COMPENSAÇÃO DE AUSENCIAS
3ª
SÉRIES – 2015
FAZER CADA ATIVIDADE
SEPARADAMENTE MESMO, SE FIZER
MANUSCRITA.
ESPECIFICADAS, SÃO OS OBJETOS DAS
ATIVIDADES DE COMPENSAÇÃO DE
AUSENCIAS.
CONFIRA EM UMA LISTA AQUI DO BLOG EM
QUANTAS FALTAS VOCE EXCEDEU DE 8
(OITO) FALTAS - SENDO 4 (QUATRO)
PERMITIDAS NO SEGUNDO BIMESTRE E + 4
(QUATRO) PERMITIDAS NO TERCEIRO
BIMESTRE.
(OITO) FALTAS - SENDO 4 (QUATRO)
PERMITIDAS NO SEGUNDO BIMESTRE E + 4
(QUATRO) PERMITIDAS NO TERCEIRO
BIMESTRE.
DISTRIBUIDAS DA SEGUINTE FORMA:
ATIVIDADE I. para os que excederam de
1 (uma) a 2 (duas) faltas.
ATIVIDADES I. e II. para os que excederam
de 3 (três) a 5 (cinco) faltas.
ATIVIDADES I., II. e III. para os que
excederam de 6 (seis) a 9 (nove) faltas.
ATIVIDADES I., II, III e IV. para os que
excederam de 10 (dez) a 14 (quatorze)
faltas.
ATIVIDADES I., II., III., IV. e V. para os
que excederam de 15 (quinze) a 20
(vinte) faltas.
ATIVIDADES I., II., III., IV., V. e VI. para
os que excederam de 21 (vinte e uma) a
27 (vinte sete) faltas.
ATIVIDADES I., II., III., IV., V., VI., VII e VIII. para os que excederam de 28 (vinte e oito) faltas em diante.
VOLUME 01
I. SITUAÇÃO DE
APRENDIZAGEM 5
CHOQUE DE CIVILIZAÇÕES?
A PARTIR DO TEXTO FAÇA UMA PESQUISA SOBRE AS CORRENTES DESFAVORAVEIS A TESE DE SAMUEL HUNTINGTON, E JUSTIFIQUE POR QUE NÃO COMPARTILHAM DAS IDÉIAS DE SAMUEL HUNTINGTON?
Introdução sobre o choque de civilizações
A religião tem um
papel preponderante nos principais conflitos do mundo contemporâneo, mais
importante do que as disputas entre os grandes sistemas político-ideológicos.
Em vez do embate entre democracia
liberal e comunismo,
que marcou boa parte do século 20 durante a Guerra Fria,
emerge um confronto entre os sistemas sociais e culturais baseados no Islamismo e os
fundamentados nas religiões judaico-cristãs. Essa ideia faz parte de uma
polêmica tese que ganhou força no começo do novo milênio em função dos ataques
terroristas do 11 de setembro de 2001.
Chamada de "choque de civilizações", essa tese foi levantada e defendida pelo cientista político norte-americano Samuel Huntington em 1993, num artigo publicado na conceituada revista "Foreign Affairs". Num momento de otimismo do liberalismo, com o fim da União Soviética e o desmantelamento dos principais regimes socialistas e de consolidação da absoluta superioridade militar e econômica dos Estados Unidos, Huntington enxergou um horizonte pessimista, no qual haveria um declínio da hegemonia ocidental e a religião assumiria um papel até então reservado às grandes ideologias.
Para os defensores da ideia do confronto entre civilizações, o terrorismo internacional associado ao Islamismo que surgiu no início do século 21 serviu para confirmar a análise de Huntington, que foi considerada premonitória por ter sido escrita quase que uma década antes. Mas muitos estudiosos discordam dessa ideia. Os críticos da tese do "choque de civilizações" argumentam que há muitas imprecisões e contradições nas ideias de Huntington, a começar que não é tão simples assim definir o que são civilizações. Há defensores e os críticos da polêmica tese do "choque de civilizações".
Chamada de "choque de civilizações", essa tese foi levantada e defendida pelo cientista político norte-americano Samuel Huntington em 1993, num artigo publicado na conceituada revista "Foreign Affairs". Num momento de otimismo do liberalismo, com o fim da União Soviética e o desmantelamento dos principais regimes socialistas e de consolidação da absoluta superioridade militar e econômica dos Estados Unidos, Huntington enxergou um horizonte pessimista, no qual haveria um declínio da hegemonia ocidental e a religião assumiria um papel até então reservado às grandes ideologias.
Para os defensores da ideia do confronto entre civilizações, o terrorismo internacional associado ao Islamismo que surgiu no início do século 21 serviu para confirmar a análise de Huntington, que foi considerada premonitória por ter sido escrita quase que uma década antes. Mas muitos estudiosos discordam dessa ideia. Os críticos da tese do "choque de civilizações" argumentam que há muitas imprecisões e contradições nas ideias de Huntington, a começar que não é tão simples assim definir o que são civilizações. Há defensores e os críticos da polêmica tese do "choque de civilizações".
II. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6
GEOGRAFIA DAS RELIGIÕES
ATIVIDADE II.
A PARTIR DO TEXTO FAÇA UMA ANALOGIA
(COMPARAÇÃO) COM OS ÚLTIMOS FATOS QUE
LEVARAM AO ATENTADO EM PARIS (13/11/15).
(COMPARAÇÃO) COM OS ÚLTIMOS FATOS QUE
LEVARAM AO ATENTADO EM PARIS (13/11/15).
Geografia da religião é o nome dado a um ramo da Geografia humana que procura aplicar o
tema da religião associado ao da geografia, buscando uma melhor compreensão da
dinâmica do fenômeno da fé, aferindo a pluralidade religiosa da espécie humana.
Seu estudo procura quantificar o espaço das diferentes denominações, abordando
teoricamente o papel do sagrado e do profano na organização espacial do
terreno.
Já em períodos mais
distantes, no estudo da geografia hoje conhecida como clássica, havia uma
preocupação com a distribuição das diversas crenças combinadas com a sua respectiva
frequência territorial, onde a religião se apresentava exclusivamente como
produto da prática humana, e suas expressões faziam parte da cultura de cada um
desses povos. Fora tal conceito básico, que ainda trazia o problema do
etnocentrismo (o vício de se considerar a própria religião ou cultura como
medida de todas as outras, "alienígenas"), a Geografia da religião
ficava eclipsada por outras áreas da Geografia, como a urbana, a rural,
política, etc.
Os primeiros estudos
realizados nos Estados Unidos e Alemanha no início do século XX levavam em
consideração o fenômeno religioso, sua distribuição e morfologia na paisagem
cultural.
A partir do fim da
Segunda Guerra, porém, testemunha-se o aumento de interesse dos geógrafos pela
análise das religiões no espaço social, tangenciando a Geografia tradicional
bem como de suas correntes derivadas.
