CARPE DIEN

terça-feira, 27 de agosto de 2013

2ªS SÉRIES TRABALHO PARA 3º BIMESTRE Matrizes Culturais do Brasil

2ªs séries

VOLUME 03

ANTES DE INICIAR O TRABALHO É NECESSÁRIO RESPONDER TODAS AS QUESTÕES MEDIANTE PESQUISA PARA FACILITAR O DESENVOLVIMENTO DO TEMA A SER ABORDADO.

trabalho de geografia do 3º bimestre

EM GRUPO COM ATÉ 4 ALUNOS, POR GRUPO

ITENS MÍNIMOS A SEREM ABORDADOS NO TRABALHO SOBRE 
Matrizes Culturais do Brasil  QUE SERÁ FEITO EM POWER POINT EM DVD/CD QUE DEVERÁ SER  IDENTIFICADO COM A TURMA E, TODOS OS NOMES POR COMPLETO COM NÚMERO NO DVD/CD E NA CAPA.

MATRIZES CULTURAIS DO BRASIL
ASSUNTOS (MÍNIMO NECESSÁRIO) A SEREM ABORDADOS NO TRABALHO
INDIGENAS
UM PEQUENO HISTÓRICO DESTES IMIGRANTES MAIS IMPORTANTES:
(QUANDO COMEÇARAM A CHEGAR E, PARA TRABALHAR ONDE?)
PORTUGUESES
AFRICANOS
ITALIANOS
ESPANHOIS
JAPONESES
ÁRABES
E ...

EXPLICAR RAÇAS, RACISMO E ETNIAS

FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO SEGUNDO A CARACTERÍSTICA DE COR (DADOS DO IBGE)
POPULAÇÃO BRASILEIRA SEGUNDO A “COR”, PARA O IBGE
PAGINA 08
TAXA DE FREGUÊNCIA ESCOLAR POR GRUPOS DE GENEROS E COR

TAXA DE DESEMPREGO POR GENERO, COR E FAIXA ETÁRIA
GRÁFICO  1 E 2 NA PÁGINA 09
CRESCIMENTO POPULACIONAL BRASILEIRO
CRESCIMENTO VEGETATIVO
GRÁFICOS DAS PÁGINAS 11 E 12


NÃO PODERÃO FALTAR MAPAS, GRÁFICO E/OU PLANILHAS.

CALENDÁRIO DE ENTREGA


DIAS 18 A 20 DE SETEMBRO 2013 VALENDO 5 PONTOS NA MÉDIA (PARA TODAS AS TURMAS, 2A,2B,2C,2D,2E)


 E 
EM 23 OU 24 DE SETEMBRO 2013, VALENDO A METADE DA NOTA (2,5)PARA TRABALHOS ENTREGUES  



TEXTO DE APOIO

Matrizes Culturais do Brasil 

       
A formação cultural brasileira tem suas origens na miscigenação ocorrida apos seu descobrimento, embora já naquela época o Brasil era povoado, essa população que foi chamada de indígenas já possuíam uma cultura diferenciada entre os diversos grupos indígenas que aqui habitavam. Ocorre inicialmente uma miscigenação do branco europeu com os índios brasileiros, em seguida vem o negro e posteriormente já no século XIX, com a chegada de imigrantes europeus, há a mistura destes com índios e com os já descendentes de índios com os negros e os primeiros brancos que aqui chegaram.
Nessa miscigenação uma infinidade de grupos étnicos é formada e as manifestações culturais de cada um são diferentes, mas com traços semelhantes. A formação cultural brasileira tem assim 4 fases: a 1ª já estava implantada em solo brasileiro, entre a população que estavam aqui até o descobrimento, a 2ª com a chegada dos descobridores há uma primeira mistura entre estes e os indígenas, a 3ª acontece logo em seguida com a chegada de escravos negros e por último a abertura do Brasil para a imigração no século 19, chegando aqui principalmente europeus e uns poucos asiáticos.
A cultura brasileira, de forma geral, tem influências muito diversificadas, pois aqui temos pessoas de praticamente todos os países africanos, europeus e asiáticos, por isso as manifestações culturais são tão diversificadas, cada região brasileira tem a sua específica ou várias, cada uma representando uma etnia.
O Termo raça foi descaracterizado no século XX, com os estudos realizados no campo da genética, descobrimos que não há raças humanas e sim a raça humana, todos nós somos de uma mesma, devido às semelhanças genéticas existente entre todos os grupos existente na Terra.
Diz-se de matrizes culturais do Brasil a formação cultural de sua população que ocorreu através da miscigenação de vários grupos étnicos. A princípio o branco europeu, o índio e o negro e posteriormente, no século XIX, a entrada de migrantes principalmente europeus.
Esclarecimentos necessários.
O termo etnia refere-se a agrupamentos humanos com uma unidade cultural em comum, ou seja, possuem traços culturais que se assemelham: idiomas, costumes, maneiras de pensar, sentir e agir. Já o termo raça, muito usado no passado, passou por uma reavaliação. A biologia colocou esse termo em desuso, impróprio para se referir a seres humanos, visto que se constatou que não existem raças humanas e sim raça humana. Todos seres humanos pertencem a uma única raça.
As etnias que formaram a matriz cultural do Brasil.
Quando os portugueses chegaram aqui a terra estava totalmente povoada por pessoas as quais foram denominadas de índios. Eram vários grupos étnicos que possuiam semelhança e diferenças culturais, mas foram todos considerados índios. A primeira miscigenação que ocorreu foi com o branco europeu e os índios do Brasil.
Para Portugal tornar o Brasil produtivo usou primeiramente o trabalho indígena, o qual não se mostrou tão interessante visto que: "Os indígenas brasileiros, vivendo no estágio da comunidade primitiva, desconheciam a escravidão. Ou devoravem os prisioneiros de guerra ou assimilavam-no à tribo."(1. pp. 44-45). A solução foi trazer os negros, os quais Portugal já conhecia da costa africana. Esses passaram a ser escravizados no Brasil no início do ciclo da cana-de-açúcar. O negro, deslocado de sua terra e de sua cultura, foi o terceiro elemento da formação étnica do Brasil.
Do século XVI ao início do século XIX, a constituição étnica principal do Brasil foi o negro, o índio e o branco. No início do século XIX, várias mudanças estruturais fizeram com que a população do Brasil aumentasse. A vinda da família real, a necessidade de uma força armada e a grande necessidade de povoar o território figuram entre as principais mudanças.
"Formou-se então, a primeira corrente de colonos ou imigrantes portugueses vindos principalmente das ilhas dos Açores. Foram escolhidos, de preferência, grupos familiares [...]" (2. p.178). Que por sinal foi uma grande exceção na história do Brasil. Em meados do século XIX a necessidade de mão-de-obra para a lavoura do café traria muitos migrantes em situação extremamente difícil para trabalhar nas fazendas de café.
Por volta de 1850 -1930 chegaram ao Brasil migrantes de origem europeia e alguns asiáticos. O Brasil vinha sendo pressionado para acabar com a escravidão e o europeu atenderia a necessidade de mão-de-obra e ao mesmo tempo promoveria um certo "embranquecimento" do povo brasileiro.
Durante esses oitenta anos grande levas de portugueses, espanhóis e italianos entram no país. Também chegaram alemães, libaneses e japoneses. Todos contribuiram muito com a formação cultural do Brasil, pois na nova terra manifestavam seus constumes e suas crenças, influenciaram e foram influenciados. Nossa música, nosso idioma, nossas festas populares, nossas crenças tiveram influências significativas desses povos que aqui se fixaram.
A partir de 1930 a migração para o Brasil declinou, na segunda guerra mundial o nível de migrantes para o Brasil se reduziu ao máximo, para depois, entre 1949 e 1953, ter um sútil aumento nas taxas de migração, mas ainda pouco significativas.
Diz-se de matrizes culturais do Brasil a formação cultural de sua população que ocorreu através da miscigenação de vários grupos étnicos. A princípio o branco europeu, o índio e o negro e posteriormente, no século XIX, a entrada de migrantes principalmente europeus.
Esclarecimentos necessários.
O termo etnia refere-se a agrupamentos humanos com uma unidade cultural em comum, ou seja, possuem traços culturais que se assemelham: idiomas, costumes, maneiras de pensar, sentir e agir. Já o termo raça, muito usado no passado, passou por uma reavaliação. A biologia colocou esse termo em desuso, impróprio para se referir a seres humanos, visto que se constatou que não existem raças humanas e sim raça humana. Todos seres humanos pertencem a uma única raça.
As etnias que formaram a matriz cultural do Brasil.
Quando os portugueses chegaram aqui a terra estava totalmente povoada por pessoas as quais foram denominadas de índios. Eram vários grupos étnicos que possuiam semelhança e diferenças culturais, mas foram todos considerados índios. A primeira miscigenação que ocorreu foi com o branco europeu e os índios do Brasil.
Para Portugal tornar o Brasil produtivo usou primeiramente o trabalho indígena, o qual não se mostrou tão interessante visto que: "Os indígenas brasileiros, vivendo no estágio da comunidade primitiva, desconheciam a escravidão. Ou devoravem os prisioneiros de guerra ou assimilavam-no à tribo."(1. pp. 44-45). A solução foi trazer os negros, os quais Portugal já conhecia da costa africana. Esses passaram a ser escravizados no Brasil no início do ciclo da cana-de-açúcar. O negro, deslocado de sua terra e de sua cultura, foi o terceiro elemento da formação étnica do Brasil.
Do século XVI ao início do século XIX, a constituição étnica principal do Brasil foi o negro, o índio e o branco. No início do século XIX, várias mudanças estruturais fizeram com que a população do Brasil aumentasse. A vinda da família real, a necessidade de uma força armada e a grande necessidade de povoar o território figuram entre as principais mudanças.
"Formou-se então, a primeira corrente de colonos ou imigrantes portugueses vindos principalmente das ilhas dos Açores. Foram escolhidos, de preferência, grupos familiares [...]" (2. p.178). Que por sinal foi uma grande exceção na história do Brasil. Em meados do século XIX a necessidade de mão-de-obra para a lavoura do café traria muitos migrantes em situação extremamente difícil para trabalhar nas fazendas de café.
Por volta de 1850 -1930 chegaram ao Brasil migrantes de origem europeia e alguns asiáticos. O Brasil vinha sendo pressionado para acabar com a escravidão e o europeu atenderia a necessidade de mão-de-obra e ao mesmo tempo promoveria um certo "embranquecimento" do povo brasileiro.
Durante esses oitenta anos grande levas de portugueses, espanhóis e italianos entram no país. Também chegaram alemães, libaneses e japoneses. Todos contribuiram muito com a formação cultural do Brasil, pois na nova terra manifestavam seus constumes e suas crenças, influenciaram e foram influenciados. Nossa música, nosso idioma, nossas festas populares, nossas crenças tiveram influências significativas desses povos que aqui se fixaram.

