SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM
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A GÊNESE GEOECONOMICA DO
TERRITORIO BRASILEIRO
1. •
Colonização: • Colônia: • Conquista e domínio territoriais: • Economia
Colonial: • Divisão internacional do trabalho: • Acumulação primitiva de
capital: • Espaços extrovertidos: • Arquipélago econômico.
2. Colonização Relação entre uma sociedade que se
expande e os lugares onde ocorre essa expansão, configurando uma conquista
territorial ou uma adição de território ao patrimônio do colonizador. Exemplo:
casos do Brasil e da América espanhola no colonialismo dos séculos XVI ao XIX e
da África e Ásia no neocolonialismo (séculos XIX e XX). Entretanto, cabe
esclarecer os sentidos da colonização (de exploração e de povoamento), seus
impactos na produção e organização dos espaços geográficos coloniais e sua
herança na atualidade.
3. COLÔNIA • Representa a consolidação de domínio
territorial, o que implica apropriação de terras, submissão das populações
defrontadas e também exploração dos recursos presentes no território colonial.
Exemplo: casos do Brasil, África e Ásia.
4. Conquista e domínio territoriais • A conquista
sintetiza a essência da colônia e pode ser considerada um traço comum na
maioria dos processos coloniais de exploração (envolvendo, inclusive, o uso da
violência). No período inicial da colonização, os europeus apropriaram-se de
uma natureza e de territórios já humanizados, em maior ou menor grau, por povos
que viviam no que viria a ser o atual território brasileiro. Desse modo, é
justo afirmar que o Brasil indígena antecede o Brasil lusitano e o Brasil contemporâneo.
5. ECONOMIA COLONIAL • Não se restringe apenas à
economia do período em que o Brasil foi colônia de Portugal, ou seja, até 1822,
ano correspondente à nossa independência política formal, mas prolonga-se até
praticamente 1860-1870. isso porque o que caracterizava a economia colonial
eram as relações escravagistas de produção que o Brasil manteve até 1888,
quando foi promulgada a Lei Áurea. Por esse critério, a implantação do
capitalismo no Brasil se deu quando foram introduzidas as relações assalariadas
de produção.
6. Divisão internacional do trabalho • De modo
simplificado, é a divisão do trabalho ou da produção, imposta pelos países
colonizadores (metrópoles), às suas colônias, cabendo a estas o fornecimento de
produtos primários e a compra de produtos manufaturados e industriais na
interdependência econômica estabelecida com aqueles.
7. ACUMULAÇÃO PRIMITIVA DE CAPITAL • Trata-se do
processo de acumulação de riquezas ocorrido na Europa, entre os séculos XVI e
XVIII, que possibilitou grandes transformação econômicas ocorridas com a
primeira Revolução Industrial (séculos XVIII e XIX).
8. ESPAÇOS EXTROVERTIDOS • Espaços geográficos
produzidos e organizados para atender o mercado externo. Exemplos: espaço da
agroindústria da cana-de-açúcar (séculos XVI e XVII), espaço da mineração
(séculos XIX e XX), espaço do café (século XIX e XX) etc.
9. ARQUIPÉLAGO ECONÔMICO • Expressa a falta de
integração entre as economias regionais que se constituíram como espaços
relativamente autônomos de produção e consumo, guardando relações mais
estreitas com os mercados externos do que entre si. Vale esclarecer para os
alunos que a expressão aplica- se à economia a à configuração geoeconômica do
território brasileiro no início do século XX, marcadas pela fragmentação em
ilhas regionais, em grande parte resultante da economia colonial.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM
2
A GÊNESE DAS FRONTEIRAS
BRASILEIRAS.
