2as séries - 4o BIMESTRE - A TECTÔNICA DE PLACAS E O RELEVO BRASILEIRO
2as séries
A TECTÔNICA DE PLACAS E O RELEVO
BRASILEIRO
As placas tectônicas correspondem às porções da crosta terrestre (litosfera). A
atividade interna da terra (terremotos, vulcanismo), atinge mais facilmente a
superfície nas áreas em que ocorre o contato entre as placas (bordas) do que
nas áreas centrais das mesmas. Os efeitos da pressão interna da terra nas
bordas das placas são mais fortes, mais frequentes e mais perigosos e,
portanto, transforma o relevo com mais intensidade.
O encontro (choque) entre as placas provoca uma destruição parcial nas suas
bordas, abrindo maiores espaços para a manifestação das atividades internas,
principalmente, os terremotos. Quando ocorre o afastamento das placas
tectônicas, aumenta a largura da fissura entre elas, o que favorece a
ocorrência de vulcões e terremotos. Os movimentos internos da terra atingem a
superfície principalmente em áreas de fissuras, falhas e fragilidade da placa
tectônica Relevo brasileiro: devido ao fato de ser predominantemente de formação antiga,
encontra-se bastante desgastado, resultado do longo período de exposição aos
agentes erosivos (chuvas, ventos) e, por isso, não apresenta grandes altitudes.
As forças internas da terra, atuando sobre a movimentação das placas,
determinaram dois tipos de formação geológica no Brasil:
1- escudos ou maciços antigos- correspondem às formações geológicas mais antigas e, portanto, são
mais desgastadas e, também, mais estáveis em relação à ação dos terremotos e do
vulcanismo. De acordo com o grau de antiguidade dos escudos, costuma-se
subdividi-los em :
A)- áreas de plataformas ou crátons- correspondem às formações rochosas
muito antigas.
A)- áreas de plataformas ou crátons- correspondem às formações rochosas
muito antigas. B)- áreas de cinturões orogênicos- embora também sejam muito antigas, são mais recentes se comparadas às
áreas de crátons. São também conhecidas por dobramentos antigos
2- bacias sedimentares- presentes na maior parte do território brasileiro, são constituídas
principalmente pela deposição de sedimentos provenientes do desgaste de rochas
em áreas de maior altitude. Ao longo do tempo, foram propostas várias divisões
do relevo brasileiro, sendo a mais atual a divisão elaborada por Jurandir Ross,
que identifica no relevo brasileiro 11 planaltos, 11 depressões e 6 planícies.
1-depressões: são as áreas mais baixas em relação às áreas
vizinhas, geralmente formadas entre as bacias sedimentares e os escudos
cristalinos. Estão presentes em grande quantidade no território brasileiro. Ex:
depressão da Amazônia ocidental, depressão da bacia do rio Paraná. 2- planaltos: são os terrenos mais antigos e resistentes que, mesmo sofrendo um
longo período de desgaste,ainda conservam uma altitude relativa. Tais altitudes
são consideradas modestas, quando comparadas às grandes cadeias montanhosas do
planeta, de formação geológica mais recente. Ex: serras do atlântico
leste-sudeste; planaltos de Goiás e Minas Gerais.
3- planícies: formam-se a partir da deposição
de sedimentos nas áreas mais baixas de um terreno. Em geral, localizam-se
próximas ao litoral ou de grandes rios. Ex: planície amazônica; planícies
costeiras.
ÁGUA: IMPORTÂNCIA ECONÔMICA E AMBIENTAL
A água é considerada um recurso ou bem econômico, porque é finita,
vulnerável e essencial para a conservação da vida e do meio ambiente. Além
disso, sua escassez impede o desenvolvimento de diversas regiões. Por outro
lado, é também tida como um recurso ambiental, pois a alteração adversa desse
recurso pode contribuir para a degradação da qualidade ambiental. Já a degradação
ambiental afeta, direta ou indiretamente, a saúde, a segurança e o bem-estar da
população; as atividades sociais e econômicas; a fauna e a flora; as condições
estéticas e sanitárias do meio; e a qualidade dos recursos ambientais.
ÁGUAS NO BRASIL: GESTÕES E INTERVENÇÕES
O Brasil detém 12,7% das reservas de água doce superficial do mundo e, em
razão disso, é considerado um país rico nesse recurso fundamental para a
manutenção da vida.