Destacaram-se como
pioneiros no incremento da matéria Pierre Deffontaines, com sua obra "Géographie
et religions", de 1948, que tratava da relação entre cultura e religião
aplicada a uma dinâmica espacial particular, e Maximilien Sorre, que na década
de 70, com seus artigos analisou as atividades religiosas e seus efeitos no
espaço social, sobretudo no meio rural. Seguiram-se a estes dois os trabalhos
de Claude Raffestin, que considerava as variáveis políticas a influenciar a
combinação religião/política, e Paul Claval, autor de considerações sobre a
combinação geografia e religião, além da contribuição mais recente de M.
Buttner, geógrafo, tecedor de considerações acerca da conveniência do estudo
religioso e sua relação geográfica.
III. SITUAÇÃO DE
APRENDIZAGEM 7
A QUESTÃO ÉTNICO-CULTURAL
ATIVIDADE III.
A PARTIR DO TEXTO CONSTRUA UMA LINHA DO TEMPO COM TODOS OS
FATOS RELATANDO AQUI
RELACIONANDO-OS ENTRE SI.
Com base nas noções de zonas ou focos de
tensão, vemos os principais conflitos étnico-culturais e religiosos em
andamento ou que tiveram intensa repercussão mundial, principalmente nas
últimas décadas. É um conteúdo enfatizado pela mídia nacional e internacional,
relacionado às questões políticas mundiais e cujo envolvimento e compreensão
são fundamentais.
A Geografia Política constitui-se num dos
ramos mais fecundos da ciência geográfica e não deve ser confundida com a
Geopolítica, pois, em síntese, o principal objetivo da primeira é analisar a
dinâmica dos processos políticos no espaço, enquanto a segunda relaciona-se
mais diretamente com as questões estratégicas e militares de determinado país.
As zonas ou focos de tensão são os principais elementos de análise da Geografia
Política (de acordo com o geógrafo francês Yves Lacoste) e podem ser definidos
como espaços geográficos em que ocorrem, de forma aguda, conflitos de interesse
entre duas ou mais unidades políticas – países – ou entre grupos humanos
organizados nacional ou internacionalmente.
Observem o mapa “Principais conflitos, final
do século XX” na página 78 do caderno do aluno vol 2. Quando fazemos uma
análise sobre determinado foco de tensão, não devemos perder de vista, ao
menos, cinco cuidados fundamentais:
- identificação das
partes envolvidas no conflito;
- estudo da posição
geográfica da área, pois, não raras vezes, a localização estratégica de uma
área constitui um dos elementos-chave do foco;
- estudo das
relações de poder entre as partes envolvidas no conflito, tendo por base as
noções de “centro” e “periferia”, onde uma das partes (Estado ou grupo humano)
possui maior poder político, econômico, financeiro e militar, ou seja,
condições socioeconômicas dos “personagens” envolvidos no mesmo conflito;
- ter cuidado em
relação aos textos e às informações que são lidos, identificando a ideologia de
quem fez a análise ou descreveu os acontecimentos relacionados ao foco de
tensão estudado (por exemplo, as interpretações que são veiculadas pela mídia,
pois existem diversas versões sobre um mesmo foco de tensão, como as notícias
sobre a Guerra e ocupação anglo-americana contra o Iraque, em 2003: as notícias
veiculadas pela CNN, rede televisiva dos Estados Unidos eram contraditórias as
notícias veiculadas pela Al Jazira, rede de televisão árabe);
- identificação dos
interesses e das forças envolvidos, considerando que um foco pode ter uma ou
várias causas essenciais – diretas e indiretas.
No início da década de 1990, com a
desmontagem da velha ordem mundial baseada na bipolarização, chegou-se a pensar
que o mundo entraria em um período de paz e solidariedade entre os povos.
Apenas nos seis primeiros anos, após a Guerra Fria (1947-1989), as chamadas
Forças de Paz da ONU (que dispõem de instruções estritas para lançar fogo
somente como último recurso) realizaram mais operações militares em áreas do
mundo onde ocorriam conflitos do que nos 40 anos anteriores. Em função dessa
realidade e de outros aspectos, a nova ordem mundial durante os anos 1990
também ficou conhecida como “(des)ordem mundial”.
Isso ocorreu após o término da Guerra
Fria e concomitantemente com o fim do denominado conflito Leste-Oeste, período
a partir do qual os conflitos, em sua grande maioria, deixaram de ter a
conotação ideológica (capitalismo x socialismo) do passado, e passaram a ser
influenciados, mais intensamente, por questões separatistas, religiosas e
étnicas. Vamos abordar alguns pontos principais a respeito dos conflitos
regionais e a questão das identidades socioculturais (étnicas, tribais e
religiosas) no espaço mundial e as principais áreas de ocorrência dos conflitos
no mundo. Não vamos aprofundar muito sobre cada conflito, pois não há tempo
suficiente, mas você poderá obter maiores informações no site citado no final
da matéria (são temas certeiros no vestibular).
