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domingo, 17 de abril de 2016

3ª SÉRIES - SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 GLOBALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO ECONÔMICA

3ª SÉRIES 



  SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4



GLOBALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO  

ECONÔMICA


Aspectos da globalização e regionalização econômica


• Na América, apenas Cuba não está polarizada pelos Estados Unidos.
• Na África, percebe-se a presença de aliados da União Soviética e muitos países não alinhados a nenhuma das superpotências.
• Europa está fortemente dividida entre a influência dos EUA e da URSS consolidando a ideia de “cortina de ferro”.
• A Ásia apresenta forte influência da URSS, ainda que seja marcante a presença norte-americana no Sudeste Asiático e Japão. Os alunos poderão subdividir o continente asiático em Oriente Médio, Ásia Central e Sudeste Asiático.
• Na Oceania, é forte a influência norte-americana.
A ampliação da área de influência em países da Europa Oriental e Ásia. Além disso, surgiram países “hostis” aos Estados Unidos, como a Venezuela, o Iraque e o Zimbábue. Isso reflete a permanência de conflitos regionais, mesmo com o fim da bipolaridade. Enfim, apesar da ampliação da influência militar dos EUA, existem países com uma dinâmica política e/ou econômica capaz de realizar uma influência regional.
Os termos bipolaridade e multipolaridade se contrapõem e expressam diferentes relações de força no cenário das relações internacionais. Conforme retratam os mapas, a partir da década de 1990, com o fim do sistema de polaridades definidas ou da ordem mundial bipolar da Guerra Fria, ocorreu o aparecimento de um sistema de polaridades indefinidas ou, em outras palavras, de uma ordem mundial multipolar, caracterizada pela existência de vários polos ou centros mundiais de poder econômico e político. Em lugar do antigo confronto ideológico, militar e econômico entre os blocos capitalista e socialista capitaneados pelas duas superpotências rivais da “velha ordem mundial” – Estados Unidos e ex-URSS. Há duas décadas assistimos a uma recomposição das alianças militares e econômicas entre grupos de países (mapa da página 30 do Caderno do Aluno). No mundo pós-Guerra Fria, apesar da existência de três principais centros de poder econômico (Estados Unidos, União Europeia e Japão), a chamada tríade do capitalismo mundial, também nota-se a afirmação de potências econômicas e políticas regionais, como Brasil, África do Sul e China (esta última considerada por muitos como a grande potência do século XXI), que poderão, num futuro não muito distante, contribuir para a afirmação de uma ordem mundial multipolar com a maior participação de países do Sul na tomada e na influência de decisões internacionais.
Os termos monopolar – ou seja, país, entidade ou empresa que detém o monopólio econômico no âmbito da produção e dos mercados – e unipolar – conceito que identifica um único polo de poder mundial – são empregados por muitos observadores e estudiosos para denominar o cenário internacional entreaberto com o fim da Guerra Fria. Consideram que a Nova Ordem Mundial é monopolar e unipolar, pois destacam que os Estados Unidos ainda são o único país a exercer o domínio econômico e militar no panorama do mundo atual, ou seja, sem a presença de um rival ou oponente capaz de contrabalançar ou equilibrar seu poderio nesse sentido. Do ponto de vista militar, a Rússia, por exemplo, a principal herdeira da extinta União Soviética e hoje pertencente à CEI, ingressou numa profunda crise econômica a partir do início da década de 1990, fato responsável, entre outros, pelo enfraquecimento do seu poderio militar. Sugere-se também analisar com os alunos o fato de que, para muitos analistas, a China vem despontando como país passível de ameaçar a supremacia americana. Porém é fundamental ressaltar que, no âmbito da economia, o denominado “país fábrica” não possui domínio científico-tecnológico que ameace a posição emblemática dos EUA no mundo, e a sua produção depende ainda do enorme mercado consumidor norte-americano, já que as condições sociais da China, apesar de terem melhorado consideravelmente ainda não correspondem a um mercado consumidor autossustentado. Além disso, o país não possui tecnologia e aparato militares suficientemente adequados para fazer frente aos EUA. Assim, em praticamente todo o globo, a superpotência da América do Norte é o único país capaz de sustentar ou realizar intervenções militares em conflitos mundiais importantes, dada a presença de suas forças armadas no mundo.
A globalização promoveu uma maior integração do mercado mundial diante dos avanços tecnológicos nos transportes e nas telecomunicações, processo que ganhou intensidade na década de 1990, em parte por causa da abertura de novos mercados, como os antigos países do bloco socialista que abriram suas economias. Ao lado desse processo, a globalização também acentuou a regionalização ou a fragmentação da economia mundial, pois, desde o final da década de 1980 e início da de 1990, fortaleceu-se a tendência de formação de tratados econômicos regionais entre países, ou seja, a constituição de blocos econômicos. Diante dos quadros competitivos que a globalização impõe, sobretudo a partir dos períodos indicados, diversos países passaram a se reunir ou se agrupar em torno de interesses econômicos comuns com o objetivo de facilitar e expandir suas trocas comerciais para se fortalecerem nesse contexto. Isso significa dizer que, embora a formação de tratados econômicos regionais entre países já se manifestasse antes do final da década de 1980 e início dos anos 1990, a partir desse período verificou-se o fortalecimento de tal processo.
O mapeamento que pode ser feito na economia global atual apresenta novas características, uma delas é o uso de computadores e internet no mundo, o qual retrata a situação dos países do mundo quanto ao número de internautas por 100 habitantes, em 2005. De maneira geral, observa-se que as populações dos países do Norte possuem maior acesso à internet, em contraste com às dos países do Sul, que apresentam heterogeneidade quanto ao assunto em foco. Comparando com os mapas anteriores, é possível estabelecer a relação entre renda e acesso à tecnologia.
Globalização e formação de blocos econômicos são processos relacionados. A formação de blocos econômicos é uma condição essencial para o avanço da globalização, baseada principalmente na expansão e fortalecimento do mercado global e na competitividade comercial entre os países ou grupos deles que se associam para adquirir maior inserção no mercado competitivo global.
A União Europeia, além de ser um mercado comum, também é uma união econômica e monetária, com programas sociais e de desenvolvimento comuns, permitindo a livre circulação de pessoas, diferindo, por exemplo, do Nafta e do Mercosul.

2a séries - SITUACÃO DE APRENDIZAGEM 4 O BRASIL E A ECONOMIA GLOBAL: MERCADOS INTERNACIONAIS DIVISÃO DENTRO DO CONSUMO DE MERCADORIAS

2a séries 

SITUACÃO DE APRENDIZAGEM 4

O BRASIL E A ECONOMIA GLOBAL: MERCADOS INTERNACIONAIS DIVISÃO DENTRO DO CONSUMO DE MERCADORIAS:


• “clientes” correspondem aos principais mercados para os quais o Brasil exporta seus produtos;
• “fornecedores” correspondem aos principais mercados dos quais o Brasil importa produtos.

