2as SERIES
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6
OS CIRCUITOS DA PRODUÇÃO (II): O ESPAÇO AGROPECUÁRIO
A exportação de soja e o agronegócio; o movimento dos
sem-terra e a distribuição desigual das propriedades agrícolas. Todos esses
temas são relacionados à agropecuária no Brasil.
O enorme volume de exportações do agronegócio é devido a
modernização que explica tanto os
circuitos de produção modernos como a expropriação de trabalhadores de suas
terras.
A manchete da pagina 48 e a
fotografia e tabela da pagina 49 do caderno do aluno mostra como
existe diferentes formas de manifestação e representação de um mesmo fenômeno:
o padrão de extrema concentração que caracteriza a estrutura fundiária
brasileira.
O complexo Petrolina-Juazeiro exporta frutas para países e
regiões situadas no Hemisfério Norte, especialmente Estados Unidos, Europa e
parte da Ásia, durante o período de inverno, de forma a aproveitar a ociosidade
da infraestrutura atacadista do destino das exportações. Devido à sua maior
proximidade do mercado norte-americano e do europeu, apresenta uma vantagem de
até seis dias de transporte marítimo, em comparação com as cargas que partem
dos portos da região Sudeste.
Brasil: uso da terra nos estabelecimentos agropecuários, 2006
Uso da terra - Em hectares - Em porcentagem
Lavoura
--------------- 76 697 324 --------
22,0
Pastagem --------------- 172 333 073 -------- 49,4
Matas e florestas------ 99 887 620 -------- 28,6
Área total ------------- 348 918 017 -------- 100,0
De acordo com o gráfico
da pagina 56 quase a metade das
terras cadastradas como estabelecimentos agropecuários no Brasil é utilizada
para a pastagem, enquanto perto de 30% das terras são reservados para matas e
florestas. As terras para as lavouras ocupam o terceiro lugar.
De acordo com o texto, o plantio de eucalipto é altamente
impactante, uma vez que: aprofunda o nível de base do lençol freático,
secando-o; provoca degradação dos solos; e contribui para a contaminação
química. Além disso, o cultivo de eucalipto utiliza intensamente os recursos
hídricos e impede o desenvolvimento de outras espécies vegetais, diminuindo a
biodiversidade.
Exista ainda situações
de conflito pela terra no Brasil.
O intenso processo de
expansão da soja no Brasil ocorre
particularmente na direção da Amazônia e dos cerrados nordestinos em um período
de pouco mais de dez anos.
Existe uma pressão para ampliar o cultivo de soja nas áreas
que circundam o Parque Indígena do Xingu. Isso é particularmente grave porque
essas áreas abrigam as nascentes do Rio Xingu, base de sobrevivência das
comunidades indígenas locais.
Em relação aos
impactos ambientais os problemas que
afetam a agricultura e ameaçam a segurança alimentar dos povos do Brasil e do
mundo. O Brasil é o maior consumidor
mundial de agrotóxicos.
Em relação a estrutura
fundiária e os conflitos e
movimentos sociais no campo e a expansão da fronteira agrícola na Amazônia,
existe um grande impacto potencial
devido o avanço da fronteira agrícola
sobre a maior floresta equatorial contígua do mundo.
Com base nos conteúdos
estudados, sabe-se que a cultura da soja
exige, na maioria dos casos, grandes propriedades, intensa mecanização e pouca mão de obra. Em
contrapartida, o enunciado da questão
também solicita que reconheçam que a fruticultura se desenvolve,
geralmente, em propriedades médias e
pequenas, com o emprego de máquinas mais leves e maior número de trabalhadores
ou mão de obra. De maneira complementar, poderão ainda apontar que os estabelecimentos rurais onde
ocorre a produção de soja requerem
investimentos mais elevados de capital quando comparados às unidades
produtivas da fruticultura; que, em razão da relação entre investimento e mão
de obra ocupada, os empregos diretos
gerados pela cultura da soja têm custo mais alto que os da fruticultura; e, por último, que, para ser
lucrativa, a soja requer grande escala de produção, o que em parte explica sua
expansão por vastos espaços do país.
Em relação a
reforma agrária sabe-se que
propriedades de quinhentos até dois
mil hectares ocupam menos de vinte e cinco por cento da área do país e representam menos de três por cento
dos imóveis.