A partir de 1930 a migração para o Brasil declinou, na segunda guerra mundial o nível de migrantes para o Brasil se reduziu ao máximo, para depois, entre 1949 e 1953, ter um sútil aumento nas taxas de migração, mas ainda pouco significativas.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

3ªs SÉRIES - ÁFRICA - trabalho de geografia para o 3º bimestre

3ªS SÉRIES

VOLUME 03


ANTES DE INICIAR O TRABALHO É NECESSÁRIO RESPONDER TODAS AS QUESTÕES MEDIANTE PESQUISA PARA FACILITAR O DESENVOLVIMENTO DO TEMA A SER ABORDADO.

trabalho de geografia do 3º bimestre

EM GRUPO COM ATÉ 4 ALUNOS, POR GRUPO

ITENS MÍNIMOS A SEREM ABORDADOS NO TRABALHO SOBRE ÁFRICA QUE SERÁ FEITO EM POWER POINT EM DVD/CD QUE DEVERÁ SER  IDENTIFICADO COM A TURMA E, TODOS OS NOMES POR COMPLETO COM NÚMERO NO DVD/CD E NA CAPA.


CALENDÁRIO DE ENTREGA


DIAS 18 A 20 DE SETEMBRO 2013 VALENDO 5 PONTOS NA MÉDIA (PARA TODAS AS TURMAS, 3A,3B,3C,3D,3E)


 E VALENDO A METADE DA NOTA (2,5)PARA TRABALHOS ENTREGUES  EM 23 OU 24 DE SETEMBRO 2013



ÁFRICA

HISTÓRIA

POSIÇÃO GEOGRÁFICA NO PLANETA (CARTOGRAFIA)
          REGIONALIZAÇÃO (África do norte e África Subsariana)
          PAÍSES CONTINENTAIS
          PAÍSES INSULARES (ilhas)

ASPECTOS FÍSICOS:

 

            RELEVO (PERFIL DO RELEVO)
            ESTRUTURA GEOLÓGICA (SOLO)
            RECURSOS MINERAIS
            RIFT  VALLEY (TEORIA DO APARECIMENTO DO HOMEM NESTA REGIÃO)
            HIDROGRAFIA (REPRESAS)
           ÁGUA

CLIMA:

        ZONAS CLIMÁTICAS DA ÁFRICA

VEGETAÇÃO:

        FAUNA
        FLORA
        MEIO AMBIENTE

GEOGRAFIA HUMANA:

       POPULAÇÃO
       CONFLITOS ARMADOS (CRIANÇAS)
       POBREZA/ MISÉRIA E VIOLÊNCIA
       INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

GEOGRAFIA ECONÔMICA:

       ECONOMIA
       POLÍTICAS PÚBLICAS
       PARTIDOS POLÍTICOS

NÃO PODERÃO FALTAR MAPAS, GRÁFICOS E/OU PLANILHAS PERTINENTES.


domingo, 4 de agosto de 2013

1ªS SÉRIES 3º BIMESTRE PORQUE O PÃO FICA MAIS CARO A CADA DIA?

CAROS ALUNOS DAS 1ªS SÉRIES 

NESTE 3º BIMESTRE VAMOS TRABALHAR INTERDISCIPLINARMENTE 

EM GRUPO COM ATÉ 4 ALUNOS, POR GRUPO

O TRIGO

VAMOS SABER ENTÃO, PORQUE O PÃO ESTA MAIS CARO A CADA DIA.





GRÃO DE TRIGO


SELECIONAMOS ALGUNS TEXTOS PARA AUXILIAR-LOS NESTA PESQUISA SOBRE O TRIGO




  
1. Introdução

A cadeia do trigo pode ser dividida em insumos, produção, moinhos, transformação e distribuição/consumo. Este artigo privilegia um segmento desta cadeia, que é o da produção, composto pelos produtores de trigo e suas cooperativas. O trabalho ganha importância pelo fato de que, no seu total, a cadeia tritícola brasileira movimentava, em 2002 (últimos dados estabelecidos), um total de R$ 37 bilhões (ROSSI e NEVES, 2004). Todavia, o trigo brasileiro continua enfrentando problemas na produção, comercialização e em sua viabilidade econômica. Para muitos, o que precisa ser esclarecido é até que ponto as dificuldades da comercialização do trigo nacional decorrem da facilidade de importação do trigo do exterior (FGV/IPEA, 1998). Para outros, o futuro da triticultura nacional está ameaçado e dificilmente chegaremos à auto-suficiência, pois os produtores brasileiros não possuem vantagens comparativas e competitivas suficientes diante de seus rivais argentinos.
A análise desse importante elo da cadeia tritícola brasileira, composto pelos produtores e suas cooperativas, busca oferecer uma luz para uma melhor compreensão das condições que o país tem para não só responder às dúvidas expostas, mas sobretudo apontar o caminho seguido pela produção de trigo no Brasil neste início de século XXI.

