ENTREGA DIA 23 DE SETEMBRO 2016 ATÉ AS 12 H
COMPENSAÇÃO DE
AUSÊNCIA 2ª SÉRIES
CADA ATIVIDADE
AQUI PROPOSTA CORRESPONDE A UMA COMPENSAÇÃO DE AUSÊNCIA.
PRIMEIRO E
SEGUNDO BIMESTRE SEPARADAMENTE
INSTRUÇÕES A
SEREM SEGUIDAS E RESPEITADAS.
FOLHA ALMAÇO (SEM
SEPARAR AS PÁGINAS)
COMEÇAR O
TRABALHO COM FOLHA DE ROSTO DE ACORDO COM A ABNT
CANETA AZUL OU
PRETA
MANUSCRITO
OS MAPAS,
GRÁFICOS E QUADROS PODEM SER IMPRESSOS, RECORTADOS DE OUTROS MATERIAIS DE
GEOGRAFIA.
DE ACORDO COM O
CADERNO DO ALUNO VOLUME 01, COLOCAR O TÍTULO E A PÁGINA DA ATIVIDADE EM CADA
UMA.
VOCÊ DEVE FAZER
TANTAS ATIVIDADES QUANTAS FOREM NECESSÁRIAS PARA COMPENSAR CADA AUSÊNCIA.
ATIVIDADES EM
GRUPO QUE SE APRESENTAM DURANTE A ATIVIDADE, O ALUNO FARÁ INDIVIDUAL, PARA
PODER RESPONDER.
ATIVIDADE 01 -
PRIMEIRO BIMESTRE – volume 1
LEITURA E ANÁLISE
DE MAPA
EXERCÍCIOS da
página 06 até 14.
ATIVIDADE 02 -
PRIMEIRO BIMESTRE – volume 1
LEITURA E ANÁLISE
DE MAPA
EXERCÍCIOS da
página 15 até 21.
ATIVIDADE 03 -
PRIMEIRO BIMESTRE – volume 1
LEITURA E ANÁLISE
DE MAPA
EXERCÍCIOS da
página 22 até 29.
ATIVIDADE 04 -
PRIMEIRO BIMESTRE – volume 1
LEITURA E ANÁLISE
DE MAPA E TABELAS
EXERCÍCIOS da
página 30 até 35.
ATIVIDADE 05 -
PRIMEIRO BIMESTRE – volume 1
LEITURA E ANÁLISE
DE TEXTO E IMAGEM
EXERCÍCIOS da
página 38 até 47.
ATIVIDADE 01 - SEGUNDO
BIMESTRE – volume 1
LEITURA E ANÁLISE
DE MANCHETE DE JORNAL E TABELA
EXERCÍCIOS da
página 48 até 58.
ATIVIDADE 02 -
SEGUNDO BIMESTRE – volume 1
ANALISE E EXPLIQUE
O TEXTO A SEGUIR - OS CIRCUITOS DA PRODUÇÃO (I): O ESPAÇO INDUSTRIAL E, COLOQUE
IMAGENS DE ACORDO O TEXTO.
Circuitos de Produção:
Espaço Industrial
O espaço industrial no
Brasil
Há tempos, as indústrias vêm
conquistando o seu espaço no Brasil, tornando-se um dos elementos mais básicos
de uma determinada região. Trazendo consigo, sempre uma característica
marcante, a MUDANÇA, seja ela qual for, tanto na cultura como na economia ou
até mesmo no espaço que ela ocupa e no impacto que ela causará em seu ambiente.
A seguir, veremos um pouco
mais sobre essas indústrias, como e porque, que um lugar que comporta uma ou
várias indústrias se modifica, e modifica a vida de sua população; como os
meios de transporte e comunicação podem influenciar para a industrialização de
uma determinada região.
Porque as indústrias tendem
a se concentrar mais em uma determinada região? Como fica o desenvolvimento de
uma região pouco industrializada? Essas e outras questões, serão abordadas a
seguir, tendo como principal objetivo fazer que se entenda melhor o papel desta
gigante chamada INDÚSTRIA !
A DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS
INDÚSTRIAS NO BRASIL
A atividade industrial,
muito concentrada no Sudeste brasileiro, de uns tempos pra cá, vem se
distribuindo melhor entre as diversas regiões do país. Atualmente, seguindo uma
tendência mundial, o Brasil vem passando por um processo de descentralização
industrial, chamada por alguns autores de desindustrialização, que vem
ocorrendo intra-regionalmente e também entre as regiões.
Dentro da Região Sudeste há
uma tendência de saída do ABCD Paulista, buscando menores custos de produção do
interior paulista, no Vale do Paraíba ao longo da Rodovia Fernão Dias, que liga
São Paulo à Belo Horizonte. Estas áreas oferecem, além de incentivos fiscais,
menores custos de mão-de-obra, transportes menos congestionados e por tratarem-se
de cidades-médias, melhor qualidade de vida, o que é vital quando trata-se de
tecnopólos.
A desconcentração industrial
entre as regiões vem determinando o crescimento de cidades-médias dotadas de
boa infra-estrutura e com centros formadores de mão-de-obra qualificada,
geralmente universidades. Além disso, percebe-se um movimento de
indústrias tradicionais, de uso
intensivo de mão-de-obra, como a de calçados e vestuários para o Nordeste,
atraídas sobretudo, pela mão-de-obra extremamente barata.
A CONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL NO
SUDESTE
A distribuição espacial da
indústria brasileira, com acentuada concentração em São Paulo, foi determinada
pelo processo histórico, já que no momento do início da efetiva
industrialização, o estado tinha, devido à cafeicultura, os principais fatores
para instalação das indústrias a saber: capital, mercado consumidor,
mão-de-obra e transportes.
Além disso, a atuação
estatal através de diversos planos governamentais, como o Plano de Metas,
acentuou esta concentração no Sudeste, destacando novamente São Paulo. A partir
desse processo industrial e, respectiva concentração, o Brasil, que não possuía
um espaço geográfico nacional integrado, tendo uma estrutura de arquipélago
econômico com várias áreas desarticuladas, passa a se integrar. Esta integração
reflete nossa divisão inter-regional do trabalho, sendo tipicamente
centro-periferia, ou seja, com a região Sudeste polarizando as demais.
A exemplo do que ocorre em
outros países industrializados, existe no Brasil uma grande concentração
espacial da indústria no Sudeste.A concentração industrial no Sudeste é maior
no Estado de São Paulo, por motivos históricos. O processo de industrialização,
entretanto, não atingiu toda a região Sudeste, o que produziu espaços
geográficos diferenciados e grandes desigualdades dentro da própria região. A
cidade de São Paulo, o ABCD(Santo André,São Bernardo do Campo, São Caetano e
Diadema)e centros próximos, como Campinas, Jundiaí e São José dos Campos
possuem uma superconcentração industrial, elaborando espaços geográficos
integrados à região metropolitana de São Paulo.Esta área tornou-se o centro da
industrialização, que se expandiu nas seguintes direções: par a Baixada
Santista, para a região de Sorocaba, para o Vale do Paraíba – Rio de Janeiro e
interior, alcançando Ribeirão Preto e São José do Rio Preto.
AS ATIVIDADES ECONÔMICAS E
INDUSTRIAIS NAS 05 REGIÕES DO BRASIL
Sudeste:
Como descrito anteriormente,
o Sudeste, é a região que possui a maior concentração industrial do país.
Nesta área, os principais
tipos de indústrias são: automobilística, petroquímica,de produtos químicos,
alimentares, de minerais não metálicos, têxtil, de vestuário, metalúrgica,
mecânica, etc. É um centro polindustrial, marcado pela variedade e volume de
produção.
Várias empresas
multinacionais operam nos setores automobilísticos de máquinas e motores,
produtos químicos, petroquímicos, etc. As empresas governamentais atuam
principalmente nos setores de siderurgia. Petróleo e metalurgia, enquanto
empresas nacionais ocupam áreas diversificadas.
O grande interesse de
empresas multinacionais é principalmente pela mão-de-obra mais barata, pelo
forte mercado consumidor e pela exportação dos produtos industriais a preços
mais baixos. Quem observa a saída de navios dos portos de Santos e do Rio de
Janeiro tem oportunidade de verificar quantos produtos industriais saem do
Brasil para outros países. E aí vem a pergunta:com quem fica o lucro dessas
operações? Será que fica para os trabalhadores que as produziram?
A cidade do Rio de Janeiro,
caracterizada durante muito tempo como capital administrativa do Brasil até a
criação de Brasília, possui também um grande parque industrial. Porém, não tem
as mesmas características de alta produção e concentração de São Paulo.
Constitui-se também,de empresas de vários tipos, destacando-se as indústrias de
refino de petróleo, estaleiros, indústria de material de transporte, tecelagem,
metalurgia, papel, têxtil, vestuário, alimentos, etc.
Minas Gerais, de passado
ligado à mineração, assumiu importância no setor metalúrgico após a 2º Guerra
Mundial e passou a produzir principalmente aço, ferro-gusa e cimento para as
principais fábricas do Sudeste. Belo Horizonte tornou-se um centro industrial
diversificado, com indústrias que vão desde o extrativismo ao setor
automobilístico.
Além do triângulo São
Paulo,Rio de Janeiro,Belo Horizonte, existem no Sudeste outras áreas
industriais, a maioria apresentando ligação direta com algum produto ou com a ocorrência de matéria-prima. É o caso
de Volta Redonda, Ipatinga, Timóteo, João Monlevade e Ouro Branco, entre
outras, ligadas à siderurgia.Outros centros industriais estão ligados à
produção local, como Campos e Macaé (açúcar e álcool), Três Corações, Araxá e
Itaperuna(leite e derivados), Franca e Nova Serrana(calçados), Araguari e
Uberlândia(cereais), etc.
O estado do Espírito Santo é
o menos industrializado do Sudeste, tendo centros industriais especializados
como: Aracruz , Ibiraçu, Cachoeiro de Itapemirim
Vitória, a capital do
Estado, tem atividades econômicas diversificadas, relacionadas à sua situação
portuária e às indústrias ligadas à usina siderúrgica de Tubarão.
No Sudeste, outras
atividades estão muito ligadas à vida urbana e industrial:comércio, serviço
público, profissionais liberais, educação, serviços bancários, de comunicação,
de transporte , etc.Quanto maior a cidade, maior variedade de profissionais
aparecem ligados às atividades urbanas.
Como entre São Paulo, Rio e
Belo Horizonte concentra-se a maior produção industrial do país, a circulação
de pessoas e mercadorias é muito intensa na região. Milhares de pessoas estão
envolvidas na comercialização, transporte e distribuição dos produtos
destinados à industrialização, ao consumo interno ou à exportação. Considerada
também o centro cultural do país, a região possui uma vasta rede de prestação
de serviços em todos os ramos, com grande capacidade de expansão, graças ao
crescimento de suas cidades.