Os Estados Unidos e o Japão têm grande participação no comércio exterior brasileiro com destaque às exportações para o Japão.
A dinâmica do comércio exterior, em geral, e, em particular, do comércio exterior brasileiro segue uma lógica em alguns momentos aspectos positivos e em alguns momentos negativos, ou seja, bom quando temos superávit* em nossa “Balança comercial”* e ruim quando ficamos em déficit*.
“Balança comercial” é o termo utilizado para representar as importações e exportações de um país. Quando o saldo da balança comercial é positivo, significa que as exportações são maiores que as importações e, portanto, há superávit; quando o saldo da balança comercial é negativo, há déficit.

O significado dos seguintes termos usados na dinâmica dos mercados:
• Barreiras comerciais: barreiras impostas à livre circulação de mercadorias entre os países.
• Subsídios: ajuda financeira que os governos concedem aos produtores com o objetivo de ampliar a competitividade de determinados setores da economia nacional.
• Países emergentes: países que apresentam grande crescimento no cenário econômico e político mundial, tais como o Brasil, a China e a Índia.
• União Europeia: bloco econômico formado por 27 países da Europa.
• Salvaguardas: ressalvas em um acordo comercial que permitem que os países protejam o mercado para determinados produtos.
• PIB global (Produto Interno Bruto global): soma de todas as riquezas produzidas no mundo.
Na Fórum de Diálogo Índia-Brasil-África do Sul (Ibas) foi estabelecido em 6 de junho de 2003, mediante a “Declaração de Brasília”. Suas metas principais são aproximar as posições dos três países em instâncias multilaterais, desenvolver a cooperação comercial, científica e cultural no âmbito Sul-Sul e democratizar a tomada de decisão internacional no âmbito de fóruns e organismos internacionais. Os países do Ibas buscam interesses convergentes, como reformar o Conselho de Segurança das Nações Unidas e mudar a política de subsídios agrícolas praticada pelos países desenvolvidos. Em função desses objetivos comuns, defendem uma ordem internacional multipolar, estruturada com maior atenção aos países em desenvolvimento.

 Pontos de discussões sobre o comércio internacional que interessa a dinamização do comércio brasileiro:
• A Área de Livre-Comércio das Américas (Alca) foi um acordo proposto pelos Estados Unidos para 34 nações americanas com o objetivo de criar uma zona de comércio sem barreiras alfandegárias. Em função de divergências ideológicas com os Estados Unidos, Cuba não participaria dessa proposta. O principal interesse da Alca era promover o aumento da entrada dos produtos e serviços norte-americanos no continente, fato que após longas negociações provocou desconfiança entre os movimentos sindicais e sociais latino-americanos, que ao temerem a perda de empregos, se opuseram à Alca. Além das articulações em torno do acordo terem esbarrado nessas dificuldades, ele foi interrompido em função de divergências entre os países. Em novembro de 2005, foi realizada a última Cúpula das Américas, que reuniu os governantes do continente, marcando o fracasso do acordo.
• O G-20 foi criado em Cancún, no México, em 2003, sob a liderança do Brasil. Consiste em um grupo formado por mais de 20 países, tanto desenvolvidos como também, e principalmente, emergentes e em desenvolvimento, que lutam por uma maior liberalização do comércio global.
• Junto à OMC, o G-20 busca a redução dos subsídios agrícolas que os países desenvolvidos concedem aos seus produtores rurais, de forma a ampliar a participação dos países emergentes no comércio mundial de alimentos.
É de máxima importância da participação brasileira em questões de caráter internacional e o seu papel de influência na América Latina e também entre outros países do Hemisfério Sul. Nesse sentido, deve-se criar iniciativas de cooperação nas áreas de educação, saúde e tecnologia, entre outras.

 Questões importante sobre os subsídios agrícolas que prejudicam o Brasil:
Estados Unidos e os países da União Europeia podem ser citados como os que utilizam subsídios agrícolas. Entre outros produtos, os EUA subsidiam milho, trigo, soja e suco de laranja. A UE, por sua vez, subsidia principalmente cereais, como trigo, milho, além de carne e leite, erguendo barreiras fitossanitárias para impedir a importação, o que compromete inclusive as exportações de carne brasileira. Na UE, desde a década de 1960, a existência da Política Agrícola Comum (PAC) garante subsídios agropecuários para todos os países-membros. No interior da UE, a França se destaca como um dos países que mais defende a manutenção dos subsídios.
Existem vários exemplos dos resultados alcançados pela ação brasileira contra os subsídios, como a vitória do Brasil na Organização Mundial de Comércio (OMC) contra os subsídios norte-americanos para o aço e o algodão. Apesar de os EUA serem o maior parceiro comercial do Brasil, nos últimos anos o governo brasileiro fortalece seu compromisso com a defesa de um comércio mais igualitário entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos.

1ª séries SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 - OS DESERDADOS NA NOVA ORDEM MUNDIAL: AS PERSPECTIVAS DE ORDEM MUNDIAL SOLIDÁRIA

1ª séries 

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4

OS DESERDADOS NA NOVA ORDEM MUNDIAL: AS PERSPECTIVAS DE ORDEM MUNDIAL SOLIDÁRIA

Introdução - Ainda são poucos os que têm acesso às informações disponíveis na rede. Segundo o Relatório World development indicators 2006, do Banco Mundial, em 2004 cerca de 890 milhões de pessoas estavam conectadas à Internet. É uma quantidade enorme de usuários, mas esse número corresponde apenas a 14% da população mundial, a maioria dos internautas está fortemente concentrada em países desenvolvidos e em alguns países emergentes. Os Estados Unidos é o país que possui mais pessoas conectadas à Internet em termos absolutos, com 185 milhões de internautas, mas também é um dos países mais representativos em termos relativos: 63% de sua população são usuários da rede. A Nova Zelândia é o país possui mais pessoas conectadas em termos relativos: 79% de sua população são usuários da Internet. A China e a Índia, apesar do índice relativo de conexão, têm um grande número de internautas devido às suas enormes populações. Em menor escala, isso também acontece com o Brasil.
Fluxos de capitais especulativos Outra invasão típica da globalização é a dos capitais especulativos de curto prazo, conhecidos como smart Money (“dinheiro esperto”) ou hot money (“dinheiro quente”), que, ávidos por lucratividade, movimentam-se com grande rapidez pelo sistema financeiro on-line.
Não se sabe ao certo o montante, mas estima-se que o fluxo mundial de capitais especulativos seja 1,5 trilhões de dólares por dia, investidos nas várias modalidades de especulação financeira. Essa vultosa soma – que, em geral, pertence a milhões de pequenos poupadores espalhados pelos países desenvolvidos, os quais deixam seus recursos num banco ou os investem num fundo de pensão, para garantir suas aposentadorias – é transferida de um mercado para outro, de um país para outro, sempre em busca das mais altas taxas de juros ou de maior segurança. Os administradores desses capitais – como bancos de investimentos, corretoras, fundo de pensão etc.– em sua maioria não estão interessados em investir na produção, cujo retorno é demorado, mas em especular: realizar investimentos de curto prazo nos mercados mais rentáveis. Os fundos de pensão, entretanto, também investem na produção.
Quando algum mercado se torna instável ou menos atraente aos investidores, esses capitais são rapidamente transferidos, e os países entram em crise financeira.