Oriente Médio: a
questão palestina
Palestina é o nome dado, desde a Antiguidade, à região localizada
ao sul do Líbano e a nordeste da Península do Sinai, entre o Mar Mediterrâneo e
o vale do Rio Jordão. Para entender, é como se fosse um bairro, uma região sem
identificação no mapa mundi, por não ser um país. A Palestina foi conquistada
pelos hebreus ou israelitas (mais tarde também conhecidos como judeus) por
volta de 1200 a.C., depois que aquele povo se retirou do Egito, onde vivera por
alguns séculos. Mas as sucessivas dominações estrangeiras deram início a um
progressivo processo de diáspora (dispersão) da população judaica, embora sua
grande maioria ainda permanecesse na Palestina. Nas duas rebeliões dos judeus
contra o domínio romano (em 66-70 e 133-135 d.C.), o resultado foi desastroso:
o Templo de Jerusalém foi arrasado, do qual restou apenas o Muro das
Lamentações e os judeus foram proibidos de viver em Jerusalém, intensificando a
diáspora dos judeus. A partir de então, os israelitas espalharam-se. Em 638, a
região foi conquistada pelos árabes, no contexto da expansão do islamismo, e
passou a fazer parte do mundo árabe, embora sua situação política oscilasse ao sabor
das constantes lutas entre governos muçulmanos rivais. Finalmente, de 1517 a
1918, a Palestina foi incorporada ao imenso Império Turco. Os turcos, embora
muçulmanos, não pertencem à etnia árabe. Em 1896, o escritor austríaco, de
origem judaica, Theodor Herzl fundou o Movimento Sionista, que pregava a
criação de um Estado judeu na antiga pátria dos hebreus. Esse projeto, aprovado
em um congresso israelita reunido em Genebra, teve ampla ressonância junto à
comunidade judaica internacional e foi apoiado, sobretudo, pelo governo
britânico (apoio oficializado em 1917, em plena Primeira Guerra Mundial, pela
Declaração Balfour). No início do século XX, já existiam, na região, pequenas
comunidades israelitas vivendo em meio à população predominantemente árabe. A
partir de então, novos núcleos começaram a ser instalados, geralmente mediante
compra de terras aos árabes palestinos. Durante a Primeira Guerra Mundial, a
Turquia lutou ao lado da Alemanha e, derrotada, viu-se privada de todas as suas
possessões no mundo árabe. A Palestina passou então a ser administrada pela
Grã-Bretanha, mediante mandato concedido pela Liga das Nações. Depois de 1918,
a imigração de judeus para a Palestina ganhou impulso, o que começou a gerar
inquietação no seio da população árabe. A crescente hostilidade desta última
levou os colonos judeus a criar uma organização paramilitar (a Haganah),
voltada para a autodefesa e mais tarde, para operações de ataque contra os
árabes. Apesar do conteúdo da Declaração Balfour, favorável à criação de um
Estado judeu, a Grã-Bretanha tentou frear o movimento imigratório para não
contrariar os Estados muçulmanos do Oriente Médio, com quem mantinha
proveitosas relações econômicas; mas viu-se confrontada pela pressão mundial da
coletividade israelita e, dentro da própria Palestina, pela ação de
organizações terroristas. Após a Segunda Guerra Mundial, o fluxo de imigrantes
judeus foi grande. Em 1947, a Assembleia Geral da ONU decidiu dividir a
Palestina em dois Estados independentes: um judeu e outro palestino. Mas tanto
os palestinos como os Estados árabes vizinhos recusaram-se a acatar a partilha
proposta pela ONU. Em 14 de maio de 1948, foi proclamado o Estado de Israel,
que se viu imediatamente atacado pelo Egito, Arábia Saudita, Jordânia, Iraque,
Síria e Líbano (1ª Guerra Árabe-Israelense). Os árabes foram derrotados e
Israel passou a controlar 75% do território palestino. A partir daí, iniciou-se
o êxodo dos palestinos para os países vizinhos. Atualmente, esses refugiados
somam cerca de 3 milhões. Os 25% restantes da Palestina, correspondentes à
Faixa de Gaza e à Cisjordânia, ficaram sob ocupação respectivamente do Egito e
da Jordânia. A Cisjordânia incluía a parte oriental de Jerusalém, onde fica a
Cidade Velha, de grande importância histórica e religiosa.
Europa: ETA e IRA
Os bascos possuem uma cultura e língua
própria, ocupando uma região ao norte da Espanha e uma parte sul do território
francês, na vertente leste dos Pirineus (cadeia montanhosa na Europa), virada
para o Golfo de Biscaia, região denominada Euskal Herria (País Basco). Fundada
em 1959, a organização ETA (Euzkadi Ta Askatasuna, que significa, na língua
basca, “Pátria Basca e Liberdade”) luta pela autodeterminação e independência
do País Basco e de Navarra, por meio de ações armadas e terrorismo, nas quais
os principais alvos são membros da guarda civil e do governo espanhol. A ETA
reivindica, em território espanhol, a região chamada Hegoalde ou País Basco do
Sul, que é constituído por Álava, Biscaia, Guipúscoa e Navarra e no território francês,
a região chamada Iparralde ou País Basco do Norte, que é constituído por
Labour, Baixa Navarra e Soule. A ETA sobreviveu na clandestinidade durante a
ditadura de Francisco Franco (1939-1975) e contou com o apoio da população e
internacional, por ser considerada uma organização anti-regime, mas foi
enfraquecendo devido ao processo de democratização em 1977. O seu lema é Bietan
jarrai, que significa “seguir nas duas”, ou
seja, na luta política e militar.
Em 1900, foi fundado o Partido Nacionalista (Sinn Fein, que
significa “Nós Mesmos”), na região sul da ilha irlandesa, com o propósito de
reivindicar a autonomia perdida para os ingleses e protestantes. No início dos
1970, originou-se uma facção militar, o IRA – Exército Republicano Irlandês, a
partir do Sinn Fein. O IRA é um grupo paramilitar católico e
reintegralista, que pretendia a separação da Irlanda do Norte do Reino Unido e
reanexação à República da Irlanda, praticando operações de guerrilha contra alvos ingleses e
protestantes, até 28 de julho de 2005, quando aumentou o cerco contra o
terrorismo nos Estados Ocidentais (lado esquerdo do mapa mundi) a partir do
início do século XXI, aumentando as pressões políticas para que o IRA
abandonasse em definitivo suas táticas violentas. A principal razão pela qual o IRA lutava era a igualdade religiosa, visto
que 75% da população norte-irlandesa era protestante e o pouco que restava,
católica, o que fazia com que houvesse desigualdade e preconceito entre as
religiões. Como os protestantes eram maioria, decidiam candidaturas políticas e
plebiscitos, entre outros, impedindo que a vontade católica se manifestasse.
Europa: conflitos no
Cáucaso (o caso da Chechênia)
Dentre os conflitos étnicos ou de
nacionalidades no interior dos países da CEI (Comunidade dos Estados
Independentes, antiga URSS), o caso dos movimentos separatistas da
Tchetcheno-Inguchétia merece destaque. Trata-se de uma das ex-repúblicas que
compunham a extinta URSS (1991). A Tchetcheno-Inguchétia reunia dois povos que
lhe davam o nome, composta de população muçulmana. Era uma república autônoma
antes da desintegração da União Soviética. Ninguém opôs maior resistência à
conquista do Cáucaso pelos russos do que os tchetchenos, numa luta de oposição
que remonta a 1818, mas cujo aprofundamento ocorreu em 1991, na ocasião da
conturbada implosão da União Soviética. Posteriormente à desagregação desse
país em 1991, os líderes políticos da Chechênia não aceitaram assinar o Tratado
de Adesão à Federação Russa e proclamaram sua independência. Como o governo de
Moscou não reconheceu essa iniciativa, a partir de 1994 passou a enviar tropas
militares à Chechênia, acirrando os conflitos nessa antiga república soviética.
Alguns dos interesses russos na região da Chechênia são a expansão de seu
território e controle sobre as ricas áreas petrolíferas encontradas na região.
Apesar de Moscou ter anunciado o fim das operações militares em 2000, os
atentados contra as forças militares russas instaladas na Chechênia não
cessaram.