Sul:
A industrialização do Sul,
tem muita vinculação com a produção agrária e dentro da divisão regional do
trabalho visa o abastecimento do mercado interno e as exportações.
O imigrante foi um elemento
muito importante no início da industrialização como mercado consumidor e no
processo industrial de produtos agrícolas, muitas vezes em estrutura familiar e
artesanal.
A industrialização de São
Paulo implicou na incorporação do espaço do Sul como fonte de matéria-prima,
Implicou também na incapacidade de concorrência das indústrias do sul, que
passaram a exportar seus produtos tradicionais como calçados e produtos
alimentares, para o exterior. Com as transformações espaciais ocasionadas pela
expansão da soja, o Sul passou a ter investimentos estrangeiros em indústrias
de implementos agrícolas.
A indústria passou a se
diversificar para produzir bens intermediários para as indústrias de São
Paulo. Nesse sentido o sul passou a
complementar a produção do Sudeste. Daí considerarmos o Sul como sub-região do
Centro-Sul.
Objetivando a integração
brasileira com os países do Mercosul, a indústria do Sul conta com empresas no
setor petroquímico, carboquímico, siderúrgico e em indústrias de ponta
(informática e química fina).
A reorganização e
modernização da indústria do sul necessitam também de uma política nacional que
possibilite o aproveitamento das possibilidades de integração da agropecuária e
da indústria, à implantação e crescimento da produção de bens de capital(
máquinas, equipamentos), de indústrias de ponta em condições de concorrência
com as indústrias de São Paulo.
Nordeste:
A industrialização dessa
região vem se modificando, modernizando, mas sofre a concorrência com as
indústrias do Centro-Sul, principalmente de São Paulo, que utilizam um
maquinário tecnologicamente mais sofisticado.
A agroindústria açucareira é
uma das mais importantes, visando sobretudo a exportação do açúcar e do álcool.
As indústrias continuam a
tendência de intensificar a produção ligada à agricultura (alimentos, têxteis,
bebidas) e as novas indústrias metalúrgicas, químicas, mecânicas e outras.
A exploração petrolífera no
Recôncavo Baiano trouxe para a região indústrias ligadas à produção refino e
utilização de derivados do petróleo.
Essa nova indústria , de
alta tecnologia e capital intenso, não absorve a mão-de-obra que passa a
subempregar-se na área de serviços ou fica desempregada.
As indústrias estão
concentradas nas mãos de poucos empresários e os salários pagos são muito
baixos, acarretando o empobrecimento da população operária.
O sistema industrial do
Nordeste, concentrado na Zona da Mata, tem pouca integração interna.
Encontra-se somente em alguns pontos dispersos e concentra-se sobretudo nas
regiões metropolitanas:Recife, Salvador e Fortaleza .
Com vistas à política do
Governo Federal para o Programa de Corredores da Exportação, instituído no
final da década de 70 para atender ao escoamento da produção destinada ao
mercado externo, foram realizadas obras nos terminais açucareiros dos portos de
Recife e Maceió.
A rede rodoviária acha-se
mais integrada a outras regiões do que dentro do próprio Nordeste. A construção
da rodovia , ligando o Nordeste(Zona da Mata) ao Sudeste e ao Sul, possibilitou
o abastecimento do Nordeste com produtos industrializados no Sudeste e o
deslocamento da população nordestina em direção a este.
Centro-Oeste:
Na década de 60, a
industrialização a nível nacional adquire novos padrões. As indústrias de
máquinas e insumos agrícolas, instaladas no Sudeste, tiveram mercado consumidor
certo no Centro-Oeste, ao incentivarem-se os cultivos dos produtos de
exportação em grandes áreas mecanizadas.
A partir da década de 70, o
Governo Federal implantou uma nova política econômica visando a exportação
.Para atender às necessidades econômicas brasileiras e a sua participação
dentro da divisão internacional do trabalho, caberia ao Centro-Oeste a função de produtor de grãos
e carnes para exportação.
Com tudo isso, o
Centro-Oeste tornou-se a segunda região em criação de bovinos do País, sendo
esta a atividade econômica mais importante da sub-região. Sua produção de carne
visa o mercado interno e externo.
Existem grandes matadouros e
frigoríficos que industrializam os produtos de exportação. O abastecimento
regional é feito pelos matadouros de porte médio e matadouros municipais, além
dos abates clandestinos que não passam pela fiscalização do Serviço de Inspeção
Federal.
Sua industrialização se
baseia no beneficiamento de matérias-primas e cereais, além do abate de reses o
que contribui para o maior valor de sua
produção industrial . As outras atividades industriais são voltadas para a
produção de bens de consumo, como :alimentos, móveis etc. A indústria de
alimentos, a partir de 1990, passou a se
instalar nos pólos produtores de matérias-primas, provocando um avanço na
agroindústria do Centro-Oeste. A CEVAL, instalada em Dourados MS, por exemplo,
já processa 50% da soja na própria área.
No estado de Goiás por
exemplo ,existem indústrias em Goiânia, Anápolis,Itumbiara, Pires do rio,Catalão,
Goianésia e Ceres. Goiânia e Anápolis, localizadas na área de maior
desenvolvimento econômico da região, são os centros industriais mais
significativos, graças ao seu mercado consumidor, que estimula o
desenvolvimento industrial.
