CARPE DIEN

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

2ªS SÉRIES - GÊNESE GEOECONÔMICA DO TERRITÓRIO BRASILEIRO

Título: (após ler atentamente o texto crie o título)

Quando os exploradores portugueses chegaram no século XV, as tribos indígenas do Brasil totalizavam cerca de 2,5 milhões de pessoas, que praticamente viviam de maneira inalterada desde a Idade da Pedra. Da colonização portuguesa do Brasil (1500-1822) até o final dos anos 1930, os elementos de mercado da economia brasileira basearam-se na produção de produtos primários para exportação. Dentro do Império Português, o Brasil era uma colônia submetida a uma política imperial mercantil, que tinha três principais grandes ciclos de produção econômica - o açúcar, o ouro e, a partir do início do século XIX, o café. A economia do Brasil foi fortemente dependente do trabalho escravizado Africano até o final do século XIX (cerca de 3 milhões de escravos arficanos importados no total). Desde então, o Brasil viveu um período de crescimento econômico e demográfico forte, acompanhado de imigração em massa da Europa (principalmente Portugal, Itália, Espanha e Alemanha) até os anos 1930. Na América, os Estados Unidos, o Brasil, o Canadá e a Argentina (em ordem decrescente) foram os países que receberam a maioria dos imigrantes. No caso do Brasil, as estatísticas mostram que 4,5 milhões de pessoas emigraram para o país entre 1882 e 1934.
Atualmente, com uma população de 190 milhões e recursos naturais abundantes, o Brasil é um dos dez maiores mercados do mundo, produzindo dezenas de milhões de toneladas de aço, 26 milhões de toneladas de cimento, 3,5 milhões de aparelhos de televisão e 3 milhões de geladeiras. Além disso, cerca de 70 milhões de metros cúbicos de petróleo estão sendo processados anualmente em combustíveis, lubrificantes, gás propano e uma ampla gama de mais de cem produtos petroquímicos. Além disso, o Brasil tem pelo menos 161.500 quilômetros de estradas pavimentadas e mais de 63 megawatts de capacidade instalada de energia elétrica.
Seu PIB real per capita ultrapassou US$ 10.500 em 2008, devido à forte e continuada valorização do real, pela primeira vez nesta década. Suas contas do setor industrial respondem por três quintos da produção industrial da economia latino-americana. O desenvolvimento científico e tecnológico do país é um atrativo para o investimento direto estrangeiro, que teve uma média de US$ 30 bilhões por ano nos últimos anos, em comparação com apenas US$ 2 bilhões/ano na década passada, evidenciando um crescimento notável. O setor agrícola, também tem sido notavelmente dinâmico: há duas décadas esse setor tem mantido Brasil entre os países com maior produtividade em áreas relacionadas ao setor rural.[14] O setor agrícola e o setor de mineração também apoiaram superávits comerciais que permitiram ganhos cambiais maciços e pagamentos da dívida externa.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_do_Brasil

1ªS SÉRIES - O QUE É UM MAPA?

Leitura Complementar

O que é um mapa?

Quem quiser se orientar rapidamente sobre alguma região do mundo, deve recorrer a um mapa ou a um atlas. Podemos dispor também de um grande número de obras de referência e bibliografias especializadas para a obtenção de informações geográficas precisas. O uso mais simples que se pode fazer de um mapa é tentar localizar a própria cidade natal. Foi esse o primeiro impulso que sentiu o cardeal Espinosa da Espanha ao receber de presente das mãos do célebre cartógrafo flamengo Abraham Ortelius (1527–1598) um exemplar de seu novo atlas. O cartógrafo acabou se arrependendo de seu gesto, pois, como o cardeal não achou sua cidade natal, ele teve que refazer sua chapa de cobre.

Durante muito tempo, discutiu-se a respeito da definição de mapa. A mais concisa é certamente esta: uma representação reduzida e plana da superfície terrestre.

A dificuldade técnica de representar o globo terrestre ou partes dele de modo exato e fiel numa superfície plana foi resolvida de diversas maneiras. Quanto maior a superfície real, tanto menor a sua representação no papel, até a representação de toda a Terra no mapa-múndi. Quanto menor a superfície real, tanto maior a sua representação, até o nível de uma planta.(...)

A maior parte dos mapas modernos estão orientados para o norte, como já acontecia aliás com os mapas da Antigüidade; isto significa concre-tamente que o norte fica na parte de cima do mapa. Na Idade Média, os mapas mostravam com freqüência uma orientação inversa. A própria palavra “orien-tação” quer dizer, originalmente, “posicionamento em relação ao leste, ao oriente, de onde surge a luz ”.

Os mapas da Renascença muitas vezes estão orientados para o sul. Os cartógrafos modernos adotaram o esquema de orientação em uso na Antigüidade simplesmente porque a direção para o norte é a mais fácil para os habitantes do hemisfério Norte. (...)

O termo “carta”, que tem sua origem na palavra greco-egípcia , é usado hoje, com pequenas variações, na maior parte das línguas européias para designar os mapas ou cartas geográficas. Seu significado antigo era papiro, papel ou, simplesmente, folha para escrever e desenhar. Foram os portugueses os primeiros a usá-lo nessa acepção de representação gráfica sobre um plano de uma parte ou da totalidade da superfície terrestre. Ainda no ano de 1713, o mapa era considerado pelo geógrafo alemão Gottfried Gregorii como uma “pintura” artística, uma tradição que remonta à Cosmografia de Ptolomeu: “Ninguém pode ser um bom cartógrafo se não for também um bom pintor”. (...)

Quando os cartógrafos não participavam pessoalmente das viagens, esforçavam-se, em suas oficinas, para lançar no pergaminho, papel, vidro ou nas chapas de cobre os resultados dessas viagens de descobrimento. Ao tentar preencher os espaços vazios no interior dos países longínquos, com detalhes característicos de costumes, vestimentas e habitações dos nativos, os cartógrafos nos fornecem, de um lado, os primeiros registros daquelas terras e de seus habitantes, mas, por outro lado, nos contam também a história de seu tempo. Assim, os mapas são igualmente um tipo de espelho que reflete as visões religiosas e filosóficas, os interesses e os conhecimentos da época de sua confecção. (...)

DREYER-EIMBCKE, Oswald. O Descobrimento da Terra. São Paulo, Melhoramentos, Edusp, 1992. p.15-7.