2. Aspectos da produção de trigo no Brasil na ótica da cadeia PRODUTIVA

Em 2002, a produção rural foi quantificada por meio da multiplicação da produção de trigo da safra 2001/2002 (2.913.900 toneladas e seu preço médio). Assim, o montante obtido com a comercialização daquela safra foi de R$ 1,152 bilhão. Considerando que o valor movimentado pelo segmento de insumos agrícolas foi de R$ 1,081 bilhão naquele ano, o saldo de R$ 71 milhões foi o resultado da agregação de serviços, mão-de-obra e margem de lucro de um nível para outro. No mesmo nível da produção de trigo encontram-se as importações de trigo-grão, pois a produção nacional não é suficiente para suprir as necessidades internas. Portanto, grande parte do trigo utilizado pelos moinhos é proveniente de outros países. No ano de 2002, as importações de trigo somaram R$ 2,634 bilhões. Assim, a produção rural juntamente com as importações de trigo em grão, em 2002, movimentou R$ 3,79 bilhões. Paralelamente, em 2002, o governo federal recolheu um montante de aproximadamente R$ 1,8 bilhão com a tributação dos agentes participantes da cadeia do trigo. Esses tributos (PIS/Pasep; Cofins e CPMF em cascata), recolhidos em 2002, estão distribuídos da seguinte forma entre os " elos" produtivos da cadeia (não estão inclusos aqui os setores de distribuição): insumos agrícolas: US$ 30,6 milhões (setor de sementes – US$ 2,5 milhões; corretivos - US$ 70 mil; defensivos – US$ 6 milhões; máquinas e implementos – US$13,5 milhões; fertilizantes – US$ 8,5 milhões); insumos para moinhos: US$ 47,2 milhões (setor de plásticos flexíveis – US$ 21 milhões; papelão ondulado – US$ 640 mil; açúcar – US$ 17 milhões; sal – US$ 790 mil; fermento – US$ 5,5 milhões; oxidantes – US$ 740 mil; enzimas – US$ 1,5 milhão); produção rural: US$ 11 milhões; moinhos: US$ 181 milhões; indústria de alimentos e rações: US$ 1,5 bilhão: (setor de massas – USS 76 milhões; panificação – US$ 66,5 milhões; padarias – US$ 665 milhões; biscoitos – US$ 113 milhões; ração animal – US$ 553 milhões) (ROSSI & NEVES, 2004).
Esse conjunto de informações comprova a importância relativa da triticultura na economia agrícola brasileira, justificando por si só um aprofundamento quanto à realidade do setor produtivo ligado ao cereal.

2.1. Impactos da desregulamentação na produção DE TRIGO

A intervenção do governo no mercado do trigo, consolidada no Decreto-Lei n° 210, de 1967, resultou em uma total desvinculação do mercado brasileiro em relação ao preço internacional. Para se ter uma idéia do descaso com a paridade internacional, em 1986 o preço internacional era de US$ 130,00/tonelada e o preço interno, em nível do produtor no Brasil, era de US$ 241,00/tonelada, passando a US$ 185,00/tonelada em 1987 e 1988. Em vista disso, a desregulamentação do setor e a abertura da economia não poderiam ter deixado de causar um profundo impacto no setor.
No momento da extinção da política oficial para o trigo, o preço CIF de importação se encontrava em nível bastante deprimido, pressionado pelos elevados volumes dos estoques mundiais e pelo amplo programa de subsídio às exportações do trigo estadunidense. Em 1991 e 1992, as cotações FOB Argentina chegaram a atingir US$ 90,00/tonelada. A partir de 1994, o Brasil deixou de adquirir o trigo estadunidense pelo programa de EEP (Programa de Incentivo às Exportações) e a sua referência internacional voltou a se situar aos níveis de US$ 159,00/tonelada FOB Golfo e US$ 120,00 a US$ 135,00 FOB Argentina.
Mesmo com a extinção da intervenção estatal, os preços mínimos no Brasil ainda se conservaram elevados em relação aos preços de mercado, passando o governo a adotar o sistema de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP), além de a Conab ter permanecido ativa nas compras do cereal, com os níveis médios de sustentação fixados em US$ 94,52/tonelada, enquanto os preços internacionais mantinham-se ao redor de US$ 140,00/tonelada. O produto nacional ainda se direcionava para as mãos do governo, pois os moinhos tinham melhores condições na importação.
No período de 1995 até final de 1996, os preços internacionais se elevaram a níveis recordes devido ao desequilíbrio entre oferta e demanda, e à queda no nível dos estoques mundiais, atingindo patamares de US$ 190,00 a US$ 220,00/tonelada, elevando os preços de importação e produzindo uma situação de convergência entre os preços externos e internos. Pela primeira vez desde a extinção do monopólio estatal de compra, a Conab deixou de ser a opção de mercado do trigo, processando-se negociações diretas entre os moinhos e os produtores, como convém a um mercado desregulamentado. Os preços mínimos foram reduzidos para US$ 157,00/tonelada, porém, a partir de 1997 com a reversão no cenário mundial e queda das cotações, voltaram a se situar acima dos níveis de paridade de importação. Os estoques de passagem da Conab nas safras 1996/97 e 1997/98 ficaram em 692.000 toneladas e 507.000 toneladas respectivamente, o que significou 25% e 30% da produção nacional do grão, indicando ainda uma forte intervenção estatal na comercialização do produto, operacionalizada por meio do mecanismo PEP, pelo qual o governo subvenciona a diferença entre o preço de mercado (mais baixo) e o preço mínimo (mais elevado) nos leilões de venda do produto.
A queda da produção, após a reforma, era esperada, porquanto o governo adquiria o produto a preços artificialmente acima da paridade antes da política de liberalização do mercado do trigo. Entretanto a intensidade da queda foi muito maior do que se poderia supor.
O setor produtor do grão, primeiro elo da cadeia do trigo, deu logo sinais de que esse processo de desregulamentação havia se constituído em um overshooting. A primeira safra de trigo nacional comercializada após a desestatização foi feita em um cenário de preços bastante deprimidos. Os moinhos passaram a se abastecer do trigo importado em razão dos preços relativamente mais baixos, da melhor qualidade e das facilidades de financiamento. Como a reforma da política extinguiu os preços de aquisição e introduziu o trigo na pauta de preços mínimos, devido à defasagem de preços, as primeiras safras, após a desestatização, foram parar nas mãos do governo ou foram vendidas aos moinhos a preços substancialmente mais baixos que os prevalecentes em períodos passados. As conseqüências foram sucessivas quedas de área e de produção. O governo reagiu com uma política de apoio através dos mecanismos tradicionais e criando ainda novos mecanismos, mas não foi capaz de deter a substancial redução da produção nacional.
Paralelamente, um princípio estava sendo questionado: liberdade de mercado para o setor agrícola pressupõe a não internalização de práticas desleais de comércio, e a competitividade pressupõe condições eqüitativas de concorrência entre os parceiros. No entanto, o governo brasileiro reagiu com descaso em relação à internalização de produto proveniente de países que subsidiavam suas produções e exportações. O argumento utilizado para evitar uma aplicação de salvaguardas foi o de que a elevação dos preços do trigo traria impacto sobre a inflação. Esse argumento havia sido utilizado pelo interesse organizado dos moinhos reiterado diversas vezes no passado. Na prática, para favorecer uma redução dos preços do trigo e derivados no mercado interno, o governo brasileiro apoiou fortemente a desregulamentação do setor e a abertura do mercado a qualquer produto importado. Essa medida, além de favorecer o trigo argentino, permitiu a livre entrada do trigo subsidiado diretamente dos EUA e da União Européia, ou através de triangulação via Uruguai e outros países, mesmo havendo a Tarifa Externa Comum no seio do Mercosul.
Tal estratégia colocou em xeque a produção nacional do cereal, levando a uma forte redução na oferta local pela redução na área plantada e diminuição dos investimentos em tecnologia por parte do produtor. Assim, de uma quase auto-suficiência em 1986/87 (6,5 milhões de toneladas), depois de duas décadas, o país retrocedeu para uma produção média que varia entre 4 e 6 milhões de toneladas, respondendo por cerca de apenas 50% da demanda interna. Além disso, não existem expectativas de recuperação dessa produção sem que sejam feitas alterações nas condições de mercado e na postura do Estado em relação ao produto.
Neste contexto, sob o ângulo do produtor, pode-se dizer que mesmo sem tempo e condições de estruturar-se para competir com o produto importado, esse passou a enfrentar (como enfrenta até hoje) a total falta de perspectiva de comercialização dos estoques de safras presentes e passadas, que se acumulam nos armazéns. A comercialização era e ainda é muito difícil com a presença de produto importado em condições de juros e prazos concessionais.
Assim, não foi tentada nenhuma medida para sustar o processo do surto de importações, que acarretou a redução de área e produção não esperados. Com a desregulamentação da comercialização e da industrialização do trigo no país, o mercado do trigo nacional desorganizou-se, agravado pelo fato de não ter sido adotada medida de salvaguarda que havia sido determinada pelo Congresso Nacional, preocupado que estava com o que poderia acontecer com o cereal diante das grandes mudanças que vinham ocorrendo nas normas da comercialização e industrialização no mercado interno. Tal realidade evidenciou igualmente a total fragilidade da cadeia do trigo brasileira, que jamais agiu como tal em busca da defesa da atividade. Constantes diferenças internas entre os membros da cadeia, onde o mais forte tira proveito do mais fraco, auxiliaram na estagnação da triticultura nacional a partir da retirada do Estado do processo. Essa realidade praticamente não se alterou até 2006, fato que continua comprometendo a triticultura nacional como uma atividade econômica rentável e viável.
Em suma, a excessiva regulamentação do setor criou distorções no mercado, tanto no produtor quanto na indústria. Quando foi retirada, causou efeitos de redução de área e cultivos do cereal. Não se levou à prática a intenção do governo de promover a abertura prevenindo a concorrência desleal do produto importado que, no caso do trigo, era ainda mais procedente, tendo em vista o processo de transição do setor de um mercado estatizado para um mercado livre.
Na prática, em meados dos anos de 1990, detectou-se o abandono de 1,8 milhão de hectares, antes ocupados com trigo. Anos depois, em 2005/06, a situação pouco evoluiu, salvo em momentos esporádicos, quando a produção foi estimulada por elevações de preço conjunturais.
Por outro lado, dentre os efeitos diretos de tal realidade e de acordo com estimativas feitas com base no coeficiente técnico do uso do fator trabalho por hectare, da ordem de um emprego por 15 hectares de trigo plantado, estima-se que foram perdidos cerca de 86.300 empregos na triticultura nacional devido à redução de área com a cultura. Além disso, perdeu-se um fator importante de rateio dos custos de máquinas, equipamentos, benfeitorias, terra e outros fatores, com a cultura da soja, no sistema de double cropping. Este rateio permitia reduzir os custos de produção de soja e outras culturas de verão na ordem de 15%. Em outras palavras, o aumento dos custos das culturas de verão plantadas na área abandonada de trigo foi da ordem de 15%.