Enquanto outras áreas
apresentam indústrias ligadas aos produtos alimentares, minerais não metálicos
e madeira, esta área possui certa diversificação industrial.Contudo, os
produtos alimentares representam o maior valor da produção industrial.
Norte:
A atividade industrial no
Norte, é pouco expressiva, se comparada com outras regiões brasileiras. Porém,
os investimentos aplicados, principalmente nas últimas décadas, na área dos
transportes, comunicações e energia possibilitaram à algumas áreas o
crescimento no setor industrial , visando à exportação.
Grande parte das indústrias
está localizada próxima à fonte de matérias-primas como a extração de minerais
e madeiras, com pequeno beneficiamento dos produtos.
A agroindústria regional
dedica-se basicamente ao beneficiamento de matérias-primas diversas, destacando-se a produção de
laticínios;o processamento de carne, ossos e couro; a preservação do pescado,
por congelação, defumação, salga, enlatamento; a extração de suco de frutas; o
esmagamento de sementes para fabricação de óleos; a destilação de essências
florestais; prensagem de juta, etc.Tais atividades, além de aumentarem o valor
final da matéria-prima, geram empregos.
As principais regiões
industriais são Belém e Manaus. Na Amazônia não acontece como no Centro-sul do
país, a criação de áreas industriais de grandes dimensões.
Mais adiante veremos sobre a
criação da Zona Franca de Manaus.
COMO A IMPLANTAÇAO DE UMA
INDÚSTRIA PODE ALTERAR NA CULTURA E NAS RELAÇÕES DE TRABALHO NA REGIÃO EM QUE
FOI IMPLANTADA
Já é do conhecimento de
todos nós, que quando uma indústria é implantada em determinada região, várias
mudanças acontecem, dentre elas, mudanças no espaço geográfico, mudanças culturais,e principalmente, mudanças na
economia.
A implantação de uma
indústria, modifica a cultura, pois, um trabalho que artesanalmente era
executado pelo povo, e tido como tradição, cede seu lugar, muitas vezes à
máquinas pesadas, e que exercem sozinhas e
em pouco tempo, o serviço que muitas vezes, era desempenhado por várias
pessoas e em um período de tempo muito maior.Assim, milhares de postos de
trabalho se extinguiam,fazendo-se aumentar o número de empregos informais
surgidos nessa região.
Além de mudanças na cultura
e economia , surgem também, mudanças no espaço geográfico:em alguns casos, as
industrias são implantadas, sem maior avaliação dos danos que ela poderá
causar, acarretando conseqüências gravíssimas posteriormente.
A ZONA FRANCA DE MANAUS
A ZFM foi criada em 1957
originalmente através da Lei 3.173 com o objetivo de estabelecer em Manaus um
entreposto destinado ao beneficiamento de produtos para posterior exportação.
Em 1967, a ZFM foi subordinada diretamente ao Ministério do Interior, através
da SUFRAMA (pelo Decreto-Lei nº 288). O
decreto estabelecia incentivos com vigência até o ano 1997.
Ao longo dos anos 70, os
incentivos fiscais atraíram para a ZFM investimentos de empresas nacionais e
estrangeiras anteriormente instaladas no sul do Brasil, bem como investimentos
de novas ET, principalmente da indústria eletrônica de consumo. Nos anos 80, a
Política Nacional de Informática impediu que a produção de computadores e
periféricos e de equipamentos de telecomunicações se deslocasse para Manaus e a
ZFM manteve apenas o segmento de consumo da indústria eletrônica.
A Constituição de 1988
prorrogou a vigência dos incentivos fiscais da União para a ZFM até o ano
2.013, mas com a abertura da economia, nos anos 90, esses incentivos perderam
eficácia. Simultaneamente, os produtos fabricados na ZFM passaram a enfrentar a
concorrência com produtos importados no mercado doméstico brasileiro. As
empresas estabelecidas em Manaus promoveram um forte ajuste com redução do
emprego e aumento do conteúdo importado dos produtos finais.
A RELAÇÃO DOS MEIOS DE
TRANSPORTE E COMUNICAÇÃO, E DO COMÉRCIO COM A INDUSTRIALIZAÇÃO DE UMA
DETERMINADA REGIÃO
Os meios de transporte,
comunicação e comércio, são os fatores cruciais para que se implante uma
indústria em uma determinada região.
Para ser determinado estratégico para a implantação de
uma indústria, um local tem que ter fácil acesso à rodovias, que escoem a
sua produção para as diversas regiões do país e os portos, visando a
exportação.
Os meios de comunicação,
também são vitais, para que sejam feitos os contatos necessários para se fechar
grandes negócios, visando a obtenção de lucros mais altos, para o crescimento
da indústria, a atualização dos conhecimentos e a velocidade de comunicação.
O comércio, também é muito
importante, pois para que se produza alguma coisa , é necessário que haja
mercado para este produto, e o comércio tem o papel de intermediário entre o
produtor e o consumidor final.
OS IMPACTOS AMBIENTAIS
CAUSADOS PELA INDÚSTRIA
As economias capitalistas
tiveram, do pós guerra até meados da década de 70, uma das fases de maior
expansão e transformações da estrutura produtiva, sob a égide do setor
industrial. Essa expansão foi liderada por dois grandes subsetores: o
metal-mecânico (indústria de automotores, bens de capital e do consumo
duráveis) e a química (especialmente a petroquímica).