Fluxos de capitais produtivos
A entrada dos capitais produtivos é a mais demorada porque são investimentos de longo prazo, por isso menos suscetíveis às oscilações repentinas do mercado. Esses capitais são aplicados num território em busca de lucros, que podem ser resultantes de custo menores de produção, baixos custos dos transportes ou dos fretes, proximidade dos mercados consumidores e facilidades em driblar barreiras protecionistas.
Todos esses fatores permitem a expansão dos mercados para capitais, gerando, portanto, maiores lucros.
Há outra faceta, mais visível e mais antiga da globalização, que é a “invasão” de mercadorias em quase todos os países. Com a intensificação dos fluxos comerciais no mundo, produtos são transportados por enormes navios, trens, caminhões e aviões, que circulam por uma moderna e intrincada rede que cobre as grandes extensões da superfície terrestre, sobretudo nos países desenvolvidos e emergentes. Há, assim, uma globalização do consumo, com a intensificação do comércio, resultante da globalização da produção.
A expansão de multinacionais Superada a destruição provocada pela Segunda Guerra, a economia mundial voltou a crescer num ritmo mais acelerado. Dentro desse quadro de grande prosperidade, as empresas dos países industrializados assumiram proporções ainda maiores que na época dos trustes. Tornaram-se industrializados assumiram proporções ainda maiores do que na época dos trustes. Tornaram-se grandes conglomerados e se expandiram pelo mundo, ultrapassando as fronteiras dos países em que se desenvolveram, nos quais estão as matrizes, transformaram-se em empresas multinacionais e se encarregaram de globalizar, gradativamente, não somente a produção, mas também o consumo. Construíram filiais em vários países, principalmente nos subdesenvolvidos, que, ao se industrializarem, passaram a serem chamados países emergentes, modificando a tradicional divisão do trabalho. Hoje, dado seu elevado grau de internacionalização, são conhecidas como multinacionais e são as principais responsáveis pela mundialização dos capitais produtivos.
Embora não se conheça exatamente o volume dos capitais especulativos que circulam diariamente pelo sistema financeiro mundial, sabemos que se concentram em poucos lugares no mundo – mais uma evidência de que os fluxos da globalização atingem desigualmente o espaço geográfico mundial. A maior parte dos capitais é investida em apenas alguns países.
Paralelamente a globalização da produção e do consumo, ocorre a intensificação do fluxo de viajantes pelo mundo (a negócio, a turismo ou imigrando) acompanhada de uma “invasão” cultural, constituída pelo menos em sua forma hegemônica, de uma cultura de massas que se originam, sobretudo nos Estados Unidos, a nação mais poderosa e influente no planeta. O American way of life (o “modo norteamericano de vida”) é difundido, por exemplo, pelos filmes de Hollywood e pelas séries produzidas por estúdios cinematográficos ou canais de televisão pelas notícias da CNN (Cable News Network, principal rede de notícias norte- americana sediada em Atlanta), pelas cadeias de fast food, como a McDonald’s.

Globalização Migração E Xenofobia
A globalização provoca varias reações contrárias, e um caso que se tornou muito divulgado na mídia mundial nos anos 90 foi a reação tomada pela população européia, em especial a população alemã e francesa, que se viram ameaçada pelo grande contingente populacional, que adentraram em seu território em virtude do processo de globalização. Com a interligação dos mercados e uma maior circulação de pessoas, ficou mais fácil migrar de países periféricos para os países centrais do capitalismo. No caso da Europa, Alemanha e França, foram os dois países que mais sentiram o fluxo migratório, porém a população local não aceita essa entrada de imigrantes, muitos ilegais, em seu país, o que ocasiona o aparecimento de uma crescente xenofobia a esses imigrantes.

O Unilateralismo (militar) do EUA
O mundo passou a ver uma nova forma de poder exercida pela maior potencia econômica militar e política do final do século XX. Os EUA passaram a ditar as regras do jogo político, através do seu unilateralismo, que acabou dando ao mundo, uma nova ordenação política, pois a partir da desintegração da URSS, ele (EUA) demonstrou quem realmente iria tomar conta do mundo.
Nos anos 90, os EUA interviram em varias regiões do mundo, principalmente no oriente médio e na região dos Bálcãs na Europa.
Porém, essas intervenções não poderiam se fazer caso eles não detivessem o maior poderio bélico do mundo.
O unilateralismo dos EUA ocasionou a intervenção nos Bálcãs, e no,oriente médio, no Iraque, a ONU através do seu conselho de segurança vetou uma eventual intervenção militar, no entanto, os EUA passaram por cima da ONU, e através da OTAN lideraram uma intervenção militar, que para muitos se tratou apenas de uma demonstração de poder dos EUA ao mundo e em especial ao continente europeu.

Nacionalismo – Minorias Étnicas E Separatístmo
Com o fim da guerra fria, o mundo aprendeu a conviver com os mais variados conflitos. A ONU, órgão encarregado de zelar pela paz no mundo, conta com 54 missões de paz em regiões afetadas por guerra ou em via de pacificação. Assumiu também a administração da província do Kosovo, os preparativos para a independência do Timor Leste e os acordos para o novo governo do Afeganistão, últimas regiões a sofrer violentos combates que resultaram em milhares de mortos.
Guerras entre Estados-nações, guerras civis (dentro de um mesmo país), guerrilhas, ocupações de territórios à força e movimentos separatistas dentro de Estados-nações acontecem em todos os continentes, na atualidade, à exceção da Oceania. Disputa de territórios, soberania do Estado Nacional, questões de fronteiras, recursos minerais, rivalidades étnicas e até mesmo a água constituem os principais motivos dos conflitos da globalização.
É também muito comuns grupos separatistas tentarem chamar a atenção do mundo para seus problemas através de atos terroristas. Esse tipo de atentado acaba por tornar esses grupos pouco simpáticos perante a opinião pública. Entre as mais antigas e ativas organizações ligadas ao terrorismo estão o ETA e o IRA, ambas na Europa.