2.2. Problemas e desafios

A partir do quadro pós-desregulamentação exposto, percebe-se que, na cadeia produtiva do trigo o segmento agrícola é o que apresenta maiores dificuldades para viabilizar e ampliar sua produção. Isso se deve, primeiramente, a uma forte retração nas vendas dos produtores, mediante a, retirada da intervenção estatal no setor. Em segundo lugar, porque há pouca organização e representatividade do segmento produtivo nas instâncias políticas de discussões.
Neste sentido, a montante, as unidades produtivas em geral, não se relacionam diretamente com os fabricantes de insumos, salvo no caso dos grandes produtores, que realizam suas compras diretamente na indústria. Uma parte dos produtores se relaciona com cooperativas para desfrutar de vantagens nas compras em comum, beneficiando-se de preços vantajosos, já que essas operam em grandes escalas e com margens mínimas. A atividade a jusante apresenta relações insípidas com os demais elos da cadeia produtiva e um dos motivos pode ser o tipo de matéria-prima produzida.
Essa matéria-prima, embora seja semelhante ao produto importado, nem sempre oferece melhores preços, e raramente, melhor qualidade e condições de pagamento. Desta maneira, o moageiro prefere adquirir sua matéria-prima no mercado internacional, privilegiando-se das condições oferecidas. Mesmo assim o cultivo de trigo, através de contratos entre a atividade agrícola e indústria moageira, acabou ganhando um novo fôlego, principalmente entre pequenos e médios moinhos, nos primeiros anos do novo século. O acordo é realizado mediante o adiantamento pelos moinhos de parte dos recursos que seriam pagos na comercialização do trigo. Através deste mecanismo, uma parte dos produtores pode realizar o plantio da safra futura sem as opções dos mecanismos financeiros tradicionais, a exemplo do crédito rural. Dessa maneira, o produtor e a indústria moageira dividem os riscos. A indústria garante parte da matéria-prima necessária para o processamento do ano seguinte e o produtor recebe pagamento antecipado de parte de sua produção.
No que tange à dinâmica de comercialização, a necessidade de determinada matéria-prima na indústria de transformação poderá fazer com que ocorra a ampliação do número de contratos entre os elos na cadeia produtiva. Um dos fatores que poderá tornar estes contratos mais freqüentes é a identificação, por parte da indústria moageira e de transformação, de quais são as exigências em relação à matéria-prima. De fato, com a ampliação do número de produtos na cadeia produtiva do trigo, as indústrias de transformação demandam matéria-prima com determinadas características. Com isso, abre-se espaço para contratos de fornecimento, vinculando a produção diretamente com a agroindústria, aumentando a integração da cadeia produtiva e tornando-a mais competitiva. A possibilidade do cultivo de trigo através de contratos entre produtores e indústria moageira impõe interesses comuns entre dois elos da cadeia produtiva.
Da mesma forma, a indústria de transformação necessitará de matérias-primas específicas, atuando de forma conjunta com os moinhos. Com a diversificação e ampliação de produtos no mercado, o consumidor passa a nortear toda a cadeia produtiva. Ou seja, ao identificar primeiramente o consumidor, suas características, padrões de preferência, tendências de mudanças, formas de organização social e capacidade de interferir sobre a cadeia, a indústria se tornará competitiva e dinâmica no tempo.
Neste sentido ZYLBERSZTAJN (1995) afirma que a competitividade de uma cadeia pode estar totalmente atrelada à sua capacidade de adaptar-se rapidamente às mudanças dos padrões de preferência dos consumidores. Ele também pressupõe a existência de canais contínuos de negociação dentro das cadeias. Sempre que o ambiente econômico ou social se modifica, as margens são realocadas ou negociadas. Mas isso só é possível com a maturidade da cadeia produtiva, definida por FARINA e ZYLBERSZTAJN (1991) apud ZYLBERSZTAJN (1995), como a forma pela qual cada ator na cadeia produtiva entende o seu consumidor. Conta também a eficiência com a qual pode adaptar-se às novas situações de mercado (ZYLBERSZTAJN Apud COLLE, 1998).
Na cadeia produtiva do trigo no Brasil, este processo ainda é incipiente e seus atores atuam de forma isolada e desarticulada, limitando a competitividade a alguns elos mais concentrados e, conseqüentemente, capitalizados.