A rápida implantação da
matriz industrial internacional no Brasil internalizou os vetores produtivos da
químico-petroquímica, da metal-mecânica, da indústria de material de
transporte, da indústria madeireira, de papel e celulose e de minerais
não-metálicos todos com uma forte carga de impacto sobre o meio ambiente.
De maneira geral, e
abstraindo as características de cada ecossistema, o impacto do setor
industrial sobre o meio ambiente depende de três grandes fatores: da natureza
da estrutura da indústria em distintas relações com o meio natural; da
intensiva e concentração espacial dos gêneros e ramos industriais; e o padrão
tecnológico do processo produtivo- tecnologias de filtragem e processamento dos
efluentes além do reaproveitamento econômico dos subprodutos.
A industrialização maciça e
tardia incorporou padrões tecnológicos avançados para base nacional, mas
ultrapassados no que se refere ao meio ambiente, com escassos elementos
tecnológicos de tratamento, reciclagem e reprocessamento.
Enquanto o Brasil começa a
realizar ajustes no perfil da indústria nacional, a economia mundial ingressa
em um novo ciclo de paradigma tecnológico. Ao contrário da industrialização do
pós-guerra, altamente consumidora de recursos naturais – matérias – primas,
“commodities” e energéticos, o novo padrão de crescimento tende a uma demanda
elevada de informação e conhecimento com diminuição relativa do “consumo” de
recursos ambientais e de “produção” de efluentes poluidores.
CONCLUSÃO
Uma indústria em uma certa
região, pode ser benéfica tanto quanto prejudicial, pois ao mesmo tempo que
contribui para o crescimento, ela pode estar executando a massificação da
cultura de um povo.
Muitas vezes, o prejuízo
natural causado por um acidente ambiental, tendo como protagonista uma indústria,
pode não ser revisto nunca mais, matando ecossistemas inteiros,um prejuízo sem
recuperação.
Uma indústria, também pode
contribuir fortemente para o desenvolvimento da população, gerando inúmeros
empregos diretos e indiretos.
Será que hoje em dia a
humanidade conseguiria viver sem comodidade e tecnologia? Sem um celular ou um
computador, ou mesmo uma televisão ou um rádio?
E se não existisse o carro?
Ou mesmo você não pudesse nem sonhar em ir de ônibus para o trabalho, tivesse
que ir de carro de boi? Enfim, o mundo não seria o mesmo, sem seus produtos
industrializados!
ATIVIDADE 03 -
SEGUNDO BIMESTRE – volume 1
ANALISE E EXPLIQUE
O TEXTO A SEGUIR - OS CIRCUITOS DA PRODUÇÃO (II): O ESPAÇO AGROPECUÁRIO E,
COLOQUE IMAGENS DE ACORDO O TEXTO.
PRODUÇÃO DO
ESPAÇO, SISTEMAS TÉCNICOS E DIVISÃO TERRITORIAL DO TRABALHO (RESUMO)
Como a produção
do espaço resulta do trabalho social que se funda no sistema técnico imperante
em cada fase da história., o conjunto das tarefas executadas pela sociedade
reflete a correlação entre espaço produzido e as técnicas disponíveis em
determinada época, também chamada de ciclo. O Brasil nasceu na região do
nordeste atual, do litoral (com a cana) ao interior ou o amplo sertão
nordestino, com a pecuária. Neste, sucederam do séc. XVII ao XXI vários sistemas
técnicos caracterizantes da pecuária, cotonicultura, extrativismo,
agroindústria e turismo. Cada um com suas especificidades de trabalho. Tomamos,
como referência territorial, uma parte de uma das unidades
político-adiministrativas, o estado do Ceará no Nordeste Oriental, cujo
trabalho sempre esteve ligado, direta ou indiretamente, à ordem internacional,
quer da metrópole (Portugal) quer de outros mercados1.
O espaço, como
produto do trabalho social, estabelece a condição de continuidade da sociedade,
pois cada nova geração sobrevive utilizando-se dos objetos do passado,
superpondo-lhes ou acrescentando-lhes outras criações. O geógrafo Allen Scott
(1988) diz que "sob as pressões da acumulação, o mundo social está
continuamente sendo transformado e retransformado". Com o tempo, o espaço
se complexifica e, com as novas condições de comunicabilidade entre os grupos
sociais, o espaço ultrapassa o local, tornando-se universal.
As técnicas de
uma época estão no espaço produzido. O tempo está, assim, no espaço. Neste, o
tempo se denuncia pela presença de diferentes modos de produção. Daí Santos
(1980, p.163) dizer que "cada vez que o uso social do tempo muda, a
organização do espaço muda igualmente. De um estágio da produção a um outro, de
um comando do tempo a um outro, de uma organização do espaço a uma outra, o
homem está cada dia e permanentemente escrevendo sua História, que é ao mesmo
tempo a história do trabalho produtivo e a história do espaço."
No capitalismo,
essas exigências de fazer e refazer formas assumem um caráter cíclico. Harvey
(citado por Soja, 1993) sintetizou esse caráter do sistema: "as
contradições internas do capitalismo expressam-se através da formação e
re-formação irrequietas das paisagens geográficas. É de acordo com essa música
que a geografia histórica do capitalismo tem que dançar,
ininterruptamente"
Essa afirmação de
David Harvey nos leva ao tema dos ciclos, debatidos e teorizados por pensadores
de diferentes posturas ideológicas 2, como a teoria dos ciclos longos ou das
ondas de Kondratieff.
