FELIZ NATAL PARA TODOS NÓS
Rei
Divino, na palha singela, porque te fizeste criança, diante dos homens, quando
podias ofuscá-los com a grandeza do teu Reino?
Soberano
da Eternidade, por que estendeste braços pequerruchos e tenros aos pastores
humildes, mendigando-lhes proteção, quando o próprio firmamento te saudava com
uma estrela sublime, emoldurada de melodias celestes?
Certamente,
vinhas ao encontro de nosso coração para libertá-lo. Procuravas o asilo de
nossa alma para converte-la em harpa nas tuas mãos. Preferias esmolar segurança
e carinho, para que, em te amando, de algum modo, na manjedoura esquecida,
aprendêssemos a amar-nos uns aos outros.
Tornava-lhes
pequenino para que a sombra do orgulho se desfizesse, em torno de nossos
passos, e pedias compaixão, porque não nos buscava por adornos do teu carro de
triunfo, como vassalos de tua glória, mas, sim, por amigos espontâneos de tua
causa e por tutelados de tua benção.
E
modificaste assim, o destino das nações. Colocaste o trabalho digno, onde a
escravidão gerava a miséria, acendeste a claridade do perdão, onde a noite do
ódio assegurava o império do crime, e ensinaste-nos a servir e a morrer, para
que a vida se tornasse mais bela…
É
por isso, que ajoelhados em espírito, recordo-te o berço pobre, ofertamos-te o
coração. Arranca-o Senhor, da grade do nosso peito, enferrujado de egoísmo, e
faze-o chorar de alegria, no deslumbramento de tua luz!
Conduze-nos,
ainda, aos tesouros da humildade, para que o poder sem amor não nos enlouqueça
a inteligência e deixa-nos entoar o cântico dos pastores quando repetiam, em
pranto jubiloso, a mensagem dos anjos: Glória a Deus nas alturas, paz na terra
e boa vontade para com os homens.
Mensagem de Meimei, psicografada por
Chico Xavier