Quem são os Refugiados?
- São vítimas da decomposição social, territorial e nacional dos países do centro da África e do oeste, onde se situa Ruanda, e das guerras que surgem em consequência;
- São vítimas da instabilidade do Oriente Médio, e da atual guerra no Iraque;
- São vítimas da guerra civil na antiga Iugoslávia (Bósnia - Herzegovina, Kosovo, por exemplo), produto da desagregação do socialismo;
- São vítimas ainda da Guerra do Vietnã
- Fundamentalmente ocorrem em (ou entre) países frágeis em termos econômicos;
- Países com dificuldades de se adaptar às novas condições da ordem mundial;
- Países com dificuldades de se adaptar às novas condições da ordem mundial;
- Países que se tornam espaços frágeis, sem controle do Estado, sem que essa exerça suas funções;
- Países em que a miséria se desenvolve, e que ficam muito mais vulneráveis a catástrofes naturais, como secas e inundações;
- São conflitos marcados pela decomposição, pela intensificação dos ódios étnicos, que acabam gerando massacres pavorosos, ações de extermínio, como ocorreu em Ruanda;
- São guerras acompanhadas por fuga maciça de populações, em geral camponesas, aldeãs, como no caso de Beah;
- Fogem para países vizinhos e são instalados em campos de refugiados;
- Passam a ser assistidos por instituições de caráter global, ONU, Cruz Vermelha, ONOs diversas, e por esse caminho ingressam como párias na ordem mundial

Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados – ACNUR.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), com sede em Genebra, Suíça, foi criado em 1950 pela Assembleia Geral das Nações Unidas com o intuito precípuo de proteger os refugiados e promover soluções duradouras para sanar os problemas que os rodeiam. A função básica do ACNUR é oferecer proteção àqueles que estão na condição de refugiado.
O ACNUR, no exercício de suas competências, trabalha pela efetividade do direito de asilo, fazendo com que aqueles que estão na situação de refugiado possam gozar desse direito. O órgão prima pelo cumprimento do Direito Internacional, como espécie de agente fiscalizador, e promove acordos na área relativa ao Direito Internacional dos Refugiados. Afora isto, proporciona ajuda material direta (alimentos, água, suprimentos médicos, acomodações) bem como trabalha pela reestruturação da condição jurídica daqueles que estão em situação análoga à de refugiados, como os apátridas e deslocados internos. Esse trabalho encontra suporte nas resoluções discutidas e elaboradas pelo Comitê Executivo do ACNUR que, juntamente com a Assembleia Geral das Nações Unidas e outras organizações internacionais, governamentais ou não, não têm medido esforços para reconstruir e salvar vidas.
O Direito de asilo é positivado e garantido na Declaração Universal de Direitos Humanos, em seu artigo 14. A obrigação de proteger os refugiados e conceder-lhes o Direito de asilo, fazendo-o efetivo, advém dos princípios de Direito Internacional e de outros documentos internacionais, a fim de garantir este que é o corolário do Direito Internacional dos Refugiados. Além disso, é competente o ACNUR para zelar pelo cumprimento desse direito. Contudo, há muitos entraves à sua plena efetividade.
Os problemas continuam. Alguns Estados, que teriam condição de receber um maior número de refugiados, não o fazem, não concedendo o direito de asilo, ou o fazem parcialmente, pois concedem o status de refugiado, mas não oferecem reais condições de permanência no país, o que fora garantido pela Convenção de 1951 sobre o Estatuto dos Refugiados. Outros Estados, em zonas de conflito, tendem a receber um número maior de refugiados do que poderiam, o que, aliado à sua parca estrutura, acaba trazendo problemas de ordem social aos seus próprios nacionais. Sendo assim, o comitê, invocando a cooperação internacional, propõe-se a discutir meios de monitorar a implementação do Direito de Asilo e de como tornar esse direito humano realmente efetivo.
Quem Perde E Quem Ganha Com Esses Conflitos
Os confrontos dispersos pelo mundo fazem milhões de vítimas, sem contar os refugiados, pessoas que fogem da violência, o número de refugiados vem crescendo progressivamente desde as últimas décadas do século XX, que em 1995 já chegava a 27 milhões de pessoas. Nas diversas regiões do globo alguns povos se destacam, como no Oriente Médio (curdos, palestinos e afagões), na Ásia Meridional (indianos e paquistaneses), na região dos Bálcãs (refugiados das repúblicas da ex-Iugoslávia) e na África Negra (Ruanda, Sudão, Etiópia, Somália, Serra Leoa, etc.). Mas há também quem sai ganhando com tantos conflitos. As vendas de armas aumentaram 8% no ano passado (2000), chegando a 37 bilhões de dólares, confirmando a condição dos EUA como o maior fornecedor de armas (US$ 26 bilhões) para o mundo, principalmente para os países em desenvolvimento, na sequência os maiores fornecedores são, EUA, Rússia, França, Alemanha, Inglaterra, China e Itália.

3ª SÉRIES - SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 - O CONFLITO NORTE SUL

3ª SÉRIES 

 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3


O CONFLITO NORTE SUL 


 De maneira geral, em relação à linha divisória norte-sul, nota-se que grande parte dos países com as mais elevadas emissões de CO2 em toneladas por habitante está concentrada no Norte. O texto e alguns mapas ainda nos permite observar que existem exceções que não tornam essa caracterização absoluta, como o caso dos países do norte da África e Oriente Médio, China, Argentina, entre outros. O conflito em questão deve-se, em grande parte, à não assinatura, pelos Estados Unidos, do Protocolo de Kyoto– tratado internacional sobre redução de emissão de gases do efeito estufa que conta com a adesão de várias nações desenvolvidas. Até 2008, ocorreram negociações para a inclusão de países em desenvolvimento, como China e Índia, neste Protocolo ou nas metas previstas de redução dos “gases de efeito estufa”, os Estados Unidos não o havia assinado. Os fluxos migratórios internacionais e a parcela de imigrantes na população total dos países no final do século XX. Embora apresente a existência de fluxos migratórios entre países e regiões do Sul (como as migrações do Subcontinente indiano e do Magreb para o Oriente Médio), nota-se que os grandes fluxos migratórios ocorrem na direção sul-norte, sendo os Estados Unidos e a Europa as principais áreas de atração de imigrantes. Contraditoriamente, a situação atual dos imigrantes tem se agravado de maneira assustadora. O grande fluxo de imigrantes procedentes dos países do Sul para os países da União Europeia gera protestos entre parcelas significativas das populações receptoras. Sob a alegação de que o imigrante subtrai postos de trabalho da população local, partidos políticos conservadores europeus, alguns de extrema direita, têm se apoiado nesse argumento durante disputas eleitorais, sensibilizando a população e, assim, contribuído para a exacerbação da xenofobia (aversão a estrangeiros) que tanto marcou a história recente de alguns países europeus. Além de serem vítimas de preconceitos e discriminações, os imigrantes enfrentam hostilidades sistemáticas e, principalmente no caso dos imigrantes clandestinos, o desemprego ou a ocupação de postos de trabalho mal remunerados somados às dificuldades de uma legislação mais rígida. De um lado, retrata situações características do mundo globalizado e, de outro, atitudes xenofóbicas que contrastam com essa ideia. Como os temas propostos na pesquisa são complementares, você pode dividi-los entre os grupos de modo que todos possam ser abordados por pelo menos um grupo. O Tema 1 pode abordar questões relacionadas à oferta de trabalho nos países que mais recebem imigrantes e a competição entre esses trabalhadores, que se sujeitam a ganhar menos, e os trabalhadores locais. O Tema 2 pode abordar as causas econômicas e políticas que provocam as migrações, e o Tema 3 amplia a discussão ao propor que os alunos reflitam, a partir da pesquisa, sobre o futuro das migrações internacionais. No relatório anual da OCDE, os principais fluxos migratórios internacionais da atualidade são relacionados a fatores de ordem econômica, política, religiosa e étnica. Apesar de alguns mapas apresentarem também os países subdesenvolvidos, nota-se que a maior parte dos fluxos migratórios se dirige para os países desenvolvidos (centrais), pertencentes ao chamado Norte desenvolvido, cujas economias fortes e melhores oportunidades de emprego representam atrativo para os imigrantes. Os Balcãs,(uma região europeia) fragmentada por movimentos nacionalistas, foi considerada no final do século XX foi considerada um verdadeiro barril de pólvora étnico, abrigando ondas nacionalistas que embalaram o sonho de uma “Grande Sérvia”, de uma “Grande Albânia” ou de uma Croácia “etnicamente pura”.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