2.3. Evolução e realidade da triticultura Sul Brasileira

Em sua fase moderna, a triticultura sul-brasileira pode ser dividida em cinco momentos distintos:
® 1968/1980 – sob o amparo do decreto-lei 210 de 1967, acontece grande expansão da área cultivada. No Rio Grande do Sul, a média anual é de 1.469.985 hectares, chegando a atingir o limite não mais repetido de 2.184.899 hectares no ano de 1979. O rendimento médio de grãos é de 802 quilos/hectare, com grandes frustrações nas safras de 1972 (309 quilos/hectare), 1977 (464 quilos/hectare) e 1979 (448 quilos/hectare).
® 1981/1985 – houve decréscimo da área média anual cultivada para 920.711 hectares, sendo a maior delas em 1982 (1.377.422 hectares), estimulada pelo promissor rendimento obtido na safra anterior. O rendimento médio de grãos é de 861 quilos/hectare, com o mínimo de 383 quilos/hectare em 1982 e o máximo de 1.225 quilos/hectare na safra de 1981.
® 1986/1989 – é o melhor momento da história da cultura do trigo no Rio Grande do Sul, quando atinge sua maior produção (1.810.710 toneladas) em 1986. A área média cultivada cresce apenas 7,29% em relação ao período anterior, passando para 987.806 hectares, enquanto a produção aumenta 107,14%, alcançando média anual de 1.641.176 toneladas. O rendimento evolui para 1.661 quilos/hectare, ficando apenas 186 quilos abaixo daquele obtido na Argentina em igual período. Nesse período, o Brasil quase alcançoua sua auto-suficiência na produção de trigo.
® 1990/1999 – extinto o monopsônio-monopólio estatal de trigo em 1990, ocorre acentuada queda na área média anual cultivada, situando-se em 572.447 hectares. O rendimento de grãos se reduz para 1.427 quilos/hectare, registrando 701 quilos a menos que a média obtida pelos produtores argentinos no período. A produção média anual atinge 759.648 toneladas, refletindo a queda nos preços de garantia e dificuldades no processo de comercialização (JACOBSEN, 2000).
® 2000/2005 – após o recuo na fase anterior, a área plantada aumenta no Estado gaúcho, chegando a 1,085 milhão de hectares em 2004, graças a um incremento importante nos preços externos e internos, em 2002/03, puxados por uma taxa cambial que chegou a quase R$ 4,00 por dólar em outubro de 2002. A produção vai a 2,16 milhões de toneladas, com um rendimento médio de 2.000 quilos/hectare. Em volume produzido e produtividade, foi o melhor ano na história da triticultura gaúcha. No entanto, por falta justamente de organização na cadeia e políticas adequadas, a produção caiu fortemente em 2005. Nesse ano, a área semeada recua para 930.000 hectares, a produção fica em 1,67 milhão de toneladas, e a produtividade recua para 1.800 quilos/hectare. A tendência para 2006 era ainda mais negativa, pois os preços do produto na safra de 2005 ficaram ao redor de R$ 18,00/saco, enquanto o preço mínimo oficial era de R$ 24,00/saco.
Por outro lado, no Rio Grande do Sul, o trigo apresenta algumas desvantagens em relação ao Paraná. A primeira, em função das condições climáticas, principalmente pela ameaça de geadas tardias. Enquanto no Paraná a colheita do trigo fora antecipada em até dois meses, permitindo que o produto fosse comercializado no centro do país antes da entrada do produto importado, oriundo principalmente da Argentina. Outro aspecto positivo em favor do Paraná é a proximidade com a Região Sudeste, maior centro consumidor e de processamento do país, o que possibilita o escoamento da safra com menores custos de transporte. Assim, o trigo produzido antecipadamente no Paraná torna-se competitivo no mercado brasileiro e é comercializado a preços mais elevados, viabilizando a pequena e média produção.
Diante de todos esses fatores o que se percebe no Rio Grande do Sul é a falta de condições financeiras para adotar tecnologias, onde pequenos e médios produtores estão abandonando a atividade, permanecendo apenas aqueles que apresentam condições de investir no negócio e gerar escala de produção. A julgar pelos dois últimos censos agropecuários realizados pelo IBGE, esses não representarão mais de 10% da totalidade dos produtores rurais ainda existentes num futuro próximo.
Em 1985, o número de agricultores que cultivavam trigo no Rio Grande do Sul era de 83.245, com área média de 11,44 hectares por produtor. Já em 1995/96 o número de triticultores no Estado caiu para 33.677, com área média colhida de 9,89 hectares. No Rio Grande do Sul, considerando a totalidade das terras que formam o estabelecimento, o Censo 1995/96 identificou que 15.774 produtores de trigo (46,84% do total) estavam em imóveis de menos de 1 hectare até menos de 20 hectares, e a área média colhida com trigo foi de 3,06 hectares. Em estabelecimentos com menos de 1 hectare até menos de 50 hectares estavam 27.914 dos produtores (82,89%), com 37,95% da área colhida e 33,21% da produção (1.203 quilos/hectare). A área média colhida de trigo por esse grupo foi de 4,53 hectares. Por sua vez, produtores com imóveis de 50 a menos de 100 hectares representaram 9,79% do total, colhendo 14,66% da área (média de 14,82 hectares), e foram responsáveis por 13,53% da produção (1.268 quilos/hectare). Os demais, com estabelecimentos cuja área é igual ou maior que 100 hectares, que somam 2.465 triticultores (7,32%), colheram 47,38% da área com trigo no Estado (63,99 hectares por estabelecimento) e 53,26% da produção (1543 quilos/hectare) (JACOBSEN, 2000).


Enviado por  Luis Nassif , ter, 08/05/2012 - 21:13
Autor:  Joana Marques
Trigo no Brasil é um alimento rico em nutrientes, seus derivados são fontes de carboidrato, vitamina B, proteínas, zinco e fibra alimentar. Ele compõe alimentos de baixo teor de gordura e açúcar, como o macarrão e pão francês, está presente em diversas receitas, sendo algumas delas molhos, cremes e massas, além de ser utilizado para empanar outros alimentos fritos, muito apreciado o país. Em função da variedade de possibilidades do trigo na cozinha, ele é consumido em grande escala pela população, tornando o Preço do Trigo um fator que movimenta, constantemente, a economia brasileira.
O cereal é produzido em cerca de 133 mil propriedades rurais no Brasil, constituindo um sistema que envolve 800 mil pessoas, segundo pesquisas do gênero. O país possui uma área propicia para a produção de 12 toneladas de trigo, considerando o tamanho da região utilizada para o cultivo do alimento, no entanto, a produção anual nem sempre atinge essa estimativa. Os investimentos na produção fizeram do Brasil uma referência mundial, devido ao grande rendimento das lavouras, cultivado desde o sul do país até a região do cerrado. 
Os estados da Bahia, Minas Gerias, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal é onde a produção está concentrada, as condições climáticas são favoráveis constituída de estações bem definidas, a quente, seca e chuvosa, além de temperaturas amenas, o que colabora para o plantio do trigo. O cultivo é praticado de duas maneiras nessas regiões: o irrigado e o sequeiro, resultando em duas safras ao ano. A primeira é uma técnica que oferece poucos riscos, o rendimento da plantação é alto, implicando em maior produtividade das lavouras de trigo. A segunda forma de cultivo do cereal é realizada entre os meses de fevereiro e março, depende da quantidade de chuvas e é uma técnica que proporciona a melhor cobertura do solo. O plantio direto é forma sustentável de cultivar o trigo, contribuindo para a fertilidade do solo.
O país possui um grande potencial de expansão do consumo de trigo, os índices de crescimento estão evoluindo de acordo com o aumento populacional. A produção do cereal impulsiona parte da economia do Brasil, sua importância na produção de alimentos justifica a pretensão de futuros investimentos no seu cultivo. Por isso, o Brasil deve manter seus investimentos para fazer do trigo uma das principais e mais rentáveis culturas do país.