10. ETAPAS PARA CONSTITUIÇÃO DE UMA FRONTEIRA • A -
Definição; operação conceitual na qual é tratado um acordo sobre os princípios
gerais para a produção dos limites; • B – Delimitação; que consiste na fixação
dos limites por meio de tratados internacionais; • C – Demarcação; que é a
implantação física dos limites, por meio da construção de marcos em pontos
determinados; e por último. • D – Densificação ou Caracterização; etapa na qual
se realiza o aperfeiçoamento sistemático da materialização da linha divisória,
mediante intercalação de novos marcos, com o objetivo de torná-los cada vez
mais intervisíveis, isto é, facilmente perceptíveis para os dois lados.
11. UM CONTINENTE EM PÉ DE GUERRA • Travada entre três
países sul-americanos, a guerra do Pacífico teve como principal consequência a
perda dos territórios litorâneos da Bolívia. • Guerra do Pacífico é o nome dado
ao conflito que se deflagrou entre a Bolívia, Peru e Chile pela posse das
jazidas de salitre da região de Atacama.
12. UM CONTINENTE EM PÉ DE GUERRA • Equador • Carlos
Arroyo Del Río exerceu a última dessas presidências turbulentas de 1941 a 1944.
Sob sua administração ocorreram litígios de fronteira com o Peru, que ocupou
pela força grande parte da província do Oriente, área que reivindicava desde
1802. A ocupação foi oficializada, por decisão dos países mediadores (Brasil,
Argentina e Estados Unidos), no protocolo do Rio de Janeiro, em 1942.
13. UM CONTINENTE EM PÉ DE GUERRA • Venezuela • De 1888
a 1892, líderes civis tentaram estabelecer governos representativos até que o
general Joaquin Crespo assumiu o poder. Durante os seis anos de seu governo,
Crespo teve que enfrentar uma permanente desordem civil. A antiga disputa com o
Reino Unido pela definição da fronteira entre a Venezuela e a Guiana britânica
se inflamou depois que se descobriu ouro na região em litígio. Um tribunal
internacional, reunido por iniciativa dos Estados Unidos, deu parecer favorável
ao Reino Unido, em 1899, mas a sentença nunca foi reconhecida pela Venezuela.
14. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 TERRITÓRIO BRASILEIRO DO
ARQUIPÉLAGO AO CONTINETE • Brasil: do arquipélago ao continente: • Conceito de
meio natural: • Conceito meio técnico-científico-informacional.
15. Conceito de meio natural: • O meio natural é
compreendido como o momento em que ainda a natureza comandava a maioria das
ações humanas, no qual as técnicas e o trabalho eram totalmente associados às
dádivas da natureza. É caracterizado como o período do tempo lento, que se
estendeu do surgimento do homem em sociedade ao advento das máquinas.
16. Caracterização do meio natural • Associando a
caracterização do “meio natural” à caracterização geral do território
brasileiro entre os séculos XVI e início do XX, é possível destacar com os
alunos que durante séculos (século XVI até 1930), o Brasil pôde ser comprado a
um “arquipélago” ou país desarticulado. Em síntese, três ordens de fatores
podem ser destacadas.
17. OS TRÊS FATORES • 1. Povoamento: concentrado no
litoral e ao longo dos rios (influência do “meio natural”). Nas áreas mais
distantes da costa – o sertão – uma população dispersa se ocupava da criação
extensiva de gado e culturas de subsistência; • 2. Ausência de integração: as
áreas econômicas mais ativas e densamente povoadas estavam isoladas umas das
outras, comunicando-se apenas por via marítima (influência do “meio natural”.
18. OS TRÊS FATORES • 3. Ocupação econômica: até meados
do século XX, foi estimulada, principalmente, pela demanda de produtos para o
comércio exterior.