2ª séries - SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 - De arquipélago a continente: a constituição do território brasileiro

2ª séries - De arquipélago a continente: a constituição do território brasileiro

Mapa 1 BRASIL DIMENSÕES CONTINENTAIS


Mapa 2 - A economia e o território brasileiro no século XVII página 05 DO CADERNO DO ALUNO

Mapa 3 - A economia e o território brasileiro no século XVIII página 06 DO CADERNO DO ALUNO

Mapa 4 - A economia e o território brasileiro no século XIX página 07 DO CADERNO DO ALUNO

Mapas 5, 6 e 7 - Brasil: de arquipélago a continente
Página 22 DO CADERNO DO ALUNO

Território - Do latim territorium, o termo indica uma extensão de terra delimitada ou, ainda, a fração de terra sob determinada jurisdição. Nos discursos científicos, ganha amplitude. Trata-se de noção comum em diferentes áreas do conhecimento. Nas Ciências Naturais, figura em estudos de ecologia sobre distribuição ou área de abrangência de espécies.
Em Geografia, podemos compreendê-lo também como a base material sobre a qual se ergue a vida social. Mas ele não se restringe ao arranjo dos objetos no espaço; importa aí também o conjunto dos atores sociais e suas relações. De modo geral, aceita-se a idéia de que as diferentes sociedades humanas, ao se apropriarem de uma dada área para a sua reprodução social, transformam-na em (seu) território. Essa concepção ganha vulto quando se aproxima do sentido político moderno, associada às idéias de controle, poder e domínio, estas referidas fundamentalmente ao espaço do Estado nacional.
Desenvolvimento - 1ª etapa – Introdução - Quinto do mundo em extensão, com 8,5 milhões de km2, situado em uma larga faixa da América do Sul, com quatro fusos horários e pouco mais de 183 milhões de habitantes. O país em questão abriga uma grande diversidade natural e sociocultural. O português é a língua predominante, mas ali também se fala cerca de 180 línguas nativas, abrigando um verdadeiro "caldeirão" étnico-cultural, a partir da presença de povos indígenas, da chegada de colonizadores portugueses e de negros africanos trazidos à força para trabalhar como escravos. A eles se somaram inúmeros grupos de imigrantes de outras partes do planeta. Estamos falando, é claro, do Brasil, o país em que vivemos. Ao examinar num mapa político a magnitude e proeminência do território nacional, os alunos podem se perguntar como tal extensão se constituiu ao longo do tempo. Podem indagar também por que até os dias de hoje o gigantismo do seu território, com suas riquezas e potencial econômico-social, ainda não se traduziram em benefícios e bem-estar social para o conjunto de sua população. Com efeito, se tomarmos como referência alguns indicadores sociais disponíveis, veremos que isso ainda está longe de acontecer. Em 2007, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) apresentou o relatório anual do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), calculado com base em dados de 2005 de expectativa de vida, alfabetização de adultos, matrículas escolares e PIB per capita. No novo relatório, o Brasil passa a figurar na 70ª posição, em uma lista de 177 países, ingressando pela primeira vez no bloco dos países considerados como de elevado desenvolvimento humano, mas ainda em posição intermediária. Embora venha apresentando consistência na evolução de diversos indicadores sociais, são conhecidas as desigualdades sociais e regionais do país. Esta sequência didática explora alguns elementos-chave do processo de formação territorial do Brasil e oferece indicações para analisar rumos e perspectivas do desenvolvimento econômico e social do país nos próximos anos. A proposta permite, portanto, o trabalho conjunto com outras disciplinas e áreas do conhecimento, em especial a História, e enfoca um tema que deverá ser retomado em outras oportunidades.
 1ª aula Qual é a extensão do território nacional? Que posição o país ocupa, em termos de extensão territorial? O que essa extensão territorial pode representar, em termos de potencial de desenvolvimento? Existem diferenças ou disparidades internas? Quais são elas?
Prepare uma primeira síntese coletiva das ideias apresentadas. Em seguida, examinem do mapa 1, que mostra uma projeção do território nacional sobre o continente europeu. Conseguem ter noção mais clara da ordem de grandeza e medir de modo mais efetivo a extensão territorial nacional, auxiliados por dados de distância e posição?
O país figura entre os maiores do mundo, atrás apenas de Rússia, Canadá, China e Estados Unidos. Entretanto, apenas a dimensão territorial não é capaz de refletir as dinâmicas e a complexidade internas. É importante assinalar algumas de suas peculiaridades do território brasileiro: disposto em grande parte na faixa tropical, com distâncias equivalentes nos sentidos Norte-Sul e Leste-Oeste, conta com uma grande diversidade de sistemas e recursos naturais. Possui um extenso litoral, voltado para a orla do Atlântico, e fronteiras com quase todos os países do subcontinente.
Reconhecer e analisar alguns processos de exploração e ocupação do território.