África: Ruanda
Embora em conflito desde a formação do
país, o ponto alto do conflito entre as duas principais etnias do país, a tutsi
e hutu, eclodiu em 1994, com a morte do presidente hutu Juvenal Habyariman, num
acidente de avião provocado por um míssil. Em represália, as tropas da etnia hutu
(85% da população do país) passaram a massacrar a minoria tutsi (14%) e os
hutus de oposição. A Frente Patriótica Ruandesa (FPR), formada por extremistas
tutsis exilados em Uganda, iniciou uma ofensiva que resultou no massacre de 800
mil hutus e na tomada do poder três meses depois. O saldo total da guerra foi
de 1 milhão de mortos e 2,2 milhões de refugiados hutus nos países vizinhos
(ex- Zaire, Uganda, Burundi e Tanzânia), de acordo com dados da ONU.
África: Angola
Essa longa guerra civil, nesse país, tem
dois protagonistas envolvidos. De um lado, o MPLA (Movimento pela Libertação de
Angola), no poder, e a UNITA (União Nacional pela Independência Total de
Angola). Nos anos 1994-1995, um acordo de paz interrompeu o conflito e a ONU
enviou tropas de paz. Mas em virtude do descontentamento diante do acordo, por
parte da UNITA, esta se recusou a devolver áreas sob seu controle e integrar um
governo de coalizão (acordo) nacional, o que conduziu ao reinício do conflito
em 1999.
Ásia: Caxemira
A Índia e o Paquistão são nações criadas
a partir da desagregação do Império Britânico das Índias, em 1947. Durante a
Guerra Fria, o Paquistão inclinou-se a favor dos EUA, enquanto a Índia buscou
auxílio da ex-URSS, o que explica, em parte, o fato de ambos disporem,
atualmente, de armas atômicas. Essas armas representam um perigo, diante de um
conflito antigo entre os dois países, que se arrasta por mais de cinqüenta
anos: a questão da Caxemira. A Caxemira é uma província do norte da Índia cujo
território é composto por 90% montanhas e que faz fronteira com a China e com o
Paquistão, com cerca de 220 mil km2. A região,
compartilhada pela Índia (cerca de 100 mil km2), Paquistão (cerca de 80 mil km2) e China (cerca de
40 mil km2), tem sido alvo de
disputas territoriais entre esses três países desde o final da década de 1940.
A origem do conflito remonta à partilha da Índia britânica, que deu origem, em
1947, a dois países: o Paquistão, com maioria da população muçulmana, e a
Índia, majoritariamente hindu. O marajá de Caxemira (Hari Singh) solicitou o
apoio de tropas indianas para se defender da invasão das tribos Pathans e em
retribuição, assinou o Instrumento de Acesso à União Indiana, concordando que a
região se tornasse no estado indiano de Jammu e Caxemira. A partir de então, o
Paquistão reivindica a realização de um plebiscito em razão de 2/3 da
população, de 7 milhões de habitantes, ser composta de muçulmanos. Os indianos,
por sua vez, não aceitaram realizar um plebiscito, muito embora tenham cedido
um terço do território ao Paquistão (Azad Kashmir). Consequentemente, ao lado
do surgimento de uma guerrilha, ocorreram vários atentados terroristas contra a
presença indiana no restante da Caxemira, como parte de ações voltadas para sua
integração futura ao Paquistão. A disputa entre muçulmanos e hindus levou os
dois países a duas outras guerras (1965 e 1971), sendo ainda hoje a principal
razão para a corrida armamentista nuclear.
IV. SITUAÇÃO DE
APRENDIZAGEM 8
AMÉRICA LATINA?
ATIVIDADE IV.
A PARTIR DO TEXTO FAZER UMA REDAÇÃO DEFINIDO O QUE É A AMÉRCA E COMPARE A AMÉRICA LATINA E OS DEMAIS PAÍSES DAS AMÉRICAS.
América Latina
A América Latina faz parte do Continente Americano com colonização de latinos
(portugueses e espanhóis). Apresenta problemas de subdesenvolvimento com
elevadas dívidas externas. Na década de 90 A América Latina conseguiu certa
estabilidade econômica, permitindo a entrada de capital estrangeiro e um maior
investimento de empresários locais nos setores produtivos. Apesar da elevada
dívida externa, tem havido crescimento econômico. População bastante
heterogênea (exceto Argentina, Uruguai e Chile). Predominância indígena em
vários países como: Paraguai, México, Peru e Bolívia. Terras situadas na Zona
Intertropical (clima predominante é o tropical).
20 países fazem parte da América Latina, são eles: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. Ainda na América Latina existem mais 11 territórios que por não serem independentes não podem ser considerados países, mas fazem parte da América Latina. Neste primeiro estudo sobre a América Latina vamos estudar alguns deles.
A América Latina
América do Sul
Países Platinos – países localizados na Bacia Platina (rios Paraná – Paraguai –
Uruguai – Prata). Rio do Prata possui o maior estuário do mundo. Grande
desempenho na agropecuária.
Paraguai – país central, não
possui comunicação direta com oceano. Chega até o Atlântico pela Argentina (via
fluvial) ou pelo Brasil (via terrestre).
População – maioria por índios
guaranis e mestiços. Possui 2 idiomas oficiais (espanhol e guarani). Muitos
analfabetos e baixos padrões de vida. Renda nacional é altamente concentrada.
Guerra do Paraguai - a
Tríplice Aliança (Brasil, Uruguai e Argentina) massacram o Paraguai.
Grande interesse da Inglaterra em impedir o desenvolvimento do Paraguai. Houve um grande genocídio.
Grande interesse da Inglaterra em impedir o desenvolvimento do Paraguai. Houve um grande genocídio.
Economia – agropecuária,
embora muitos produtos sejam de subsistência. Os produtos mais importados são:
café, soja, erva mate e quebracho (vegetal usado na indústria do couro). Uma
grande perspectiva para o futuro econômico-social com a Usina de Itaipu.
Principais cidades: Assunção (capital e maior centro econômico)
Uruguai – república unitária
(não possui estados, governo centralizado). Clima temperado com chuvas bem
definidas. Relevo é de planícies com pequenas ondulações chamadas Coxilhas.
População – gira em torno de
3,3 milhões de habitantes, bastante homogênea com 90% formada de brancos.
Pequeno número de analfabetos (2%).
Economia – agropecuária.
Largas exportações de carne congelada, couro, lã e arroz. A pesca também ajuda.
É o paraíso fiscal das operações financeiras na América do Sul, mais conhecido
como a Suíça dos pobres. Grande exportador de ouro sem ter uma mina sequer.
Presença de brasileiros nas atividades agrárias, estimulados pelas terras e
equipamentos baratos e pelas baixas taxas de impostos e juros.
Principais cidades: Montevidéu
(capital, maior centro urbano-econômico, grande porto no Rio da Prata) e Punta
Del Leste (balneário e cassino).
Argentina – grande extensão
territorial no sentido norte-sul (latitude).
Chaco – parte Norte do
país, condições naturais (clima e solo) pouco favoráveis. Uso da agropecuária
extensiva.
