapa do Continente Africano


Introdução


A África é um  continente com, aproximadamente, 30,27 milhões de quilômetros quadrados de terras. Estas se localizam parte no hemisfério norte e parte no sul. Ao norte é banhado pelo mar Mediterrâneo; ao leste pelas águas do Oceano Índico e a oeste pelo Oceano Atlântico. O Sul do continente africano é banhado pelo encontro das águas destes dois oceanos.

Informações importantes sobre o Continente Africano:


- A África é o segundo continente mais populoso do mundo (fica atrás somente da Ásia). Possui, aproximadamente, 820 milhões de habitantes (estimativa 2011).


- É um continente basicamente agrário, pois cerca de 63% da população habitam o meio rural, enquanto somente 37 % moram em cidades.

- No geral, é um continente pobre e subdesenvolvido, apresentando baixos índices de desenvolvimento econômico. A renda per capita, por exemplo, é de, aproximadamente, US$ 850,00. O PIB (Produto Interno Bruto) corresponde a apenas 1% do PIB mundial. Grande parte dos países possui parques industriais pouco desenvolvidos, enquanto outros nem se quer são industrializados, vivendo basicamente da agricultura.


- O principal bloco econômico africano é o SADC (Southern Africa Development Community), formado por 15 países: África do Sul, Angola, Botswana, República Democrática do Congo, Lesoto, Madagascar, Malaui, Maurícia, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Seychelles, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue.


- Além da agricultura, destaca-se a exploração de recursos minerais como, por exemplo, ouro e diamante. Esta exploração gera pouca renda para os países, pois é feita por empresas multinacionais estrangeiras, principalmente da Europa.


- Os países africanos que possuem um nível de desenvolvimento um pouco melhor do que a média do continente são: África do Sul, Egito, Marrocos, Argélia, Tunísia e Líbia.


- Os principais problemas africanos são: fome, epidemias (a AIDS é a principal) e os conflitos étnicos armados (alguns países vivem em processo de guerra civil).


- Os índices sociais africanos também não são bons. O analfabetismo, por exemplo, é de aproximadamente 40%.


- As religiões mais presentes no continente são: muçulmana (cerca de 40%) e católica romana (15%). Existem também seguidores de diversos cultos africanos.


- As línguas mais faladas no continente são: inglês, francês, árabe, português e as línguas africanas.



- A África possui uma fauna rica e diversificada. Os principais animais que vivem neste continente são: elefante africano, leão, zebra, rinoceronte, hipopótamo, leopardo, hiena, gorila, chacal, chipanzé, girafa e avestruz.



Geografia da África:


- Principais rios: Nilo, Níger, Congo, Limpopo, Zambese e Orange.



- Clima: Clima Mediterrâneo (chuvas na primavera e outono) no norte e sul; Clima Equatorial (quente e úmido) no centro.



- Relevo: Monte Atlas (norte), Planalto Centro-Africano (região central), Grande Vale do Rift com altas montanhas e depressões (leste). Na região norte destaca-se o Deserto do Saara.


- Montanhas mais altas: Kilimanjaro (Tanzânia) com 5.896 metros, Monte Quênia (Quênia) com 5.199 metros e Monte Margherita (Uganda) com 5.110 metros.


- Cidades mais populosas: Cairo (
Egito), Lagos (Nigéria), Kinshasa (R. D. do Congo), Cartum (Sudão), Johanesburgo (África do Sul) e Gizé (Egito).


- Maiores ilhas: Madagacar com 587.041 km² e Reunião com 2.510 km².


- Países que fazem parte do continente africano: Angola, Argélia, Botsuana, Camarões, Lesoto , Madagascar, Malawi, Maurício, Moçambique,
Namíbia, Suazilândia, Zâmbia, Zimbábue, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Chade, Congo, Benin, Burkina Faso, Cabo Verde, Camarões, Costa do Marfim, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, São Tomé e Príncipe, Togo,  Egito, Líbia, Marrocos, Saara Ocidental, Sudão, Sudão do Sul, Tunísia, Burundi, Djibuti, Eritreia, Etiópia, Quênia, Ruanda, Seychelles, Somália, Tanzânia, e Uganda.












VI. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2

ÁFRICA E EUROPA

ATIVIDADE VI.