19. Conteúdos relacionados ao “meio natural” • O que
prevaleceu no Brasil entre os séculos XVI e início do XX e suas contrapartidas
territoriais observadas no mapa A (1890), sugere-se ressaltar e analisar com os
alunos: • 1. Os ciclos econômicos e a incorporação do Brasil na divisão
internacional da produção (inclusive, é interessante citar o caso da cidade de
Salvador – BA - como a primeira capital escolhida em 1549 por sua posição
geográfica no “coração” de um país desarticulado, cujo desenvolvimento ocorreu
graças à primeira atividade agrícola de peso, a cana-de- açúcar, no Recôncavo
Baiano e também na zona da Mata do Nordeste;
20. Conteúdos relacionados ao “meio natural” • 2. A
exploração do ouro e pedras preciosas a partir do século XVIII, responsável
pela incorporação de novas regiões à fronteira econômica (os atuais estados de
Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul; • 3. Como as necessidade
de escoamento e de fiscalização da produção mineral deram ao Rio de janeiro (que
se tornou a segunda capital da Colônia, em 1763 conforme refletido no mapa A)
as condições de desenvolvimento, ampliadas com a chegada da família real
portuguesa, em 1808.
21. MAPA B - 1940 • Relacionando o mapa com o conceito
de “meios técnicos” que também integra a sucessão dos meios geográficos no Brasil,
surge quando o homem começa a se sobrepor sobre o “império da natureza”, por
intermédio da construção de sistemas técnicos. No território brasileiro foi
asilado a incorporação das máquinas (telégrafos, ferrovias, portos, etc.), de
forma seletiva, caracterizando-se em poucos países e regiões (no caso
brasileiro, um exemplo seria São Paulo, conforme retrata o mapa B).
22. Final da segunda guerra mundial (1945) • Desta
época até a década de 1970, o meio técnico” apresenta subperíodos de transição,
que fornecerão as bases para a instalação do “meio técnico-científico-informacional”
Este se consolidará após um período de transição. • A revolução das
telecomunicações, no qual ciência e técnica passam a estar intrinsecamente
ligadas, ambas regidas pelas leis de mercado. Observe os eixos rodoviários e a
maior integração dos espaços à economia nacional.
23. Caracterização do “Meio Técnico” • Destacamos que
no século XIX, com o desenvolvimento da economia cafeeira no Sudeste, começou a
verificar-se uma nova inflexão no processo de valorização do território
brasileiro (o que coincide com a transição entre o “meio natural e o meio
técnico” suas principais características foram:
24. Caracterização do “Meio Técnico” • A construção de
sistemas técnicos com o surgimento de setores comerciais e bancários,
associados às novas condições de transportes e comunicações (estrada de ferro,
telégrafo e cabo submarino); • A relativa integração do território que , no
início do século XX, era constatada em torno do rio de janeiro e de São Paulo,
mas que, no entanto, não era efetiva nas demais regiões do pais, que mantinham
com aqueles centros relações tênues e esporádicas.
25. Caracterização do “Meio Técnico” • A
industrialização, cujo desenvolvimento ocorreu intensamente em São Paulo e
arredores, permitindo que a cidade e o estado tivessem adquirido papel centram
na vida econômica do país. • A ocupação econômica que, na década de 1950, foi
favorecida em virtude da ampliação dos esforços para equipar o espaço nacional
com vias de circulação e infraestrutura, fortalecendo as relações entre o
Sudeste e as demais regiões.
26. Caracterização do “Meio Técnico” • A construção de
Brasília, a nova capital do país, durante o governo de Juscelino Kubitschek,
(1956 – 1961), marco representativo do processo de interiorização, expandindo-o
em direção ao Centro-Oeste e á Amazônia.
27. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 – O BRASIL E A ECONOMIA
GLOBAL: MERCADOS INTERNACIONAIS • Clientes e fornecedores do Brasil; •
Participação relativa dos continentes no comércio exterior do Brasil; • Balança
comercial brasileira: superávits e déficits; • Relação entre o valor das
exportações e o das importações de um país, num determinado período de tempo.
28. • Termo que designa, em economia, a diferença
positiva entre receita e despesa na contabilidade de uma empresa ou na balança
comercial de um país. • Termo de origem latina que designa, em contabilidade e
finanças, situação orçamentária em que as despesas superaram a receita
disponível.