Arquipélagos econômicos: Os ciclos econômicos e a organização do território brasileiro


2ª etapa
A configuração territorial que conhecemos hoje resulta de uma "lenta, longa e difícil construção, tecida durante cinco séculos de história." Proponha o exame dos três mapas a seguir (2, 3 e 4), que destaca os processos de expansão econômica, criação de núcleos urbanos e eixos de transporte ao longo dos séculos XVII, XVIII e XIX, em boa parte ocorridos sob domínio colonial português. É importante que destaquem as faixas de ocupação e a organização das bases econômicas do território.
Escrevam pequenas sínteses sobre esses processos, a partir do que observaram. As leituras dos mapas, como a identificação do título e dos elementos da legenda, assim como a distribuição espacial das atividades devem ser observadas.
A partir dos mapas, observem a gradativa expansão, articulação interna e integração do território brasileiro, com a concentração de atividades e núcleos urbanos na faixa litorânea.
A expansão da ocupação rumo ao interior se completou no século XX. Entretanto, foi ainda durante o período imperial (1822-1889), no Brasil independente, que boa parte das fronteiras terrestres com outros países foi definida.
A conhecida imagem do arquipélago já foi muito utilizada para assinalar os processos iniciais de constituição do território. Por que a imagem de um arquipélago? As regiões do Brasil colônia que foram palco da produção agroexportadora se mantiveram sob o domínio do poder central da metrópole portuguesa. Seria, antes de tudo, um arquipélago geográfico, já que não existiam ligações entre as regiões, que viviam em relativo isolamento.
A conformação do território não se reduz apenas à sucessão de períodos organizados em torno de uma atividade produtiva voltada ao mercado externo, como a cana, a exploração de metais preciosos e o café. Concorreram também as incursões bandeirantes, a pequena produção mercantil, a expansão da pecuária e a decisiva atuação da coroa portuguesa (e, mais tarde, do Império) na garantia da unidade política e territorial. Os limites externos serão definidos essencialmente no século XIX e início do século XX.
A herança dos chamados "ciclos" econômicos vai marcar profundamente a estrutura regional interna do território e o modo como se deu o crescimento econômico em etapas posteriores.
3ª etapa
Turma dívida em pequenos grupos, para uma análise dos mapas 5, 6 e 7, que mostram a constituição elementos centrais para a passagem de arquipélago geográfico a país-continente, com uma progressiva articulação e integração interna, ao longo do século XX. Destaque aqui o papel do comando das metrópoles do Sudeste - São Paulo e Rio de Janeiro - nesse processo, a implantação de uma extensa rede de transportes, comunicações e informações e a constituição de espaços econômicos baseados na divisão territorial do trabalho. Temos aí, portanto, um processo combinado de integração nacional e diferenciação regional.
Os estudos poderão ser complementados com pesquisas e painéis sobre o peso e importância econômico-social dos complexos regionais brasileiros - Centro-Sul, Nordeste e Amazônia - no cenário nacional. Eles poderão ilustrar os trabalhos com mapas regionais, fotografias e dados sobre produção econômica, setores de atividades, indicadores sociais, redes e fluxos que configuram o território brasileiro na fase contemporânea (veja as Indicações de fontes).

Ter um grande território representa ter acesso a muitos e variados recursos. Ter uma economia em crescimento, além disso, aumenta os recursos humanos. Mas somente isso não garante o sucesso de um país. É preciso que todo o potencial do território e das riquezas geradas beneficie de modo justo todos os seus habitantes, um grande desafio posto para toda a sociedade brasileira no século XXI.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

1as SÉRIES - Situação de Aprendizagem 3 - GEOPOLÍTICA O papel dos EUA e a nova “desordem” mundial

1as SÉRIES

Situação de Aprendizagem 3 - GEOPOLÍTICA

O papel dos EUA e a nova “desordem” mundial

INTRODUÇÃO
A Transição da Bipolaridade para a Multipolaridade
O que realmente mudou com o fim da Guerra Fria, da corrida armamentista, da divisão bipolar do mundo entre Estados Unidos e União Soviética, foi que essa integração ganhou dimensões nunca antes experimentadas.
Quando a Guerra Fria acabou, com a dissolução da URSS no início dos anos 90, os neoliberais, apregoando a vitória do capitalismo, da economia de mercado sobre o socialismo real, anunciaram o início de uma Nova Ordem. Esta Nova Ordem, contrapondo-se à Ordem até então estabelecida, caracterizar-se-ia não mais pela bipolaridade, pela divisão política e ideológica do globo entre duas superpotências – EUA e URSS, ou pela manutenção dos pactos e das alianças militares que garantissem a essas potências suas áreas de influência geopolítica-estratégica. A Nova Ordem Internacional, que começava a se configurar nos anos 90, seria a ordem da globalização capitalista. Ao invés de duas superpotências, e de um mundo bipolar, um novo arranjo começava a se esboçar.
Para os neoliberais, a falência do mundo bipolar cederia lugar a um mundo multipolar, com os Estados Unidos, Japão e a União Europeia como seus polos principais. As alianças militares, gradativamente, dariam lugar aos blocos econômicos, cujo objetivo seria o da otimização da integração em escala global, e que, consequentemente, possibilitaria um maior desenvolvimento econômico mundial com base na cooperação.
Para os realistas, no entanto, sobre a Nova Ordem que está se configurando, paira uma série de dúvidas e incertezas. Se for um fato que com o fim da Guerra Fria houve grandes mudanças nas relações internacionais, e também verdade que essas relações mudaram fundamentalmente quanto à forma, mas seus objetivos permaneceram inalterados, ou praticamente inalterados. Por exemplo: com o fim da Guerra Fria, vários conflitos locais perderam sua razão de ser e extinguiram-se por falta de apoio externo, contudo, outros, em diferentes escalas, eclodiram, e isso se observa do Oriente Médio à Europa. Outro exemplo é que no âmbito político internacional, não há praticamente mais lugar para a oposição política e ideológica que outrora dividia os países do globo, mas estão longe os dias do desalinhamento econômico, principalmente o dos países pobres.

Acontecimentos Que Marcaram A Passagem Da Ordem Bipolar Para Ordem Multipolar:
Do lado Socialista:
• A grande Crise econômica por que passava a URSS, sendo a um dos motivos dessa crise a permanência do modelo econômico conhecido como planificação econômica, que já não mais dava contar de desenvolver país.
• A Extrema concentração de poder nas mãos dos burocratas, que acabou por gera uma classe privilegiada, onde se verificava a presença de grande concentração de poder nas suas mão, e o surgimento de uma grande rede de corrupção.
• O bloco socialista não conseguiu repassar para a sociedade os avanços tecnológicos surgidos com os grandes investimento na industria bélica, além que o partido comunista pensava somente em investir em equipamentos militares o que acabou gerando um atraso tecnológico no campo civil, é por isso que alguns autores afirmam que a URSS conseguia mandar o homem a lua mas, no entanto, com conseguia produzir um liquidificador.
• Dentro da UNIÃO SOVIÉTICA existiam várias etnias, foi por isso que na metade da década de 80 quando Gorbatchev desenvolve a glasnost e a Perestroika surge a questão relacionada a crise de nacionalidade, onde verificou-se que as minorias passaram a reivindicar uma maior autonomia.