Entre-Rios – Mesopotâmia
argentina. Fica no nordeste. Muitos latifúndios com predominância da
agropecuária extensiva.
Pampas – parte Central,
grande região geo-econômica do país. Clima temperado, chuvas bem definidas,
planícies, pastagens e solos férteis, favorecendo às atividades agropecuárias
intensivas (alta produtividade por área). Cultivam também frutas temperadas e
cereais. Na pecuária, destaca-se a criação bovina. Grande exportador de carne
congelada e couro. São expressivos os parques industriais e oferecem muitos
atrativos para as empresas multinacionais. Grandes portos: Rosário e Santa Fé,
às margens do rio Paraná.
Patagônia – bastante fria, chegando
a ser desértica em certas áreas. Importantes criações de ovinos (exportações de
lã) e poços de petróleo (privatizado).
Andes – fica no lado
Oeste. Muito acidentado, fria e de difícil acesso. Destaque para São Carlos de
Bariloche, que é um centro turístico expressivo.
População – pouco numerosa
(35 milhões de habitantes), bastante homogênea (97% são brancos), pequeno
número de analfabetos (4%). É mais urbana do que rural. Possui o melhor padrão
de vida da América Latina.
Economia – População economicamente ativa: terciário - secundário - primário. Optou pela dolarização da economia, ou seja, utilizar moeda externa simultaneamente a moeda vigente. Foi o primeiro país a usar energia atômica (Usina de Atucha), tecnologia americana.
* Possui uma questão com a Inglaterra referente a soberania das Ilhas Malvinas ou Falkland.
Economia – População economicamente ativa: terciário - secundário - primário. Optou pela dolarização da economia, ou seja, utilizar moeda externa simultaneamente a moeda vigente. Foi o primeiro país a usar energia atômica (Usina de Atucha), tecnologia americana.
* Possui uma questão com a Inglaterra referente a soberania das Ilhas Malvinas ou Falkland.
MERCOSUL - é formado pela
Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil. Objetivos: isenção total ou parcial de
impostos em determinados produtos e Tarifa Externa Comum. O Chile e Bolívia são
membros associados.
Principais cidades: Buenos Aires
(capital e centro econômico)
Países Andinos
Cordilheira dos Andes - estendendo-se desde o Lago Maracaibo (Venezuela) até a Terra do
Fogo (Argentina e Chile). Intensas atividades vulcânicas e sísmicas. Faz parte
do Cinturão do Fogo do Pacífico. Vulcão Aconcágua (7.014 m), pico culminante de
toda América. Grandes concentrações demográficas nos altiplanos férteis.
Mineração: cobre, salitre, estanho, prata, ferro, etc.
Chile – o mais andino,
pois vive dos recursos da Cordilheira.
- Norte: Deserto de Atacama, o mais árido (seco) do mundo. Processos irrigatórios e exploração mineral.
- Centro: região geo-econômica do país. Vales e altiplanos férteis. Clima temperado.
- Sul: montanhoso, frio e com um litoral recortado denominado Fiord, que se formou na era glacial.
- Norte: Deserto de Atacama, o mais árido (seco) do mundo. Processos irrigatórios e exploração mineral.
- Centro: região geo-econômica do país. Vales e altiplanos férteis. Clima temperado.
- Sul: montanhoso, frio e com um litoral recortado denominado Fiord, que se formou na era glacial.
Economia – mineração (cobre e
salitre), agricultura (trigo e frutas temperadas) e pesca. Considerado o “Tigre
da América do Sul” pelo seu rápido desenvolvimento. Firme política financeira.
População – bastante homogênea
(maioria descendentes espanhóis e italianos). Pequeno número de analfabetos
(5%).
* É o país mais europeu devido aos seus aspectos físicos.
* É o país mais europeu devido aos seus aspectos físicos.
Principais cidades: Santiago (capital administrativa) e Valparaíso (capital
legislativa, além de ser o maior porto andino).
Bolívia – país central. Seu
crescimento econômico é prejudicado pela interiorização e pelo relevo
acidentado (Andes)
População – maior parte de
indígenas (60%), destaque para o Quichuas e Aimarás. Mestiços totalizam 30% e
10% são de origem européia.
Economia – mineração do
estanho e do petróleo. Interesse do Brasil em explorar o gás natural da
Bolívia. Construção do gasoduto Santa Cruz de La Sierra – São Paulo pelo Brasil.
* COB (Central Operária Boliviana). Pressões contra as plantações de coca – revolta dos camponeses.
* COB (Central Operária Boliviana). Pressões contra as plantações de coca – revolta dos camponeses.
Grandes perdas da Bolívia
- Frente marítima: perdeu para o Chile – Guerra do Pacífico
- Acre: perdeu para o Brasil mediante indenização – derrota diplomática no tribunal.
- Chaco Boreal: perdeu para o Paraguai – Guerra do Chaco – Causa: petróleo.
Principais cidades: Sucre (capital legal, poder judiciário), La Paz (mais alta
capital do mundo, sede administrativa), Santa Cruz de La Sierra (na planície, é
a que mais cresce em termos urbanos) e Potosi (mineração).
Peru – país do Império
Inca. Grandes centros da cultura e tradição Inca: Machupichu e Cuzco.
População – 50% indígena, 40%
mestiços, além de brancos e negros.
* Lago Titicaca: sul do Peru, fronteira com a Bolívia. Mais alto lago do mundo. Fica a quase 4 mil metros acima do nível do mar.
* Lago Titicaca: sul do Peru, fronteira com a Bolívia. Mais alto lago do mundo. Fica a quase 4 mil metros acima do nível do mar.
Economia – é um país
poliexportador.
- Pesca e derivados – favorecida pela Corrente de Humboldt
- Mineração – diversificada, explora: prata, cobre e petróleo
- Agricultura – algodão e milho.
- Pecuária – Ilhama, alpacas e ovelha. Fornecimento de couro, leite, lã e carne.
- Narcotráfico
Principais cidades: Lima (capital) e Callao (maior porto).
Sendero Luminoso: mais temido grupo de guerrilheiros da região andina.
Questão geo-política (fronteira) com Equador referente a Serra do Condor, rica em minerais.
Questão geo-política (fronteira) com Equador referente a Serra do Condor, rica em minerais.
Equador – menor entre os
países andinos.
Arquipélago de Galápagos – rica fauna, motivando os estudos científicos. Estudos iniciados
por Charles Darwin.
População: das mais pobres da
América Latina.
Economia: mineração de
petróleo, culturas de cacau e banana.
Principais cidades: Quito (Capital) e Guaiaquil (grande exportador de bananas).
Colômbia – duas frente
marítimas (Atlântico e Pacífico)
População – maioria mestiça,
concentrada em sua maior parte nos altiplanos e nos vales, região da Bacia do
Rio Magdalena.