Nesse corpo
teórico, a análise ultrapassa os limites da economia, porquanto vê o sistema em
sua totalidade, incluindo "componentes tecnológicos e sociais em interação
com o subsistema econômico (Perez) ou, como nos diz o economista brasileiro
Ignácio Rangel: "os ciclos econômicos não são apenas fatos econômicos. São
fatos sociais, no mais alto sentido dessa expressão" (Folha de São Paulo,
04/08/88). Se são fatos sociais, exprimem-se nas feições da "segunda
natureza".
Esses ciclos
estão relacionados com as mudanças tecno-econômicas e sócio-institucionais. À
medida que elas apresentam uma sintonia há uma tendência de refazer-se da crise
e o sistema toma impulso, fase em que se propõe chamar de fase "A".
Quando o sistema capitalismo entra em crise, com o desajuste dos dois
subsistemas (tecno-econômico e sócio-institucional), entra na depressão ou fase
"B".
Desde o século
XVIII que, com o controle e a condensação do conhecimento tecnológico
transformado em técnica, o capitalismo reedifica-se e solidifica-se, embora
dentro das contradições que lhe são inerentes. Os grandes períodos, grandes
ciclos ou ondas longas, de duração entre 50 e 60 anos, são marcados por
determinados conjuntos de descobertas, de inovações conjugadas que estabelecem
uma nova forma de produção e de consumo, possibilitando uma outra dinâmica à
vida global da sociedade, afeiçoando-a a um outro paradigma. Dessa maneira,
mudam-se as funções, ressurgem formas novas para melhor atender a reanimação
dos fluxos de que resulta a produção de um novo espaço, o espaço da modernidade
de então. É porisso que podemos falar do espaço de uma determinada época, de
novas funções das formas ressurgentes, de "rugosidades"3, de reestruturação
do sistema da renovação do espaço geográfico e de inovação da modalidades e das
formas de relações de trabalho.
Na compreensão do
economista europeu Joseph Schumpeter (1883-1950), essa fluidez do sistema em,
periodicamente, apresentar rupturas e posterior ajustamento deve-se à sua
dinâmica basear-se na vaga contínua de destruição criativa. Essa idéia se
fundamenta na ação dos empresários inovadores que, diante da crise, assimilam a
nova ordem técnica e adotam métodos capazes de produzir a custo menor. A base
do contexto capitalista está na "abertura de novos mercados, externos ou
internos, e o progresso de organização desde o artesanato até a indústria que,
incessantemente, revoluciona a estrutura econômica, destruindo incessantemente
a antiga e incessantemente criando uma nova. Este processo de destruição
criativa é o fato essencial do capitalismo" (Schumpeter,1946, p.103-4).
Para Soja (1993),
"a reestruturação, em seu sentido mais amplo, transmite a noção de uma
ruptura nas tendências seculares, e de uma mudança em direção a uma ordem e uma
configuração significativamente diferentes da vida social, econômica e
política. Evoca, pois, uma combinação seqüencial de desmoronamento e
reconstrução, de desconstrução e tentativa de reconstituição..." (p. 193).
O espaço é a expressão mais significante dessa mudança. Nesse aspecto, a cidade
é o lugar de maior demonstração do espaço reconstruído e criador de extensores
capazes de vincular diferentes pontos, proporcionando a abertura de novos
mercados que oferecem meios para a nova ordem que se constrói. Dela partem as
ordens, as informações e as comunicações que definem as modalidades de uso dos
territórios, da organização da produção e de forma de existência do homem.
Embora esse
norteamento teórico esteja mais intimamente relacionado ao conjunto global do
sistema capitalista, essa reflexão nos leva a compreender porque subespaços
também passam por ciclos. Isso ocorre, especialmente, quando notamos a inserção
econômica e produtiva desses subespaços. Isto se faz quando esses pedaços de
espaço recebem ordens externas, como sempre tem sido o caso do nordeste
brasileiro.
ATIVIDADE 04 -
SEGUNDO BIMESTRE – volume 1
ANALISE E EXPLIQUE
O TEXTO A SEGUIR - O BRASIL E A ECONOMIA GLOBAL: MERCADOS INTERNACIONAIS E, COLOQUE IMAGENS DE
ACORDO O TEXTO.
DIVISÃO DENTRO DO
CONSUMO DE MERCADORIAS:
• “clientes”
correspondem aos principais mercados para os quais o Brasil exporta seus
produtos;
• “fornecedores”
correspondem aos principais mercados dos quais o Brasil importa produtos.
Os Estados Unidos
e o Japão têm grande participação no comércio exterior brasileiro com destaque
às exportações para o Japão.
A dinâmica do
comércio exterior, em geral, e, em particular, do comércio exterior brasileiro
segue uma lógica em alguns momentos aspectos positivos e em alguns momentos
negativos, ou seja, bom quando temos superávit* em nossa “Balança comercial”* e
ruim quando ficamos em déficit*.
“Balança
comercial” é o termo utilizado para representar as importações e exportações de
um país. Quando o saldo da balança comercial é positivo, significa que as
exportações são maiores que as importações e, portanto, há superávit; quando o
saldo da balança comercial é negativo, há déficit.
O significado dos
seguintes termos usados na dinâmica dos mercados:
• Barreiras
comerciais: barreiras impostas à livre circulação de mercadorias entre os
países.
• Subsídios:
ajuda financeira que os governos concedem aos produtores com o objetivo de
ampliar a competitividade de determinados setores da economia nacional.
• Países
emergentes: países que apresentam grande crescimento no cenário econômico e
político mundial, tais como o Brasil, a China e a Índia.