Do lado Capitalista:
• Avanço do capitalismo, representado pela sua fase atual conhecida como globalização, na qual, aparece uma maior dependência entre os países, ou melhor, aparece uma interdependência entre os países do mundo:
• Revolução tecno-científico-informacional, que mudou o modo de produção do mundo capitalista, pois aliou de fato as inovações tecnológicas com a produção industrial, além de aumentar a circulação de pessoas e mercadorias no espaço mundial. Essa aliança gerou o surgimento de uma nova relação tempo-espaço vivenciado a partir das inovações nos transportes e nas telecomunicações.
• Aumento da competitividade fez com que aparecesse uma nova forma de organização do espaço mundial no campo econômico e político, pois a partir de então verificaremos que uma potência mundial terá que ter grandes empresas, e grandes investimentos em ciência e tecnologia.
• Na década de 1980 aparecem no cenário mundial, duas novas potências econômicas: Japão e Alemanha, que polarizam com os EUA o mercado consumidor mundial.

A Nova Ordem Mundial Ou Multipolaridade apresenta basicamente duas facetas: uma geopolítica e outra econômica.

GEOPOLITICA:
• Fim da Guerra Fria e da Bipolarização, ou seja, fim da disputa existente entre socialismo e capitalismo.
• Desaparecimento do PACTO DE VARSÓVIA, a partir de então some a aliança militar do bloco socialista, até porque estamos vivendo a derrocada do socialismo.
• Mudanças de perfil da OTAN, esse organismo passa a desenvolver novas funções, devido o fim da guerra fria e da bipolaridade.

ECONÔMICA:
• Aprofundamento do desenvolvimento do capitalismo, que apresenta novas característica produtiva.
• Globalização que é a fase atual o capitalismo onde se verifica uma interdependência entre os estados nações.
• Aparecimento de organizações entre países que ficaram conhecidas como blocos de poder, como é o caso a união européia (EU) e do NAFTA.

Pax Americana:
A corresponde a forma como o EUA ver os outros países do mundo, pois a partir da utilização da Pax americana verificamos que o governo americano deixa de respeitar a soberania dos demais estados nações, por achar que são superiores a qualquer outra civilização inclusive a européia. Um exemplo dessa Pax americana foi a Guerra do Golfo no início da década de 1990.

O papel OTAN na nova ordem mundial
• Manter a ordem política dentro do continente europeu, Proteger os interesses econômicos das potências ocidentais;
• Manter vivo os interesses da indústria armamentista norte americana e européia;
• Reafirmar o poder militar dos estados unidos no mundo multipolar
• Conter de forma incisiva os avanços do terrorismo no continente europeu;
• Resguardar os países membros das instabilidades políticos existente no leste europeu.
• Proteger os países do continente europeu de uma possível ameaça russa
Obs: Esta organização comporta hoje países que no passado eram seus
inimigos, como por exemplo: Letônia, lituânia, Romênia, Bulgária etc.

Disputa pelo mercado:
Com o fim do comunismo, os antigos países socialistas abriram suas fronteiras e seus mercados. No ocidente, os países detentores de tecnologias avançadas, como Alemanha e Japão, já não precisavam se submeter à lógica da Guerra Fria e à liderança dos Estados Unidos. O resultado foi o início de uma feroz disputa pelo mercado mundial. Em junho de 91, os Estados Unidos lançaram uma ofensiva em seu comércio exterior com a "Iniciativa Para as Américas", um plano que pretendia criar um mercado unificado do Alasca à Terra do Fogo.

A REGIONALIZAÇÃO:

Surge em decorrência do avanço do sistema capitalista. Este estágio de desenvolvimento capitalista provocou uma mudança estrutural no comércio mundial, e para acompanhar, tais mudanças, os estadosnações tiveram que se adequar à nova forma de interação existente no mercado mundial.
Aparece um novo paradigma de produção, consumo e comercialização. Isso fez com que os países passassem a se organizar em blocos econômicos de poder, para que a partir de então conseguissem ingressar com sucesso na nova configuração econômica mundial.

O RETORNO AO LOCALISMO (defesa sistemática dos interesses do seu bairro ou da sua terra):

Durante a guerra fria os conflitos, mesmo de dimensão regional, como as guerras tribais na África, tinham uma conotação mundial, já que havia direta ou indiretamente influência das duas superpotências em busca de ampliar ou defender suas áreas de influência.
Hoje, como os objetivos estão mais voltados a conquista de mercados, os conflitos regionais deixam de ter uma conotação mundial, pois as potências não mais se interessam, senão por conflitos que coloquem em perigo seus interesses econômicos, a exemplo da reação imperialista contra o Iraque por ocasião da anexação do Kuwait. “A mundialização tem alimentado a retomadas dos localismos, regionalismos e nacionalismos, muitas vezes retrógrados e especialmente segregadores. Como ocorreu na segregação da Iugoslávia e na ex-união soviética”.

GLOBALIZAÇÃO:

O atual estágio do capitalismo originou uma nova maneira de conceber o mundo (globalização) que nada mais é do que uma fase de desenvolvimento do capital. Ou seja, trata-se de uma expansão que visa aumentar os mercados e, portanto, os lucros que é o que de fato move os capitais produtivos ou especulativos na arena do mercado. A globalização representa a tendência da maior integração/ou interdependência entre os países, mesmos que distantes ou diferentes uns dos outros; onde o que acontece em uma região vai influenciar nas outras, ou seja, a cada dia os países vão deixando de ser autônomos. Esse processo é comprovado pelo aumento do fluxo de mercadorias, capitais, serviços e pessoas entre as nações do globo terrestre. Neste momento da história, o mundo está marcado pela universalização da produção, do Marketing, do capital e seu mercado, pela universalização do trabalho, das finanças, e dos modelos de utilização dos recursos, bem como da cultura e dos modelos da vida social, universalizando o espaço e a sociedade tornada mundial e do homem ameaçado por uma alienação total.