RESUMO

O presente artigo tem como objeto a cadeia produtiva do trigo no Brasil e destaca a realidade econômica de seus principais elos, com ênfase nos elos da produção agrícola e industrial do cereal. Salienta-se que o artigo traz a atualidade do setor no Brasil, a partir da análise dos resultados de pesquisa de campo realizada com produtores rurais, cooperativas e moinhos de trigo. O estudo da cadeia tritícola brasileira, com seus problemas, oferece uma luz para melhor compreensão das condições que o país possui para não só responder às dúvidas expostas, mas, sobretudo, apontar o caminho seguido pela produção de trigo no Brasil nesse início de século XXI. A triticultura nacional está ameaçada e dificilmente alcançará a auto-suficiência, pois os produtores brasileiros não possuem vantagens comparativas e competitivas suficientes, particularmente em relação aos produtores argentinos. A comercialização do trigo também enfrenta dificuldades, tanto na questão de preços do produto, quanto na qualidade exigida pelos moinhos. A retirada da intervenção estatal na produção nacional de trigo, em 1990/91, que a deixou ao sabor do mercado, alterou completamente o quadro de competitividade dos produtores e da própria cadeia produtiva. Uma das principais conclusões é de que a cadeia tritícola brasileira não funciona a contento, a eficiência da produção nacional está em xeque e seu futuro, comprometido.
Palavras-chave: trigo, cadeia produtiva, competitividade. 


QUESTÕES A SEREM TRABALHADAS COMO CONTEÚDO DE AVALIAÇÃO

1 - O QUE É O TRIGO?

2 - SUA IMPORTÂNCIA SOCIAL?

3 - SUA IMPORTÂNCIA ECONÔMICA?

4 - EXISTEM PROBLEMAS NA CULTURA DO TRIGO? QUAIS?

5 - É POSSIVEL REALIZAR UMA CULTURA SUSTENTÁVEL PARA O TRIGO? COMO?

6 - QUE PAÍSES COMPETEM COM A CULTURA DO TRIGO DO BRASIL?

7 - QUAL É A REALIDADE DA CADEIA PRODUTIVA DO TRIGO NO BRASIL? COMO ELA ESTA ESTRUTURADA?

8 - O TEXTO ABAIXO MOSTRA COMO A DESREGULAMENTAÇÃO NO CASO DO TRIGO CAUSOU IMPACTOS. QUE IMPACTOS FORAM ESTES?
“A intervenção do governo no mercado do trigo, consolidada no Decreto-Lei n° 210, de 1967, resultou em uma total desvinculação do mercado brasileiro em relação ao preço internacional. Para se ter uma idéia do descaso com a paridade internacional, em 1986 o preço internacional era de US$ 130,00/tonelada e o preço interno, em nível do produtor no Brasil, era de US$ 241,00/tonelada, passando a US$ 185,00/tonelada em 1987 e 1988. Em vista disso, a desregulamentação do setor e a abertura da economia não poderiam ter deixado de causar um profundo impacto no setor”


1ªs SÉRIES - ESTRUTURAS E FORMAS DO PLANETA TERRA: OS MOVIMENTOS E O TEMPO NA TRANSFORMAÇÃO DAS ESTRUTURAS DA TERRA

BEM VINDOS A VIAGEM 

DO 2º SEMESTRE

1ªs séries





GEOGRAFIA FÍSICA


A LITOSFERA E O RELEVO TERRESTRE

A Terra se formou há mais ou menos 4,5 bilhões de anos. Ao longo desse tempo, ela sofreu inúmeras transformações. O estudo dessa evolução da Terra é tarefa da geologia, uma ciência muito importante para a geografia física.

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A geologia divide o tempo de existência da Terra em eras geológicas, que duram milhares de anos, havendo algumas que duraram até milhões de anos.



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Para estudar a longa vida de nosso planeta, conhecida como tempo geológico, dividiu-se o tempo em unidades chamadas eras. As eras, por sua vez, foram divididas em períodos, e os períodos em épocas. Poder-se-ia comparar as eras, períodos e épocas aos anos, meses e semanas de nosso tempo. Cada era se caracteriza pela forma como se encontravam distribuídos os continentes e os oceanos, e pelo tipo de organismos que neles viviam. As eras geológicas são: Pré-Cambriana (a mais antiga), Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica (a mais recente). Para estudar a longa vida de nosso planeta, conhecida como tempo geológico, dividiu-se o tempo em unidades chamadas eras. As eras, por sua vez, foram divididas em períodos, e os períodos em épocas. Poder-se-ia comparar as eras, períodos e épocas aos anos, meses e semanas de nosso tempo. Cada era se caracteriza pela forma como se encontravam distribuídos os continentes e os oceanos, e pelo tipo de organismos que neles viviam. As eras geológicas são: Pré-Cambriana ou Proterozóica (a mais antiga), Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica (a mais recente).
As eras geológicas apresentaram as seguintes características:
• Era Primitiva ou Proterozóica ou Pré-Cambriana – Se dividiu em Períodos Arqueano e Algonquiano. Nessa era ocorreu à formação de grande parte das rochas que recobrem o planeta. Essa fase foi marcada por muitas erupções vulcânicas e terremotos. No final surgiram os primeiros seres vivos, nos fundos dos oceanos.
• Era Primária ou Paleozóica – Se dividiu em Períodos Cambriano, Ordoviciano, Siluriano, Devoniano, Carbonífero e Permiano. Durou mais de 380 milhões de anos. Os peixes proliferaram nos mares, enquanto grandes florestas cobriram boa parte do planeta.
• Era Secundária ou Mesozóica – Se dividiu em Períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo. Durou cerca de 140 milhões de anos. Em meio a terremotos e erupções vulcânicas, apareceram répteis gigantescos, como os dinossauros e mais tarde, os primeiros mamíferos e aves.
• Era Cenozóica – iniciou-se há cerca de 60 milhões de anos, dividindo-se em dois períodos:
a) Período Terciário – quando os continentes assumiram a forma que hoje possuem. Nesse período, constituíram-se as grandes cordilheiras conhecidas atualmente (Himalaia, Andes, Alpes, Montanhas Rochosas e outras) e surgiram animais como o cavalo, o mamute e outros mamíferos.
b) Período Quaternário – abrange o ultimo milhão de anos, quando extensas camadas de gelo se formaram em torno do pólo norte, estendendo-se por grande parte da América do Norte, da Europa e da Ásia. Nesse período, deu-se o aparecimento do homem sobre a Terra.


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AS CAMADAS QUE COMPÕEM A TERRA
Durante o período de formação da Terra o planeta foi atingido por inúmeros meteoros de vários tamanhos, que elevaram substancialmente a temperatura da superfície, formando um grande oceano de magma incandescente. Os materiais mais pesados afundaram e formaram o NÚCLEO ou ENDOSFERA, os mais leves ficaram próximos a superfície, formando uma grande camada intermediária, conhecida como MANTO ou MESOSFERA e camada mais superficial formada por silício, alumínio e magnésio, conhecida como LITOSFERA ou CROSTA terrestre.
A crosta terrestre (LITOSFERA) pode ser dividida em Crosta Continental Superior (também conhecida como SIAL devido a sua formação por silício e alumínio) com aproximadamente de 15 a 25 km de espessura, a Crosta Continental Inferior (também conhecida por SIMA devido sua formação por silício e magnésio) com aproximadamente 30 a 35 km, a Crosta Oceânica que é formada por uma camada basílica que tem de 1 a 4 km de espessura e pela camada oceânica que tem cerca de 5 a 6 km de espessura.
Logo abaixo da litosfera, encontramos uma camada intermediária entre a crosta e o manto, denominada ASTENOSFERA, camada onde o material está quase sob estado de fusão e sobre o qual deslizam as placas tectônicas. Mais interiormente a MESOSFERA, também chamada de MANTO, podendo ser dividido em MANTO SUPERIOR e MANTO INFERIOR.
E a 2.900 Km de profundidade temos o NÚCLEO ou ENDOSFERA formado essencialmente por níquel e ferro (por isso também denominado NIFE), também dividido em NÚCLEO EXTERNO e NÚCLEO INTERNO.



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Através de investigações geofísicas através da propagação de ondas sísmicas, revelaram algumas alterações na velocidade dessas ondas indicando diferenças químicas entre uma camada e outra, a chamadas descontinuidades. Assim entre a Litosfera e a Astenosfera temos a descontinuidade de Mohorovicic e entre a Mesosfera e a Endosfera a descontinuidade de Gutemberg.