Economia – grandes produtores
latino-americanos de droga (cocaína). 2o produtor de café da América Latina (1o
é o Brasil). Extrai carvão mineral (40% das reservas da América Latina) e
petróleo. Maiores cartéis do narcotráfico: Medelin e Cali. A Braspetro
(subsidiária da Petrobrás) faz pesquisas e explorações através de contratos de
risco.
Principais cidades: Bogotá (capital), Cali (maior centro cultural), Barranquila
(maior porto) e Medelin.
Memorial da América Latina em São Paulo - Brasil
Venezuela – é o menos andino, uma pequena porção de terra está na Cordilheira. Grande parte das terras pertence a bacia do rio Orenoco.
População – possui baixos
padrões de vida. Grande parte dos lucros fica com o governo e com empresários
estrangeiros. A renda per capita é relativamente alta. A maioria da população
vive marginalizada nos centros urbanos.
Economia – petróleo como
base, principalmente no Lago Maracaibo. Venezuela é um pequeno consumidor e
grande exportador. Importa quase tudo que é necessário.
Principais cidades: Caracas (capital) e Maracaibo (maior centro petroquímico).
- por Marcelo Cerqueira
VOLUME 02
V. SITUAÇÃO DE
APRENDIZAGEM 1
O CONTINENTE AFRICANO
ATIVIDADE V.
ATIVIDADE V.
A PARTIR DO TEXTO ESCREVA UMA REDAÇÃO
COMPARANDO AS REGIÕES AFRICANAS ENTRE
SI, SEUS PROBLEMAS E DESEQUILIBRIOS
AMBIENTAIS QUE A DESCOLONIZAÇÃO
PROVOCOU.
COMPARANDO AS REGIÕES AFRICANAS ENTRE
SI, SEUS PROBLEMAS E DESEQUILIBRIOS
AMBIENTAIS QUE A DESCOLONIZAÇÃO
PROVOCOU.
Continente Africano
Informações e dados sobre a
Continente Africano, economia, relevo, geografia, países, mapa, rios,
vegetação, religiões, problemas africanos
Mapa do Continente Africano
Introdução
A África é um continente com, aproximadamente, 30,27 milhões de quilômetros quadrados de terras. Estas se localizam parte no hemisfério norte e parte no sul. Ao norte é banhado pelo mar Mediterrâneo; ao leste pelas águas do Oceano Índico e a oeste pelo Oceano Atlântico. O Sul do continente africano é banhado pelo encontro das águas destes dois oceanos.
Informações importantes sobre o Continente Africano:
- A África é o segundo continente mais populoso do mundo (fica atrás somente da Ásia). Possui, aproximadamente, 820 milhões de habitantes (estimativa 2011).
- É um continente basicamente agrário, pois cerca de 63% da população habitam o meio rural, enquanto somente 37 % moram em cidades.
- No geral, é um continente pobre e subdesenvolvido, apresentando baixos índices de desenvolvimento econômico. A renda per capita, por exemplo, é de, aproximadamente, US$ 850,00. O PIB (Produto Interno Bruto) corresponde a apenas 1% do PIB mundial. Grande parte dos países possui parques industriais pouco desenvolvidos, enquanto outros nem se quer são industrializados, vivendo basicamente da agricultura.
- O principal bloco econômico africano é o SADC (Southern Africa Development Community), formado por 15 países: África do Sul, Angola, Botswana, República Democrática do Congo, Lesoto, Madagascar, Malaui, Maurícia, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Seychelles, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue.
- Além da agricultura, destaca-se a exploração de recursos minerais como, por exemplo, ouro e diamante. Esta exploração gera pouca renda para os países, pois é feita por empresas multinacionais estrangeiras, principalmente da Europa.
- Os países africanos que possuem um nível de desenvolvimento um pouco melhor do que a média do continente são: África do Sul, Egito, Marrocos, Argélia, Tunísia e Líbia.
- Os principais problemas africanos são: fome, epidemias (a AIDS é a principal) e os conflitos étnicos armados (alguns países vivem em processo de guerra civil).
- Os índices sociais africanos também não são bons. O analfabetismo, por exemplo, é de aproximadamente 40%.
- As religiões mais presentes no continente são: muçulmana (cerca de 40%) e católica romana (15%). Existem também seguidores de diversos cultos africanos.
- As línguas mais faladas no continente são: inglês, francês, árabe, português e as línguas africanas.
- A África possui uma fauna rica e diversificada. Os principais
animais que vivem neste continente são: elefante africano, leão, zebra,
rinoceronte, hipopótamo, leopardo, hiena, gorila, chacal, chipanzé, girafa e
avestruz.
Geografia da África:
- Principais rios: Nilo, Níger, Congo, Limpopo, Zambese e Orange.
- Principais rios: Nilo, Níger, Congo, Limpopo, Zambese e Orange.
- Clima: Clima Mediterrâneo (chuvas na primavera e outono) no norte e sul; Clima Equatorial (quente e úmido) no centro.
- Relevo: Monte Atlas (norte), Planalto Centro-Africano (região central), Grande Vale do Rift com altas montanhas e depressões (leste). Na região norte destaca-se o Deserto do Saara.
- Montanhas mais altas: Kilimanjaro (Tanzânia) com 5.896 metros, Monte Quênia (Quênia) com 5.199 metros e Monte Margherita (Uganda) com 5.110 metros.
- Cidades mais populosas: Cairo (Egito), Lagos (Nigéria), Kinshasa (R. D. do Congo), Cartum (Sudão), Johanesburgo (África do Sul) e Gizé (Egito).
- Maiores ilhas: Madagacar com 587.041 km² e Reunião com 2.510 km².
- Países que fazem parte do continente africano: Angola, Argélia, Botsuana, Camarões, Lesoto , Madagascar, Malawi, Maurício, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Zâmbia, Zimbábue, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Chade, Congo, Benin, Burkina Faso, Cabo Verde, Camarões, Costa do Marfim, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, São Tomé e Príncipe, Togo, Egito, Líbia, Marrocos, Saara Ocidental, Sudão, Sudão do Sul, Tunísia, Burundi, Djibuti, Eritreia, Etiópia, Quênia, Ruanda, Seychelles, Somália, Tanzânia, e Uganda.
VI. SITUAÇÃO DE
APRENDIZAGEM 2
ÁFRICA E EUROPA
ATIVIDADE VI.
ATIVIDADE VI.
A PARTIR DO TEXTO FAZER UMA REDAÇÃO APONTANDO COMO AS RELAÇÕES QUE AINDA TENDEM A FICAR DESFAVORAVEIS À ÁFRICA.
Genebra, Suíça,
junho/2012 (IPS/South Centre) – Vivemos em um mundo que muda rapidamente. O
modelo da globalização e do livre mercado é questionado. Nos perguntamos se não
será o capitalismo, guiado pela mão forte do Estado, o próximo modelo a seguir.