A nova ordem da nova ordem mundial! 11 de setembro de 2001
O dia 11 de setembro marcou o início de uma nova era no pensamento estratégico norte-americano. Os ataques terroristas daquela manhã tiveram impacto comparável ao ataque a Pearl Harbor em sete de dezembro de 1941, que lançou os Estados Unidos para a Segunda Guerra Mundial. Antes de 11 de setembro, o governo Bush encontrava-se na fase de desenvolvimento de uma nova estratégia de segurança nacional. Isso estava sendo feito com a Análise Quadrienal da Defesa, bem como em outros cenários. Em um momento, entretanto, os ataques de 11 de setembro transformaram o ambiente de segurança internacional. Uma ameaça totalmente nova e perniciosa subitamente tornou-se realidade e ditou uma nova e importante estratégia para os Estados Unidos. Esta nova política, agora cognominada "Doutrina Bush", concentra-se na ameaça do terrorismo e das armas de destruição em massa

As fases da globalização e as Transformações do Mundo Contemporâneo

A globalização é o atual momento da expansão capitalista. Pode-se afirmar que ela está para o capitalismo
informacional assim como o colonialismo esteve para a sua etapa comercial ou o imperialismo para o final da fase industrial e início da financeira. Trata-se de uma expansão que visa aumentar os mercados e, portanto, o lucro, o que de fato ela move os capitais, tanto produtivos quanto especulativos, no mercado mundial. Esta é a razão de, com o processo de globalização, haver disseminado, com base no governo norteamericano (além do britânico) e em suas instituições por ele controladas, como FMI e o Banco Mundial, o neoliberalismo – que se contrapõe ao keynesianismo. O neoliberalismo tem objetivo de reduzir as barreiras aos fluxos globais, o que beneficia notadamente os países desenvolvidos e suas corporações multinacionais, embora alguns países emergentes, como a China, os Tigres Asiáticos, o México e o Brasil, tenham recebido investimentos produtivos e ampliando seu comércio mundial. Por esse motivo, os países em desenvolvimento têm sido pressionados, até para poderem obter novos empréstimos internacionais do FMI, adotar medidas como redução no papel do Estado na produção com a privatização de empresas estatais, abertura do mercado a produtos importados e flexibilização da legislação trabalhista. Deve ser mencionado, no entanto, que, mesmo em países desenvolvidos, as políticas neoliberais têm imposto perdas aos trabalhadores, com reformas previdenciárias e cortes nos gastos sócias, por exemplo.
A guerra no Iraque, na era da globalização a expansão capitalista é silenciosa, sutil e eficaz. Trata-se de uma “invasão” de mercadorias, capitais, serviços, informações e pessoas. As novas “armas” são a agilidade e a eficiência das comunicações, dos transportes e do processamento de informações, graças aos satélites de comunicação, a informática, aos telefones fixos e celulares, aos aparelhos de fax, aos enormes e rápidos aviões, aos super navios petroleiros e graneleiros e aos trens de alta velocidade.

Primeira fase – Data 1450-1850:

Expansionismo mercantilista A primeira globalização, resultado da procura de uma rota marítima para as Índias, assegurou o estabelecimento das primeiras feitorias comerciais européias na Índia, China e Japão, e abriu aos conquistadores europeus as terras do Novo Mundo.
Politicamente, a primeira fase da globalização se fez quase toda ela sob a proteção das monarquias absolutistas que concentram enorme poder e mobilizam os recursos econômicos, militares e burocráticos, para manterem e expandirem seus impérios coloniais. A doutrina econômica da 1ª fase foi o mercantilismo,
adotado pela maioria das monarquias européias para estimular o desenvolvimento da economia dos reinos.. Esta política levou cada reino europeu a terminarem se transformando num império comercial, tendo colônias e feitorias espalhadas pelo mundo.

Segunda fase – 1850-1950: Industrial-imperialista.

A segunda fase da globalização se caracteriza pelo processo de expansão da atividade industrial clássica. Nesse período, ocorre em alguns um forte processo de industrialização baseado na primeira Revolução Industrial que teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. As
burguesias industriais, em busca de maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscaram alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o crescimento populacional que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias. Avanços da Tecnologia. O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. A máquina a vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir. Se por um lado à máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção. Na área de transportes, podemos destacar a invenção das locomotivas a vapor e os navios a vapor. Com estes meios de transportes, foi possível transportar mais mercadorias e pessoas, num tempo mais curto e com custos mais baixos. A Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzido mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou as desigualdades entre os países do mundo todo, ampliando a disputa entre os países industrializados por áreas fornecedoras de matéria-prima e mercados consumidores (Divisão Internacional do Trabalho). Enraíza-se a visão imperialista-colonialista que no início do século XX levará o mundo a duas grandes guerras.

Globalização Recente – Pós 1989: Cibernética - tecnológica.

A globalização recente é caracterizada pela revolução tecnocientífica e a integração do mundo.
A rápida evolução e a popularização das tecnologias da informação (computadores, telefones e televisão) têm sido fundamentais para agilizar a produção industrial, o comércio e as transações financeiras entre os países. Em 1960, um cabo de telefone intercontinental conseguia transmitir 138 conversas ao mesmo tempo. Atualmente, com a invenção dos cabos de fibra óptica, esse número sobe para l,5 milhão. As ligações telefônicas internacionais de 3 minutos, que custavam cerca de U$ 200,00 (cada uma) em 1930, hoje em dia não ultrapassam os US$ 2,00. O número de usuários da Internet, rede mundial de computadores, duplicam a cada ano, o que faz dela o meio de comunicação que mais cresce no mundo. E o maior uso dos satélites de comunicação permite que alguns canais de televisão – como as redes de notícias CNN, BBC e MTV – realizem transmissões instantaneamente para diversos países. Tudo isso permite uma integração mundial sem precedentes. Vale destacar como forte novidade na área de tecnologia, e instrumento de integração entre as nações, a Internet. Está que já está presente nos principais países do mundo e que representa um novo ramo de mercado, o mercado virtual. Este é caracterizado por ser de alto risco e de certa forma abstrata, sendo valorizado por seu valor virtual. Como fonte de divulgação de cultura e informações diversas, a Internet é a maravilha do século XXI, pois nunca a humanidade foi tão capaz e bem servida de informações como hoje em dia. Para nós já é simples fazer uma pesquisa para a escola em sites dos Estados Unidos, teclar com estudantes franceses, discutir com os ingleses e ainda pedir auxílio a um técnico do Canadá. Isso, com certeza, foi a grande revolução tecnocientífica.
Fluxos de informações A Internet aumentou as possibilidades de acesso aos serviços (como troca de e-mails, pesquisas em bancos de dados e compra de produtos) e às informações, mudando até mesmo as concepções de tempo e espaço. Um espaço virtual se abre aos internautas (pessoas conectadas a rede) em tempo real. De um computador no México é possível pesquisar os arquivos da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, no Banco Mundial, em Washignton, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro, ou a mais atualizada edição da Enciclopédia Britânica; pode-se conhecer o acervo do Museu do Louvre, de Paris, do Museu Britânico, de Londres, ou do Museu de Arte de São Paulo (Masp); comprar livros na Amazon Book ou na Livraria Cultura; copiar livros virtuais ou músicas em MP3 e se comunicar com diversas pessoas pelo MSN, FaceBook,etc.