A crosta é formada por rochas e solos, podendo ser as rochas definidas como agrupamentos de compostos químicos minerais. Solos são a parte exterior da crosta que está em contato direto e indireto com os agentes naturais. Quanto à origem, as rochas podem ser classificadas em magmáticas, sedimentares ou metamórficas.
ROCHAS MAGMÁTICAS, CRISTALINAS OU IGNEAS

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ROCHA INTRUSIVA - GRANITO


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ROCHA EXTRUSIVA - BASALTO
• Rochas ígneas, cristalinas ou magmáticas – formam-se pelo resfriamento e solidificação dos minerais da crosta terrestre, que se encontram derretidos no interior da Terra, ou seja, o magma. Como os minerais ao passar do estado líquido para o sólido se agrupam, tendem a formar cristais, são também chamadas de rochas cristalinas, podendo ser classificadas de intrusivas ou plutônicas quando o magma se resfria lentamente no interior da Terra (ex.: cristais e pedras preciosas), ou extrusivas ou vulcânicas quando o magma se solidifica rapidamente na superfície, expelido pelas erupções vulcânicas (ex.: basalto).

ROCHAS METAMÓRFICAS

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• Rochas Metamórficas – são as que resultam da transformação de outras rochas, pela ação do calor ou da pressão do interior da Terra adquirindo outra estrutura. Essas transformações acontecem devido a pressão ou temperatura muito elevadas (ex.: mármore, gnaisse e ardósia).

ROCHAS SEDIMENTARES



IMAGEM 09 ROCHA SEDIMENTAR DETRÍTICA - ARENITO




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ROCHA SEDIMENTAR ORGÂNICA - CALCARIO


Rochas Sedimentares – São as que se formam por acumulação de materiais desgastados de outras rochas ou de restos de vegetais ou animais, através da compactação de sedimentos provenientes da erosão, do transporte e deposição de minerais (arenito e calcário). Podem ser de compactação de resíduos de outras rochas denominadas detrítica (arenito), orgânica (calcário e carvão) ou química (estalagmites e estalactites), por exemplo.

PRINCIPAIS FORMAS DE RELEVO

Dá-se o nome de relevo ao conjunto de formas da superfície da Terra, resultante da atuação simultânea de dois fatores: os agentes internos (abalos sísmicos e vulcanismo) que criam formas de relevo e os agentes externos (intemperismo e erosão) que os transformam.
O relevo terrestre apresenta uma grande variedade de formas, de primeira ou de segunda ordem. Assim em um planalto encontramos vales e colinas. As principais formas de relevo de primeira ordem são:





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• Montanhas – grandes elevações naturais da superfície da Terra. Um conjunto de montanhas alinhadas constitui uma serra ou cadeia e esta se for muito extensa e muito alta recebe o nome de cordilheira.









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• Planaltos – áreas elevadas e geralmente onduladas, que sofrem erosão constante. Ocorrem em qualquer altitude, mas são freqüentes acima dos duzentos metros.





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• Planícies – áreas geralmente planas, mais baixas que as formas vizinhas. Nas planícies ocorre um fenômeno oposto a erosão, pois elas recebem e acumulam restos de rochas trazidas de áreas próximas pela água ou pelo vento.



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• Depressões – Formas de relevo bem mais baixas que as que estão a sua volta. Chamamos depressão absoluta quando fica abaixo do nível do mar e depressão relativa quando fica acima do nível do mar, mas muito abaixo das formas ao seu redor.





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AS TRANSFORMAÇÕES DA CROSTA TERRESTRE

A crosta terrestre movimenta-se sem parar diariamente. Diariamente, os sismógrafos registram abalos sísmicos, sendo que a maior parte deles, não é percebida por nós. No entanto alguns são terríveis e abrem fendas no chão, estremecem casas e chegam mesmo a derrubar prédios inteiros. Esses grandes abalos são conhecidos como terremotos.
A litosfera é uma espécie de assoalho do planeta. Esse assoalho é dividido em placas, mais ou menos como cacos de cerâmica não cimentada. Essas placas são denominadas placas tectônicas e se deslocam com freqüência devido a forças existente no interior da Terra.
Nos limites dessa placas, tais forças provocam um movimento lateral que causam os terremotos. Além disso, há pontos fracos por onde as rochas quentes do interior, acabam escapando causando as erupções vulcânicas, liberando o magma (lava) do interior do planeta.
O Brasil por se encontrar inteiramente em cima e no meio de uma placa tectônica, possui rochas estáveis e está livre de terremotos e erupções vulcânicas.
Além desses fatores internos, também temos os fatores externos, causado pela erosão, que é o desgaste da superfície terrestre pela ação de vários agentes: São fatores externos:
• Erosão pluvial – causada pela chuva, provocando o desgaste do solo através de enxurradas.
• Erosão fluvial – causada pelas águas dos rios que escavam os leitos dos rios. Quanto maior a velocidade das águas, mais intensa a ação erosiva.
• Erosão eólica – causada pelo vento, porque transporta consigo partículas de areia. O impacto dessas partículas sobre as rochas provoca a erosão.
• Erosão glacial – causada pelas geleiras, que atua cavando depressões e realizando um trabalho de aplainamento do relevo.
• Erosão marinha – causada pelo mar, onde as ondas realizam um trabalho contínuo, destruindo as rochas nos litorais.
• Erosão antropogenética – causada pelo homem.




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Erosão do Vento(eólica)




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Erosão das Chuvas (pluvial)




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 Erosão dos Rios (fluvial)




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Erosão Marinha




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Erosão Glacial (geleiras)




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Erosão Antropogênica (homem)


Temos também a Acumulação que é um trabalho construtivo da erosão, para onde são levados os sedimentos retirados e carregados pelas forças das águas (chuva, rios, geleiras, mares e oceanos) e dos ventos, geralmente depositando-os nas áreas mais baixas da superfície terrestre. Assim aqueles agentes transportam esses sedimentos desgastados dos relevos mais altos e depositam nas costas mais baixas do continente.
A ORIGEM DOS CONTINENTES
A atual configuração dos continentes na superfície da Terra, originou-se de um processo que resultou na fragmentação e no afastamento das terras emersas a partir de um bloco único chamado Pangéia.
Duas teorias que se complementam, procuram explicar este processo, responsável pela formação do relevo terrestre e pelas transformações da crosta terrestre.


TEORIA DA DERIVA DOS CONTINENTES



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Segundo Wegener originalmente havia uma única grande massa continental denominada Pangéia, cercada por um único oceano, chamado Pantalassa.
Há 135 milhões de anos, o supercontinente começa a rachar e quebrar-se sucessivamente. A primeira divisão formou-se dois continentes: a Laurásia ao norte e Gondwana ao sul. A partir daí as divisões foram ocorrendo até atingirem a configuração atual.
Wegener não conseguiu provar todas as suas idéias, no entanto as maiores evidências eram as identidades geológicas, de vida animal e vegetal existente entre os continentes. Essas evidências apareciam entre América do Sul e a África, entre a América do Sul e a Austrália, entre a Europa e a América do Norte e entre a África e a Índia.