• União Europeia:
bloco econômico formado por 27 países da Europa.
• Salvaguardas:
ressalvas em um acordo comercial que permitem que os países protejam o mercado
para determinados produtos.
• PIB global
(Produto Interno Bruto global): soma de todas as riquezas produzidas no mundo.
Na Fórum de
Diálogo Índia-Brasil-África do Sul (Ibas) foi estabelecido em 6 de junho de
2003, mediante a “Declaração de Brasília”. Suas metas principais são aproximar
as posições dos três países em instâncias multilaterais, desenvolver a
cooperação comercial, científica e cultural no âmbito Sul-Sul e democratizar a
tomada de decisão internacional no âmbito de fóruns e organismos
internacionais. Os países do Ibas buscam interesses convergentes, como reformar
o Conselho de Segurança das Nações Unidas e mudar a política de subsídios
agrícolas praticada pelos países desenvolvidos. Em função desses objetivos
comuns, defendem uma ordem internacional multipolar, estruturada com maior
atenção aos países em desenvolvimento.
Pontos de discussões sobre o comércio
internacional que interessa a dinamização do comércio brasileiro:
• A Área de
Livre-Comércio das Américas (Alca) foi um acordo proposto pelos Estados Unidos
para 34 nações americanas com o objetivo de criar uma zona de comércio sem
barreiras alfandegárias. Em função de divergências ideológicas com os Estados
Unidos, Cuba não participaria dessa proposta. O principal interesse da Alca era
promover o aumento da entrada dos produtos e serviços norte-americanos no
continente, fato que após longas negociações provocou desconfiança entre os
movimentos sindicais e sociais latino-americanos, que ao temerem a perda de
empregos, se opuseram à Alca. Além das articulações em torno do acordo terem
esbarrado nessas dificuldades, ele foi interrompido em função de divergências
entre os países. Em novembro de 2005, foi realizada a última Cúpula das
Américas, que reuniu os governantes do continente, marcando o fracasso do
acordo.
• O G-20 foi
criado em Cancún, no México, em 2003, sob a liderança do Brasil. Consiste em um
grupo formado por mais de 20 países, tanto desenvolvidos como também, e
principalmente, emergentes e em desenvolvimento, que lutam por uma maior
liberalização do comércio global.
• Junto à OMC, o
G-20 busca a redução dos subsídios agrícolas que os países desenvolvidos
concedem aos seus produtores rurais, de forma a ampliar a participação dos
países emergentes no comércio mundial de alimentos.
É de máxima
importância da participação brasileira em questões de caráter internacional e o
seu papel de influência na América Latina e também entre outros países do
Hemisfério Sul. Nesse sentido, deve-se criar iniciativas de cooperação nas
áreas de educação, saúde e tecnologia, entre outras.
Questões importante sobre os subsídios
agrícolas que prejudicam o Brasil:
Estados Unidos e
os países da União Europeia podem ser citados como os que utilizam subsídios
agrícolas. Entre outros produtos, os EUA subsidiam milho, trigo, soja e suco de
laranja. A UE, por sua vez, subsidia principalmente cereais, como trigo, milho,
além de carne e leite, erguendo barreiras fitossanitárias para impedir a
importação, o que compromete inclusive as exportações de carne brasileira. Na
UE, desde a década de 1960, a existência da Política Agrícola Comum (PAC)
garante subsídios agropecuários para todos os países-membros. No interior da
UE, a França se destaca como um dos países que mais defende a manutenção dos
subsídios.
Existem vários
exemplos dos resultados alcançados pela ação brasileira contra os subsídios,
como a vitória do Brasil na Organização Mundial de Comércio (OMC) contra os
subsídios norte-americanos para o aço e o algodão. Apesar de os EUA serem o
maior parceiro comercial do Brasil, nos últimos anos o governo brasileiro
fortalece seu compromisso com a defesa de um comércio mais igualitário entre
países desenvolvidos e subdesenvolvidos.
ATIVIDADE 05 -
SEGUNDO BIMESTRE – volume 1
ANALISE E EXPLIQUE
O TEXTO A SEGUIR - TERRITÓRIO BRASILEIRO: DO “ARQUIPÉLAGO” AO “CONTINENTE” E,
COLOQUE IMAGENS DE ACORDO O TEXTO.
A inauguração de
Brasília, em 21 de abril de 1960, promoveu um avanço dos espaços realmente
integrados à economia nacional, antes restritos às áreas de influência das
capitais dos Estados do Nordeste e do Sul, de São Paulo e do Rio de Janeiro
(antiga Capital Federal).
A importância
econômica e populacional das capitais dos Estados brasileiros acompanhou a
expansão dos espaços realmente integrados à economia nacional. A magnitude de
São Paulo e Rio de Janeiro na década de 1990 , diante de outras capitais
explica-se em função da importância econômica que desfrutaram no passado como
também à centralidade política exercida pela segunda até a mudança da Capital
Federal para Brasilia o sentido da principal corrente migratória parte dos
Estados do Nordeste brasileiro (em particular, Ceará) para o Estado do Amazonas
e outros da Grande Região Norte, é possível compreender que a busca por drogas
do sertão e o surto da borracha consistiram nas principais atividades
econômicas que impulsionaram esse fluxo migratório na década de 1960.