Ter a disponibilidade de água não garante à população um abastecimento justo e
sustentável, o que resulta na necessidade de implantação de políticas visando a
gestão inteligente desse recurso pois, trata-se de uma questão urgente, que
envolve a própria manutenção da vida.
Mananciais- são todas as fontes de água, superficiais ou subterrâneas (rios,
lagos, represas, lençóis freáticos), que podem ser usadas para o abastecimento
das populações. Para cumprir sua função, um manancial precisa de cuidados
especiais, garantidos por políticas eficientes de preservação ambiental. A expansão
desordenada dos grandes centros urbanos no Brasil comprometeu sensivelmente a
qualidade das fontes de água próximas às metrópoles, como no caso da cidade de
São Paulo.
GESTÃO INADEQUADA DAS ÁGUAS: O CASO DO RIO TIETÊ
As águas do rio Tietê, devido aos altos índices de poluição, não podem ser
utilizadas para irrigar plantações, nem para o abastecimento da cidade de São
Paulo. No entanto, a cidade depende da captação de água de outras cidades para
garantir seu abastecimento. Assim, pode-se dizer que houve uma opção por um uso
limitado do rio Tietê (sistema de saneamento) e, desse modo, ele está sendo
destruído. Tal situação é um exemplo típico de uma gestão inadequada dos
recursos hídricos.
REPRESA DE GUARAPIRANGA
A partir da década de 1970, a cidade começou a se expandir em direção à
represa de Guarapiranga, com ocupações clandestinas que despejam esgoto sem
tratamento diretamente na represa, responsável por parcela significativa do
abastecimento de água da região da grande São Paulo.
A IMPORTÂNCIA DO RIO SÃO FRANCISCO
O rio São Francisco, também conhecido como “o rio da unidade nacional” ou,
“o velho Chico”, corresponde a uma das mais importantes bacias hidrográficas do
país. Passando por áreas próximas ao semi-árido nordestino, serve como
principal fonte de sobrevivência e abastecimento das populações que habitam
tais áreas. Apesar de sua importância, o rio São Francisco tem sido vítima de
grandes impactos ambientais devido, principalmente, à construção de barragens e
a carga de poluentes que recebe das áreas urbanas e também das áreas agrícolas.
O PROJETO DE TRANSPOSIÇÃO DAS ÁGUAS DO RIO SÃO FRANCISCO
Atualmente, o Rio São Francisco é alvo de uma obra polêmica, que tem como
objetivo, até o ano de 2025, transpor para áreas mais interiores do semi-árido,
parte de suas águas. Ambientalistas e políticos de estados banhados pelo rio
São Francisco são contrários à obra, argumentando que a mesma pode implicar em
riscos para a manutenção do rio. Já os defensores da obra argumentam que o rio
não correrá riscos pois, o volume de água que será retirado não será tão
significativo, a ponto de implicar em riscos ambientais. O nome do projeto vem
do fato de as águas serem bombeadas para “transpor” os limites da bacia do rio
São Francisco, alimentando outros rios. O projeto prevê a retirada de dois
pontos do rio, ambos em Pernambuco. O eixo norte levará água a rios e açudes do
Ceará, Rio Grande do Norte e oeste da Paraíba. No eixo leste, as águas serão
captadas para abastecer mananciais em Pernambuco e no leste da Paraíba.
Com um custo estimado em 4,5 bilhões de reais, as críticas ao projeto
aumentaram após uma avaliação do Tribunal de Contas da União, que aponta
possíveis prejuízos na relação custo-benefício da obra, pois, para que a água
chegue em todos os locais previstos pelo projeto, será preciso realizar
centenas de pequenas obras complementares. Além disso, estudos apontam que o
projeto não será suficiente para solucionar o problema do abastecimento de água
da região.
ÁGUA: IMPORTÂNCIA ECONÔMICA E AMBIENTALA água é considerada um recurso ou bem econômico, porque é finita,
vulnerável e essencial para a conservação da vida e do meio ambiente. Além
disso, sua escassez impede o desenvolvimento de diversas regiões. Por outro
lado, é também tida como um recurso ambiental, pois a alteração adversa desse
recurso pode contribuir para a degradação da qualidade ambiental. Já a degradação
ambiental afeta, direta ou indiretamente, a saúde, a segurança e o bem-estar da
população; as atividades sociais e econômicas; a fauna e a flora; as condições
estéticas e sanitárias do meio; e a qualidade dos recursos ambientais.