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TEORIA DAS PLACAS TECTÔNICAS



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Na década de 1960, os geólogos americanos Harry Hess e Robert Dietz, conseguiram explicar como os continentes se moviam, depois da descoberta de que as rochas situadas no centro do assoalho submarino são mais recentes do que as que se encontram nas bordas dos continentes, concluindo que verdadeiras esteiras rolantes na crosta oceânica são responsáveis pela movimentação das placas tectônicas.
Ao longo das grandes cordilheiras submarinas, chamadas de dorsais oceânicas, abrem-se fendas por onde passa o material magmático, que após esfriar-se em contato com água fria, forma uma nova crosta, causando a expansão do fundo do mar.
Segundo esta teoria, a crosta terrestre está dividida em placas que flutuam sobre um mar pastoso de lava fervente. As maiores placas tectônicas são: Americana (que se divide em Placa Norte Americana e Sul Americana), do Pacífico, da Antártida, Indo-australiana, Euro-asiática e a Africana. Existem outras menores como a Nazca, a do Caribe, a de Cocos, a da Grécia, a Arábica, a da Anatólia, a Iraniana e a das Filipinas.
Como vimos, os continentes e oceanos movem-se, sendo que os continentes movimentam-se cerca de um centímetro por ano e os oceanos formam e se expandem nesta mesma velocidade, criando novas costas.
É justamente na região de encontro entre uma placa e outra que ocorrem zonas de vulcanismo, abalos sísmicos e as conseqüentes modificações no relevo terrestre. Por isso é que as regiões mais sujeitas ao vulcanismo e terremotos como o Japão, a Califórnia nos EUA, o México, sul e sudeste da Ásia, entre outras, estão situadas nos limites e bordas das placas tectônicas. As áreas mais estáveis, como o Brasil, localizam-se no interior e centro das placas, longe de suas extremidades.



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ESTRUTURA GEOLÓGICA


Estrutura geológica é o conjunto de diferentes rochas de um lugar e os vários processos geológicos sofridos por elas e que dão aos terrenos desse lugar uma característica própria. Temos três tipos básicos de estruturas geológicas no planeta: escudos cristalinos, faixas orogênicas ou dobramentos e bacias sedimentares.
ESCUDOS CRISTALINOS – São uma estrutura geológica muito antiga que sofreram forte processo erosivo apresentando-se desgastadas e baixas altitudes. Quando expostas à ação dos agentes erosivos são chamadas de ESCUDOS CRISTALINOS, e quando estão recobertas por sedimentos são denominados EMBASAMENTOS CRISTALINOS. São exemplos de escudos cristalinos o Planalto das Guianas, o Planalto Brasileiro, o Planalto Canadense, o Planalto Siberiano.
BACIAS SEDIMENTARES – São estruturas geológicas que formadas por processos de acumulação de sedimentos decorrentes do transporte de agentes externos de formação do relevo (chuva, vento, rios, mares), ou seja, a erosão. São exemplos de Bacias Sedimentares, as Planícies de todo o mundo.
FAIXAS OROGÊNICAS OU DOBRAMENTOS – São estruturas geológicas produzidas por movimentos internos da crosta terrestre, resultante de pressões horizontais ou verticais do interior da Terra, dando origem assim as Montanhas. Podem ser divididos em Dobramentos Antigos ou Dobramentos Modernos, dependendo pela antiguidade de sua formação.

FATORES INTERNOS QUE MODIFICAM O RELEVO
Como fatores internos que modificam o relevo temos o Tectonismo, os Abalos Sísmicos e o Vulcanismo.
TECTONISMO compreende todos os movimentos que deslocam e deformam as rochas que constituem a crosta terrestre. Sua principal diferença dos abalos sísmicos é que agem de forma lenta e prolongadamente na crosta terrestre, de maneira pouco intensa. São responsáveis pelas dobras e fraturas no relevo do planeta.
VULCANISMO compreende os fatos e fenômenos geográficos que levam ao extravasamento do magma no interior da Terra até a superfície, sendo que sua manifestação típica é o cone vulcânico e o amontoado de pó, cinzas e lavas formadas pelas erupções.
ABALOS SÍSMICOS – compreende os movimentos horizontais e verticais de grande intensidade e curta duração, que deslocam e deformam a rochas que constituem a crosta terrestre, provocando ondas vibratórias que se espalham em várias direções, provocando a ruptura e acomodação da crosta terrestre, causando os terremotos e maremotos. Ocorrem geralmente nas regiões próximas as bordas das placas tectônicas.
Os limites das placas tectônicas, ou seja, os pontos de encontro entre elas, estão em movimento gerando em um tipo de atividade geológica. Assim os limites das placas podem ser: Limites Convergentes e/ou Zonas de Subducção, Limites Divergentes ou Cristas em Expansão e Limites Tangenciais ou Transformantes.



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LIMITES CONVERGENTES E/OU ZONAS DE SUBDUCÇÃO - são aquelas áreas onde as placas tectônicas convergem (deslocam-se em direção uma da outra) e colidem entre si. Quando de densidades diferentes (uma placa oceânica e outra continental) a primeira mergulha por baixo da segunda denominado limite de SUBDUCÇÃO. Temos também aquelas que apresentam mesma densidade (placa continental e placa continental) e quando chocam-se dobram na superfície enrugando formando as grandes cadeias montanhosas ou dobramentos na superfície da Terra. Esse tipo de limite é denominado de ZONA DE CONVERGÊNCIA.


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LIMITES DIVERGENTES OU CRISTAS DE EXPANSÃO - nessas áreas as placas tectônicas estão em processo de separação liberando o material magmático que escapa pelas frestas abertas na litosfera no fundo dos oceanos, formando um novo assoalho submarino (oceânico) e as Cordilheiras Meso-oceânicas (montanhas submarinas).




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LIMITES TRANSFORMANTES OU TANGENCIAIS – nessas áreas não há convergência ou divergência entre as placas tectônicas, não havendo nem construção, nem destruição da crosta terrestre, pois as placas deslizam horizontalmente (paralelamente) ao lado da outra, formando uma linha conhecida como falha de transformação, podendo causar grandes terremotos na superfície terrestre.




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Os terremotos ocorrem com bastante freqüência nos limites das placas tectônicas. Áreas como o lado oeste da América do Sul estão sobre área de compressão de placas. O lado oeste da África, por exemplo, está sobre o centro de uma placa e os movimentos tectônicos não se manifestam. Os Alpes originaram-se da colisão da placa da África com a da Europa. Há restos de crosta oceânica ali, indicando que havia um oceano onde agora há uma cadeia de montanhas. O mesmo acontece na região do Himalaia, causado pela colisão das placas da Índia e da Ásia.
O ponto crucial para o desenvolvimento da teoria da Deriva Continental, que na sua essência significa movimentação dos continentes, ou ainda que as placas se movem, é que a Terra não é estática.
• Há 400 milhões de anos havia o Pangéia, que reunia todas as terras num único continente
• Há 60 milhões de anos a Terra assume a atual conformação e posição dos continentes.

Atualmente, a África e a América do Sul se afastam 7 cm por ano, ampliando a área ocupada pelo oceano Atlântico. O mar Vermelho está se alargando. A África migra na direção da Europa. A região nordeste da África está se partindo.
Placa oceânica é o nome que designa as placas que se encontram submersas pelos oceanos, enquanto placa continental é o nome dado para designar as placas localizadas sob os continentes.
Existem várias placas tectônicas de diferentes tamanhos, porém as mais importantes são:
a) Placa Africana: Abrange todo o continente africano e através de sua colisão com a placa Euroasiática surgiu o Mar Mediterrâneo e o Vale do Rift;
b) Placa da Antártida: Abrange toda a Antártida e a região austral dos oceanos;
c) Placa Euroasiática: Abrange o continente europeu e asiático, exceto a Índia, Arábia e parte da Sibéria. Inclui a parte oriental do Oceano Atlântico norte;
d) Placa Norte-Americana: Abrange a América do Norte, parte ocidental do Oceano Atlântico norte, uma parte do Oceano Glacial Ártico e parte da Sibéria;
e) Placa Sul-Americana: Abrange a América do Sul e o leste da Crista Oceânica do Atlântico;
f) Placa do Pacífico: Abrange a maior parte do Oceano Pacífico e através de sua colisão com a Placa da Antártida surgiu a Placa Pacífico-Antártica;
g) Placa Indo-Australiana: Abrange a Placa Australiana e a Placa Indiana. Também abrange grande parte do Oceano Índico e parte do Himalaia.




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É importante ressaltar que este resumo é apenas para aprofundamento dos estudos, não substituindo os textos do livro didático, nem as explicações e anotações em sala de aula. Leia, anote as dúvidas e leve para a sala de aula para maior entendimento da matéria. Bons estudos.