Meio Natural
As transformações do meio natural ocorrem lentamente,
ao contrário das que ocorrem no meio técnico, que se dão rapidamente com o
advento das máquinas.O povoamento concentrado no litoral e ao longo dos rios,
dada a importância dessas áreas para o transporte e dos recursos naturais nelas
existentes para a subsistência das populações (nas áreas mais distantes da
costa – o sertão uma população dispersa se ocupava da criação extensiva de gado
e culturas de subsistência, sendo que as comunicações eram difíceis). A
ausência de integração é outra característica que pode ser associada ao meio
natural: as áreas econômicas mais ativas
e densamente povoadas estavam isoladas umas das outras, comunicando-se apenas
por via marítima (influência do meio natural). O meio técnico surge quando o
ser humano começa a se sobrepor sobre o “império da natureza” por intermédio da
construção de sistemas técnicos.
Entre os anos
1890 e 1940 corresponderam a períodos nos quais os sistemas técnicos foram
adensados no território brasileiro por meio da incorporação das máquinas (telégrafos,
ferrovias, portos etc.) de forma seletiva. Esse meio esteve na origem das
desigualdades regionais. No século XIX, por exemplo, com o desenvolvimento da
economia cafeeira no Sudeste, verifica-se uma nova inflexão no processo de
valorização do território brasileiro (o que também coincide com a transição
entre o meio natural e o meio técnico). Suas principais características foram:
• a construção de
sistemas técnicos, com o surgimento de setores comerciais e bancários,
associados às novas condições de transportes e comunicações (estrada de ferro,
telégrafo e cabo submarino);
• a relativa
integração do território que, no início do século XX, era constatada em torno
do Rio de Janeiro e de São Paulo, mas que, no entanto, não era efetiva nas
demais regiões do país, que mantinham com esses centros relações tênues e
esporádicas;
• a
industrialização, cujo desenvolvimento ocorreu intensamente em São Paulo e
arredores, permitindo que a cidade e o Estado adquirissem papel central na vida
econômica do país;
• a ocupação
econômica que, na década de 1950, foi favorecida em virtude da ampliação dos
esforços para equipar o espaço nacional com vias de circulação e
infraestrutura, fortalecendo as relações entre o Sudeste e as demais regiões;
• a construção de
Brasília, a nova capital do país, durante o governo de Juscelino Kubitschek
(1956-1961), foi marco representativo do processo de interiorização,
expandindo-o em direção ao Centro-Oeste e à Amazônia;
• e, por último,
esse conjunto de processos ajudou a consolidar uma configuração territorial que
favoreceu o Estado de São Paulo, cuja capital firmou-se como a metrópole
econômica do país (aspecto claramente representado nos mapas relativos aos anos
1940 e 1990);
O conceito de
meio técnico-científico-informacional refere-se ao meio geográfico atual, cujo
surgimento ocorreu a partir da década de 1970, no qual a informação passou a
ser variável fundamental no período de globalização, de constituição de um
mercado global e de uma unicidade técnica planetária. Seu funcionamento tem
como base técnica a fusão das tecnologias da informação com as
telecomunicações, gerando as novas tecnologias da informação.
No que diz
respeito às transformações no território brasileiro decorrentes do meio
técnico-científico-informacional, podemos destacar;
• aspectos
relacionados à infraestrutura e integração nacional, como: aproveitamento das
principais bacias hidrográficas para a produção de eletricidade; modernização
dos portos; construção de ferrovias orientadas para produtos especializados;
desenvolvimento da rede rodoviária com a construção de autopistas nos
principais eixos de circulação e de estradas vicinais (principalmente nas áreas
de maior densidade econômica); instalação de rede de telecomunicações de alcance
em todos os municípios, viabilizando o contato dos lugares com o restante do
mundo;
• aspectos
associados à diversificação econômica e à desconcentração industrial: ou seja,
a partir das bases do desenvolvimento criadas anteriormente (sucessivos meios
técnicos), a indústria tornou-se diversificada, inclusive iniciando sua
desconcentração; a agricultura, por sua vez, se modernizou no Sul e no Sudeste
e em outras regiões onde se destacam os Estados do Mato Grosso do Sul, Mato
Grosso, Goiás e Bahia (no caso do Nordeste, a difusão da irrigação permitiu o
aproveitamento agrícola intensivo em parte de suas terras);
• aspectos
relacionados à nova fase de urbanização: se, por um lado, nos primeiros 450
anos da história do Brasil, o povoamento e a urbanização foram praticamente
litorâneos, atualmente constata-se um país urbanizado, com uma taxa de
urbanização superior a 75% e diversos níveis e tipos de cidades. Fatos
semelhantes expressam que o país passa por uma nova fase da organização do
espaço e da urbanização, fundada em uma vida de relações mais extensas e mais
intensas. Desde a década de 1970, constata-se a difusão do fenômeno urbano em
todas as regiões (urbanização do território), com a multiplicação do número de
cidades locais, a criação de numerosas cidades médias em todos os Estados. Ao
mesmo tempo, há o surgimento de novas grandes cidades e o processo de
metropolização não é limitado apenas ao Sudeste;
• aspectos
relacionados à região concentrada, que representa a expressão mais intensa do
meio técnico-científico-informacional, pois essa é a área onde se verificam de
modo contínuo os acréscimos de ciência e tecnologia ao território. Embora
sinais de modernização sejam constatados em todo o território, essa região é
formada pelos Estados do Sul e do Sudeste e por parcelas do Centro-Oeste. Reúne
o essencial da atividade econômica do país, com São Paulo mantendo o papel de
metrópole nacional, baseado em sua condição de centro informacional e de
serviços, e não mais como centro industrial.