O fato é que os principais mercados de África, Estados Unidos e União Europeia
(UE), estão paralisados ou afundando. Por outro lado, nossos mercados estão
crescendo, junto com os das economias emergentes.
Embora as
exportações possam ser um instrumento muito importante para nossa estratégia
global de desenvolvimento, na verdade são apenas um pilar. A principal
sustentação deve ser o incremento de nossas capacidades de produção interna, de
diversificação, de industrialização e de produção agrícola.
Em seu caminho para
o desenvolvimento, a África não pode continuar exportando uma reduzida série de
matérias-primas e importando uma ampla variedade de bens acabados.
Em setembro de 2011,
a Comissão Europeia propôs excluir 16 países africanos da Regulamentação de
Acesso ao Mercado da UE 1528/2007, que permitia às nações africanas que
aceitavam um Acordo de Associação Econômica (AAE) desfrutarem do acesso livre
de impostos ao mercado da UE, se dessem passos para a assinatura ou
ratificação.
A regulamentação
proporcionava aos nossos países a cobertura necessária, enquanto continuavam
negociando com a UE as questões difíceis dos impostos para exportação, do grau
de liberalização e da ajuda ao desenvolvimento.
Embora as
negociações não tenham terminado, a UE diz agora que se Gana, Quênia, Namíbia
(que iniciaram o processo, mas não assinaram), Botsuana, Camarões, Costa do
Marfim, Suazilândia e Zimbábue (que assinaram mas ainda não ratificaram) não
ratificarem a AAE antes de 2014, serão eliminados da lista de países que
recebem a mencionada cobertura.
Neste momento da
verdade há várias opções.
1. Apenas o Quênia
assina o AAE, a fim de reter suas preferências em flores e pescado. Isso
destruiria a união aduaneira da Comunidade Africana do Leste (CAE), integrada
também por Uganda, Tanzânia, Ruanda e Burundi.
2. Toda a CAE assina
o AAE. Neste caso, os países menos desenvolvidos (PMD), que não estão obrigados
a reduzir tarifas alfandegárias nas rodadas de liberalização comercial da
Organização Mundial do Comércio (OMC), terão que reduzi-las a zero em pelo
menos 80% do comércio com a UE. Isso afetará seriamente a capacidade de
industrialização regional. Como a União Europeia continua sendo um grande
exportador de alimentos e subsidia seu setor agrícola com 60 bilhões de euros
anuais, tiraria nossos pequenos agricultores dos mercados locais.
3. A região inteira
não assina o AAE. Neste caso o Quênia perderia sua preferência em flores.
Contudo, o quanto este setor é importante comparado com a abertura do mercado
da CAE e da UE e de um real impedimento a uma futura industrialização?
A UE insiste na
eliminação de tarifas para 80% do comércio e em outras medidas que afetariam os
esforços da África para industrializar-se e melhorar a cadeia de valor
agregado. Assim, a África continuaria sendo um perpétuo fornecedor de
matérias-primas.
Quanto ao efeito
sobre a segurança alimentar e a vida da população rural, a UE não mostra
nenhuma intenção de abolir seus subsídios agrícolas, que são a principal
competição desleal contra os produtores africanos de lácteos, carnes, cereais,
etc.
Com relação ao
efeito sobre o comércio e a integração regional, os mercados regionais
proporcionam à África a melhor oportunidade para a diversificação e o
desenvolvimento.
Se o AAE nos impõe
liberalizar 80% do comércio, nossos mercados regionais poderão ficar nas mãos
dos produtos da UE. A oportunidade de aumentar o comércio interno, a
diversificação e a industrialização da África se verá significativamente
reduzida.
Que interesse tem a
UE no AAE? Negocia-se este acordo porque a UE quer favorecer a integração e o
desenvolvimento africanos ou porque serve, antes de tudo, aos interesses
europeus?
Se deixarmos de lado
as opções 1 (só o Quênia assina o AAE) e a 2 (toda a CAE assina o AAE), quais
alternativas restam?
Desde 2007, as
exportações interafricanas ultrapassaram as exportações da região para a UE. O
total das vendas da CAE para a União Europeia foi de US$ 2,5 bilhões em 2008,
enquanto as exportações para a África chegaram a US$ 3,2 bilhões.
Portanto, a África
deve fazer suas as conclusões do Informe da Comissão Sul: “Ao mobilizar todo
seu poder latente, o Sul tem, primeiro, que garantir que suas economias sejam
alimentadas e que seu crescimento não seja apenas um subproduto do crescimento
do Norte. O Sul precisa expandir sua presença nos mercados do Norte, o que
implica melhorar o acesso e reduzir o protecionismo”.
“Entretanto, parece
claro que as economias locomotivas do Norte não impulsionarão o trem das
economias do Sul a um ritmo que satisfaça seus passageiros, ou seja, o povo do
Sul. O poder de locomotiva deve ser gerado ao máximo possível dentro das
próprias economias do Sul”. Envolverde/IPS
* Benjamin W. Mkapa é ex-presidente da Tanzânia e presidente do South Centre em
Genebra (www.southcentre.org).
VII. SITUAÇÃO DE
APRENDIZAGEM 3
ÁFRICA: SOCIEDADE EM TRANSFORMAÇÃO
ATIVIDADE VII.
A PARTIR DO TEXTO FAZER UM REDAÇÃO DESCREVENDO SE REALMENTE ESTA OCORRENDO UMA TRANSFORMAÇÃO NA ÁFRICA. JUSTIFIQUE
ÁFRICA: Sociedade em Transformação
O Continente
africano é considerado o mais pobre do mundo, o menos desenvolvido e os com
pior situação localizam-se na África Subsaariana. Estes países tem os piores
indicadores sociais do mundo, assolados por doenças, infra estrutura
praticamente inexistente, uma péssima qualidade de vida.
IDH: É um índice
idealizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), para
medir o desenvolvimento humano e leva em consideração dados sobre saúde,
educação e renda per capita. A escala é de 0 a 1, quanto mais perto de 1 é
melhor. Classificam-se os países em 3 faixas: de 0,80 a 1 = elevado; de 0,50 a
0,79 = médio e menor que 0,50 = baixo. Os 12 países com os menores IDH em 2006
são da África Subsariana, de 0,391 a 0,329.
Economia: A pobreza
destes países, aliada as instabilidades democráticas são responsáveis pelas
piores condições sociais em que se encontram, tem uma população de maioria
rural, as exportações basicamente de produtos primários e com baixíssimos
valores agregados. Muitos países ainda convivem com governos ditadores e a
corrupção campeia livremente, não assegurando mínimas condições de serviços
como a educação, assistência médica e deficiência de empregos nas áreas
urbanas.