A PARTIR DO TEXTO FAZER UMA REDAÇÃO APONTANDO COMO AS RELAÇÕES QUE AINDA TENDEM A FICAR DESFAVORAVEIS À ÁFRICA.



Genebra, Suíça, junho/2012 (IPS/South Centre) – Vivemos em um mundo que muda rapidamente. O modelo da globalização e do livre mercado é questionado. Nos perguntamos se não será o capitalismo, guiado pela mão forte do Estado, o próximo modelo a seguir. O fato é que os principais mercados de África, Estados Unidos e União Europeia (UE), estão paralisados ou afundando. Por outro lado, nossos mercados estão crescendo, junto com os das economias emergentes.

Embora as exportações possam ser um instrumento muito importante para nossa estratégia global de desenvolvimento, na verdade são apenas um pilar. A principal sustentação deve ser o incremento de nossas capacidades de produção interna, de diversificação, de industrialização e de produção agrícola.

Em seu caminho para o desenvolvimento, a África não pode continuar exportando uma reduzida série de matérias-primas e importando uma ampla variedade de bens acabados.

Em setembro de 2011, a Comissão Europeia propôs excluir 16 países africanos da Regulamentação de Acesso ao Mercado da UE 1528/2007, que permitia às nações africanas que aceitavam um Acordo de Associação Econômica (AAE) desfrutarem do acesso livre de impostos ao mercado da UE, se dessem passos para a assinatura ou ratificação.

A regulamentação proporcionava aos nossos países a cobertura necessária, enquanto continuavam negociando com a UE as questões difíceis dos impostos para exportação, do grau de liberalização e da ajuda ao desenvolvimento.

Embora as negociações não tenham terminado, a UE diz agora que se Gana, Quênia, Namíbia (que iniciaram o processo, mas não assinaram), Botsuana, Camarões, Costa do Marfim, Suazilândia e Zimbábue (que assinaram mas ainda não ratificaram) não ratificarem a AAE antes de 2014, serão eliminados da lista de países que recebem a mencionada cobertura.

Neste momento da verdade há várias opções.

1. Apenas o Quênia assina o AAE, a fim de reter suas preferências em flores e pescado. Isso destruiria a união aduaneira da Comunidade Africana do Leste (CAE), integrada também por Uganda, Tanzânia, Ruanda e Burundi.

2. Toda a CAE assina o AAE. Neste caso, os países menos desenvolvidos (PMD), que não estão obrigados a reduzir tarifas alfandegárias nas rodadas de liberalização comercial da Organização Mundial do Comércio (OMC), terão que reduzi-las a zero em pelo menos 80% do comércio com a UE. Isso afetará seriamente a capacidade de industrialização regional. Como a União Europeia continua sendo um grande exportador de alimentos e subsidia seu setor agrícola com 60 bilhões de euros anuais, tiraria nossos pequenos agricultores dos mercados locais.

3. A região inteira não assina o AAE. Neste caso o Quênia perderia sua preferência em flores. Contudo, o quanto este setor é importante comparado com a abertura do mercado da CAE e da UE e de um real impedimento a uma futura industrialização?

A UE insiste na eliminação de tarifas para 80% do comércio e em outras medidas que afetariam os esforços da África para industrializar-se e melhorar a cadeia de valor agregado. Assim, a África continuaria sendo um perpétuo fornecedor de matérias-primas.

Quanto ao efeito sobre a segurança alimentar e a vida da população rural, a UE não mostra nenhuma intenção de abolir seus subsídios agrícolas, que são a principal competição desleal contra os produtores africanos de lácteos, carnes, cereais, etc.

Com relação ao efeito sobre o comércio e a integração regional, os mercados regionais proporcionam à África a melhor oportunidade para a diversificação e o desenvolvimento.

Se o AAE nos impõe liberalizar 80% do comércio, nossos mercados regionais poderão ficar nas mãos dos produtos da UE. A oportunidade de aumentar o comércio interno, a diversificação e a industrialização da África se verá significativamente reduzida.

Que interesse tem a UE no AAE? Negocia-se este acordo porque a UE quer favorecer a integração e o desenvolvimento africanos ou porque serve, antes de tudo, aos interesses europeus?

Se deixarmos de lado as opções 1 (só o Quênia assina o AAE) e a 2 (toda a CAE assina o AAE), quais alternativas restam?