ÁGUAS NO BRASIL: GESTÕES E INTERVENÇÕESO Brasil detém 12,7% das reservas de água doce superficial do mundo e, em
razão disso, é considerado um país rico nesse recurso fundamental para a
manutenção da vida.
Ter a disponibilidade de água não garante à população um abastecimento justo e
sustentável, o que resulta na necessidade de implantação de políticas visando a
gestão inteligente desse recurso pois, trata-se de uma questão urgente, que
envolve a própria manutenção da vida.
Mananciais- são todas as fontes de água, superficiais ou subterrâneas (rios,
lagos, represas, lençóis freáticos), que podem ser usadas para o abastecimento
das populações. Para cumprir sua função, um manancial precisa de cuidados
especiais, garantidos por políticas eficientes de preservação ambiental. A expansão
desordenada dos grandes centros urbanos no Brasil comprometeu sensivelmente a
qualidade das fontes de água próximas às metrópoles, como no caso da cidade de
São Paulo.
GESTÃO INADEQUADA DAS ÁGUAS: O CASO DO RIO TIETÊAs águas do rio Tietê, devido aos altos índices de poluição, não podem ser
utilizadas para irrigar plantações, nem para o abastecimento da cidade de São
Paulo. No entanto, a cidade depende da captação de água de outras cidades para
garantir seu abastecimento. Assim, pode-se dizer que houve uma opção por um uso
limitado do rio Tietê (sistema de saneamento) e, desse modo, ele está sendo
destruído. Tal situação é um exemplo típico de uma gestão inadequada dos
recursos hídricos.
REPRESA DE GUARAPIRANGAA partir da década de 1970, a cidade começou a se expandir em direção à
represa de Guarapiranga, com ocupações clandestinas que despejam esgoto sem
tratamento diretamente na represa, responsável por parcela significativa do
abastecimento de água da região da grande São Paulo.
A IMPORTÂNCIA DO RIO SÃO FRANCISCOO rio São Francisco, também conhecido como “o rio da unidade nacional” ou,
“o velho Chico”, corresponde a uma das mais importantes bacias hidrográficas do
país. Passando por áreas próximas ao semi-árido nordestino, serve como
principal fonte de sobrevivência e abastecimento das populações que habitam
tais áreas. Apesar de sua importância, o rio São Francisco tem sido vítima de
grandes impactos ambientais devido, principalmente, à construção de barragens e
a carga de poluentes que recebe das áreas urbanas e também das áreas agrícolas.
O PROJETO DE TRANSPOSIÇÃO DAS ÁGUAS DO RIO SÃO FRANCISCOAtualmente, o Rio São Francisco é alvo de uma obra polêmica, que tem como
objetivo, até o ano de 2025, transpor para áreas mais interiores do semi-árido,
parte de suas águas. Ambientalistas e políticos de estados banhados pelo rio
São Francisco são contrários à obra, argumentando que a mesma pode implicar em
riscos para a manutenção do rio. Já os defensores da obra argumentam que o rio
não correrá riscos pois, o volume de água que será retirado não será tão
significativo, a ponto de implicar em riscos ambientais. O nome do projeto vem
do fato de as águas serem bombeadas para “transpor” os limites da bacia do rio
São Francisco, alimentando outros rios. O projeto prevê a retirada de dois
pontos do rio, ambos em Pernambuco. O eixo norte levará água a rios e açudes do
Ceará, Rio Grande do Norte e oeste da Paraíba. No eixo leste, as águas serão
captadas para abastecer mananciais em Pernambuco e no leste da Paraíba.
Com um custo estimado em 4,5 bilhões de reais, as críticas ao projeto
aumentaram após uma avaliação do Tribunal de Contas da União, que aponta
possíveis prejuízos na relação custo-benefício da obra, pois, para que a água
chegue em todos os locais previstos pelo projeto, será preciso realizar
centenas de pequenas obras complementares. Além disso, estudos apontam que o
projeto não será suficiente para solucionar o problema do abastecimento de água
da região.