Saúde: As taxas de
mortalidade são muito altas, principalmente a infantil com 20 óbitos para cada
mil, contra 6/1.000 no Brasil. A falta de assistência médica minimamente
adequada, aliada as epidemia e doenças como a AIDS, desemprego, a fome, deixa a
população em situações calamitosas. Dos 33,2 milhões de pessoas com HIV em
2007, temos pela ordem: África subsariana = 67,8%, contra 1,1% África do Norte
e Oriente Médio; Sul e Sudeste da Ásia = 12,0%; Europa do Leste, Ásia Central =
4,8%; América Latina 4,8%, as demais regiões com taxas menores.
População e
Urbanização: Predominantemente rural, as áreas mais povoadas são as áreas
próximas ao litoral, no Vale do Rio Nilo e em torno dos grandes lagos como o
Vitória e a proximidade com a Europa torna o litoral norte também densamente
povoado. As menores taxas demográficas são as desérticas e algumas florestas
como a do Congo. As cinco cidades mais populosas da África são: Lagos na
Nigéria com mais de 8 milhões de habitantes; Cairo no Egito com mais de 7
milhões de habitantes; Kinshasa na República Democrática do Congo com mais de 6
milhões de habitantes; Nairóbi no Quênia com mais de 4 milhões de habitantes e
Alexandria no Egito com mais de 3 milhões de habitantes. E entre as 50 maiores
cidades da África temos em 1º lugar Lagos na Nigéria e em 50º
Kolvezi no Congo com pouco mais de 800 mil habitantes.
Fluxos Comerciais: A
África mantém relações comerciais com praticamente todo o mundo, mas o fluxo é
mais importante entre a Europa, Ásia e América do Norte. Com predominância para
a Europa, não somente pelo passado de colonização mas ainda hoje perante a
globalização há grande dependência em relação ao continente europeu. O Comércio
regional é pouco expressivo apesar da existência de organizações para
integração econômica. As heranças históricas do colonialismo, uma política
econômica gerida por políticos ditatoriais, as diferenças étnicas e religiosas
geradoras de instabilidades internas, tem enfraquecido a região. Tudo isso
aliado ao desenvolvimento tecnológico e globalização, tem colocado o continente
africano em situação de dependência. A sua economia que é pouco diversificada,
fornecedora basicamente de matéria prima, não permite romper a curto prazo com
o modelo financeiro que os subordina aos países consumidores. Por isso é
necessário expandir o leque de suas exportações e importações, o que já começa
a fazer com os chineses.
Política: A África
sempre foi o continente de menor captação de recursos externos, mas esta
situação começa a se alterar devido o interesse da China no continente
africano. O interesse dos chineses na África não é tão recente, calcula-se que
nas últimas 4 décadas o governo chinês tenha enviado em torno de 20 mil
técnicos agrícolas e especialistas de diversas áreas, e que em torno de 500 mil
chineses vivem na África. Na parte subsaariana consta a presença chinesa desde
a década de 1960, e ultimamente tem havido um crescimento do comercio entre a
china e África, com os chineses vendendo produtos manufaturados e comprando
especialmente petróleo e minerais metálicos.
VIII. SITUAÇÃO DE
APRENDIZAGEM 4
ÁFRICA E AMÉRICA
ATIVIDADE VIII.
A PARTIR DO TEXTO FAÇA UMA PESQUISA MAIS ABRANGENTE QUE INFORME AS REAIS RELAÇÕES ENTRE AS AMÉRICAS E A ÁFRICA DESDE A COLONIZAÇÃO, ATÉ OS DIAS DE HOJE.
África e America - Fatores culturais no processo de civilização
A África é um
continente com grande diversidade étnica, cultural, social e política. O Egito
foi provavelmente o primeiro estado a ser formado no continente africano há
cerca de 5000 mil anos. Note que algumas pessoas não sabem que o Egito está na
África, como se quisessem desvincular um lugar tão lindo de um povo, manipuladamente
esteriótipo, violento, dados à guerras, escravista. Descobri a histórias dos
povos Banto ou Bantu, unidos pela etnolinguística, estão localizados de
Camarões até a África do Sul e ao oceano Índico, são cerca de 400 subgrupos
étnicos diferentes unidos pela língua materna, a língua da família banta.
Antes da colonização
viviam da agricultura, da pesca e já conheciam a metalurgia. São desta região os negros escravos
que foram para São Paulo e Rio de Janeiro. As maneiras de colonizar, por
seu objetivo inicial de pura exploração, são muito similares para todos
os povos colonizados, porém, o fator cultural foi determinante. Todas as formas
de sociedade se pautam em regras normativas que controlam aquela nação, normas
que podem ser estatais, religiosas ou míticas. São muitas as histórias que
fazem parte da cultura popular bantu, porém, todas têm em comum a crença de que
seus ancestrais tem poder para auxilio ou castigo, interferindo diretamente na
vida de membros da comunidade. Como os ancestrais, que detém o poder de
decisão, são parentes mortos, todos os esforços se concentram num bem comum,
num bem voltado àquela comunidade. Assim, quando alguém na aldeia sofre,
provavelmente, é porque aborreceu algum morto, que como forma de castigo, faz
aquela pessoa sofrer. Os primeiros contatos com os europeus ocorreu no século
XV. Há um livro de uma historiadora (perdoem minha falha, mas não lembro seu
nome, prometo buscar informações e postar no blog) onde ela afirma que para
esses povos, o mar e o bosque significam a morte, pois, nos bosques enterravam
seus mortos e o mar viam como uma imensidão desconhecida e assustadora. Ao
verem os navios apinhados de gente, vindos do mar, pensaram ser os mortos
chegando do além. Da mesma forma Moctezuma II, imperador dos Astecas,
considerou ser
Fernando Cortéz a personificação do Deus Quetzalcóatl, e seus cavalos, animais não conhecidos desses povos, portanto não pertencentes a sua semiótica, parecendo, um corpo só, como um centauro. Conheceram os espanhóis no século XVI, se alinharam à eles e trabalharam como escravos, extraindo metais preciosos, substituídos, quando morriam, como peças de engrenagem até o fim desta civilização. Claro que após o primeiro contato as verdadeiras intenções apareceram, mas a submissão ao mítico, mesmo que inconsciente, foi determinante facilitando, e muito, a aproximação do colonizador.
Fernando Cortéz a personificação do Deus Quetzalcóatl, e seus cavalos, animais não conhecidos desses povos, portanto não pertencentes a sua semiótica, parecendo, um corpo só, como um centauro. Conheceram os espanhóis no século XVI, se alinharam à eles e trabalharam como escravos, extraindo metais preciosos, substituídos, quando morriam, como peças de engrenagem até o fim desta civilização. Claro que após o primeiro contato as verdadeiras intenções apareceram, mas a submissão ao mítico, mesmo que inconsciente, foi determinante facilitando, e muito, a aproximação do colonizador.