Desde 2007, as exportações interafricanas ultrapassaram as exportações da região para a UE. O total das vendas da CAE para a União Europeia foi de US$ 2,5 bilhões em 2008, enquanto as exportações para a África chegaram a US$ 3,2 bilhões.

Portanto, a África deve fazer suas as conclusões do Informe da Comissão Sul: “Ao mobilizar todo seu poder latente, o Sul tem, primeiro, que garantir que suas economias sejam alimentadas e que seu crescimento não seja apenas um subproduto do crescimento do Norte. O Sul precisa expandir sua presença nos mercados do Norte, o que implica melhorar o acesso e reduzir o protecionismo”.

“Entretanto, parece claro que as economias locomotivas do Norte não impulsionarão o trem das economias do Sul a um ritmo que satisfaça seus passageiros, ou seja, o povo do Sul. O poder de locomotiva deve ser gerado ao máximo possível dentro das próprias economias do Sul”. Envolverde/IPS

* Benjamin W. Mkapa é ex-presidente da Tanzânia e presidente do South Centre em Genebra (www.southcentre.org).








VII. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3

ÁFRICA: SOCIEDADE EM TRANSFORMAÇÃO




ATIVIDADE VII.


A PARTIR DO TEXTO FAZER UM REDAÇÃO DESCREVENDO SE REALMENTE ESTA OCORRENDO UMA TRANSFORMAÇÃO NA ÁFRICA. JUSTIFIQUE


ÁFRICA: Sociedade em Transformação

O Continente africano é considerado o mais pobre do mundo, o menos desenvolvido e os com pior situação localizam-se na África Subsaariana. Estes países tem os piores indicadores sociais do mundo, assolados por doenças, infra estrutura praticamente inexistente, uma péssima qualidade de vida.

IDH: É um índice idealizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), para medir o desenvolvimento humano e leva em consideração dados sobre saúde, educação e renda per capita. A escala é de 0 a 1, quanto mais perto de 1 é melhor. Classificam-se os países em 3 faixas: de 0,80 a 1 = elevado; de 0,50 a 0,79 = médio e menor que 0,50 = baixo. Os 12 países com os menores IDH em 2006 são da África Subsariana, de 0,391 a 0,329.

Economia: A pobreza destes países, aliada as instabilidades democráticas são responsáveis pelas piores condições sociais em que se encontram, tem uma população de maioria rural, as exportações basicamente de produtos primários e com baixíssimos valores agregados. Muitos países ainda convivem com governos ditadores e a corrupção campeia livremente, não assegurando mínimas condições de serviços como a educação, assistência médica e deficiência de empregos nas áreas urbanas.

Saúde: As taxas de mortalidade são muito altas, principalmente a infantil com 20 óbitos para cada mil, contra 6/1.000 no Brasil. A falta de assistência médica minimamente adequada, aliada as epidemia e doenças como a AIDS, desemprego, a fome, deixa a população em situações calamitosas. Dos 33,2 milhões de pessoas com HIV em 2007, temos pela ordem: África subsariana = 67,8%, contra 1,1% África do Norte e Oriente Médio; Sul e Sudeste da Ásia = 12,0%; Europa do Leste, Ásia Central = 4,8%; América Latina 4,8%, as demais regiões com taxas menores.

População e Urbanização: Predominantemente rural, as áreas mais povoadas são as áreas próximas ao litoral, no Vale do Rio Nilo e em torno dos grandes lagos como o Vitória e a proximidade com a Europa torna o litoral norte também densamente povoado. As menores taxas demográficas são as desérticas e algumas florestas como a do Congo. As cinco cidades mais populosas da África são: Lagos na Nigéria com mais de 8 milhões de habitantes; Cairo no Egito com mais de 7 milhões de habitantes; Kinshasa na República Democrática do Congo com mais de 6 milhões de habitantes; Nairóbi no Quênia com mais de 4 milhões de habitantes e Alexandria no Egito com mais de 3 milhões de habitantes. E entre as 50 maiores cidades da África temos em 1º lugar Lagos na Nigéria e em 50º

Kolvezi no Congo com pouco mais de 800 mil habitantes.

Fluxos Comerciais: A África mantém relações comerciais com praticamente todo o mundo, mas o fluxo é mais importante entre a Europa, Ásia e América do Norte. Com predominância para a Europa, não somente pelo passado de colonização mas ainda hoje perante a globalização há grande dependência em relação ao continente europeu. O Comércio regional é pouco expressivo apesar da existência de organizações para integração econômica. As heranças históricas do colonialismo, uma política econômica gerida por políticos ditatoriais, as diferenças étnicas e religiosas geradoras de instabilidades internas, tem enfraquecido a região. Tudo isso aliado ao desenvolvimento tecnológico e globalização, tem colocado o continente africano em situação de dependência. A sua economia que é pouco diversificada, fornecedora basicamente de matéria prima, não permite romper a curto prazo com o modelo financeiro que os subordina aos países consumidores. Por isso é necessário expandir o leque de suas exportações e importações, o que já começa a fazer com os chineses.

Política: A África sempre foi o continente de menor captação de recursos externos, mas esta situação começa a se alterar devido o interesse da China no continente africano. O interesse dos chineses na África não é tão recente, calcula-se que nas últimas 4 décadas o governo chinês tenha enviado em torno de 20 mil técnicos agrícolas e especialistas de diversas áreas, e que em torno de 500 mil chineses vivem na África. Na parte subsaariana consta a presença chinesa desde a década de 1960, e ultimamente tem havido um crescimento do comercio entre a china e África, com os chineses vendendo produtos manufaturados e comprando especialmente petróleo e minerais metálicos.









VIII. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4

ÁFRICA E AMÉRICA





ATIVIDADE VIII.


A PARTIR DO TEXTO FAÇA UMA PESQUISA MAIS ABRANGENTE QUE INFORME AS REAIS RELAÇÕES ENTRE AS AMÉRICAS E A ÁFRICA DESDE A COLONIZAÇÃO, ATÉ OS DIAS DE HOJE.

África e America - Fatores culturais no processo de civilização


A África é um continente com grande diversidade étnica, cultural, social e política. O Egito foi provavelmente o primeiro estado a ser formado no continente africano há cerca de 5000 mil anos. Note que algumas pessoas não sabem que o Egito está na África, como se quisessem desvincular um lugar tão lindo de um povo, manipuladamente esteriótipo, violento, dados à guerras, escravista. Descobri a histórias dos povos Banto ou Bantu, unidos pela etnolinguística, estão localizados de Camarões até a África do Sul e ao oceano Índico, são cerca de 400 subgrupos étnicos diferentes unidos pela língua materna, a língua da família banta.


Antes da colonização viviam da agricultura, da pesca e já conheciam a metalurgia. São desta região os negros escravos que foram para São Paulo e Rio de Janeiro. As maneiras de colonizar, por  seu objetivo inicial de pura exploração, são muito similares para todos os povos colonizados, porém, o fator cultural foi determinante. Todas as formas de sociedade se pautam em regras normativas que controlam aquela nação, normas que podem ser estatais, religiosas ou míticas. São muitas as histórias que fazem parte da cultura popular bantu, porém, todas têm em comum a crença de que seus ancestrais tem poder para auxilio ou castigo, interferindo diretamente na vida de membros da comunidade. Como os ancestrais, que detém o poder de decisão, são parentes mortos, todos os esforços se concentram num bem comum, num bem voltado àquela comunidade. Assim, quando alguém na aldeia sofre, provavelmente, é porque aborreceu algum morto, que como forma de castigo, faz aquela pessoa sofrer. Os primeiros contatos com os europeus ocorreu no século XV. Há um livro de uma historiadora (perdoem minha falha, mas não lembro seu nome, prometo buscar informações e postar no blog) onde ela afirma que para esses povos, o mar e o bosque significam a morte, pois, nos bosques enterravam seus mortos e o mar viam como uma imensidão desconhecida e assustadora. Ao verem os navios apinhados de gente, vindos do mar, pensaram ser os mortos chegando do além. Da mesma forma Moctezuma II, imperador dos Astecas, considerou ser
Fernando Cortéz a personificação do Deus
Quetzalcóatl, e seus cavalos, animais não conhecidos desses povos, portanto não pertencentes a sua semiótica, parecendo, um corpo só, como um centauro. Conheceram os espanhóis no século XVI, se alinharam à eles e trabalharam como escravos, extraindo metais preciosos, substituídos, quando morriam, como peças de engrenagem até o fim desta civilização. Claro que após o primeiro contato as verdadeiras intenções apareceram, mas a submissão ao mítico, mesmo que inconsciente, foi determinante facilitando, e muito, a aproximação do colonizador.