1as séries - 4o BIMESTRE - A VINCULAÇÃO ENTRE CLIMA E VEGETAÇÃO NO MEIO AMBIENTE
1as séries 4o BIMESTRE
A VINCULAÇÃO ENTRE CLIMA E VEGETAÇÃO NO MEIO
AMBIENTE
A VIDA NOS BIOMASECOSSISTEMA
A Amazônia
A
Floresta Amazônica ocupa a Região Norte do Brasil, abrangendo cerca de 47% do
território nacional. É a maior formação florestal do planeta, condicionada pelo
clima equatorial úmido. Esta possui uma grande variedade de fisionomias
vegetais, desde as florestas densas até os campos. Florestas densas são
representadas pelas florestas de terra firme, as florestas de várzea,
periodicamente alagadas, e as florestas de igapó, permanentemente inundadas e
ocorrem na por quase toda a Amazônia central. Os campos de Roraima ocorrem
sobre solos pobres no extremo setentrional da bacia do Rio Branco. As
campinaranas desenvolvem-se sobre solos arenosos, espalhando-se em manchas ao
longo da bacia do Rio Negro. Ocorrem ainda áreas de cerrado isoladas do ecossistema
do Cerrado do planalto central brasileiro.
O Semi-árido (Caatinga)
A área
nuclear do Semi-Árido compreende todos os estados do Nordeste brasileiro, além
do norte de Minas Gerais, ocupando cerca de 11% do território nacional. Seu
interior, o Sertão nordestino, é caracterizado pela ocorrência da vegetação
mais rala do Semi-árido, a Caatinga. As áreas mais elevadas sujeitas a secas
menos intensas, localizadas mais próximas do litoral, são chamadas de Agreste.
A área de transição entre a Caatinga e a Amazônia é conhecida como Meio-norte
ou Zona dos cocais. Grande parte do Sertão nordestino sofre alto risco de
desertificação devido à degradação da cobertura vegetal e do solo.
O Cerrado
O
Cerrado ocupa a região do Planalto Central brasileiro. A área nuclear contínua
do Cerrado corresponde a cerca de 22% do território nacional, sendo que há
grandes manchas desta fisionomia na Amazônia e algumas menores na Caatinga e na
Mata Atlântica. Seu clima é particularmente marcante, apresentando duas
estações bem definidas. O Cerrado apresenta fisionomias variadas, indo desde
campos limpos desprovidos de vegetação lenhosa a cerradão, uma formação arbórea
densa. Esta região é permeada por matas ciliares e veredas, que acompanham os
cursos d'água.
A Mata Atlântica
A
Mata Atlântica, incluindo as florestas estacionais semideciduais, originalmente
foi a floresta com a maior extensão latitudinal do planeta, indo de cerca de 6
a 32oS. Esta já cobriu cerca de 11% do território nacional. Hoje,
porém a Mata Atlântica possui apenas 4% da cobertura original. A variabilidade
climática ao longo de sua distribuição é grande, indo desde climas temperados
superúmidos no extremo sul a tropical úmido e semi-árido no nordeste. O relevo
acidentado da zona costeira adiciona ainda mais variabilidade a este
ecossistema. Nos vales geralmente as árvores se desenvolvem muito, formando uma
floresta densa. Nas enconstas esta floresta é menos densa, devido à freqüente
queda de árvores. Nos topos dos morros geralmente aparecem áreas de campos
rupestres. No extremo sul a Mata Atlântica gradualmente se mescla com a
floresta de Araucárias.O Pantanal Mato-Grossense O
Pantanal mato-grossense é a maior planície de inundação contínua do planeta,
coberta por vegetação predominantemente aberta e que ocupa 1,8% do território
nacional. Este ecossistema é formado por terrenos em grande parte arenosos,
cobertos de diferentes fisionomias devido a variedade de microrelevos e regimes
de inundação. Como área transicional entre Cerrado e Amazônia, o Pantanal
ostenta um mosaico de ecossistemas terrestres com afinidades sobretudo com o
Cerrado.
Os Campos do Sul (Pampas)
No
clima temperado do extremo sul do país desenvolvem-se os campos do sul ou
pampas, que já representaram 2,4% da cobertura vegetal do país. Os terrenos
planos das planícies e planaltos gaúchos e as coxilhas, de relevo
suave-ondulado, são colonizados por espécies pioneiras campestres que formam
uma vegetação tipo savana aberta. Há ainda áreas de florestas estacionais e de
campos de cobertura gramíneo-lenhosa.
BIOSFERA
E BIOMAS
As
partes mais claras indicam a presença de regiões desérticas, com pouca ou
nenhuma vegetação (ou seja, pouca ou nenhuma produtividade). Como exemplos,
veja, da esquerda para a direita, o grande deserto central da Austrália, na
Oceania, o deserto de Atacama no sudoeste da América do Sul e o deserto do
Saara no norte da África.No
outro extremo, estão as partes mais escuras, cobertas por vegetação densa
(altamente produtivas). Bons exemplos são as florestas tropicais do norte da
América do Sul, do centro da África e do sudeste asiático, bem como as
florestas temperadas altamente produtivas do sudeste da América do Norte.Já no
século passado, muito antes do uso de satélites, os exploradores começaram a
notar que grandes regiões da terra possuíam vegetação semelhante, mesmo em
continentes diferentes.Começam
então a aparecer classificações das grandes formações vegetais ou biomas da
Terra.Também
desde o século passado, começaram a notar que as formações vegetais eram
determinadas principalmente pelo clima, em especial, temperatura e a
pluviosidade (quantidade de chuvas).Esta
figura mostra que é possível prever, em termos bem gerais, o tipo de bioma que
ocorre em uma determinada região simplesmente sabendo quais as médias de
temperatura e pluviosidade da mesma. Por exemplo, uma região que combine
temperaturas altas com pluviosidade também alta muito provavelmente será
coberta por florestas tropicais, ao passo que uma região com temperaturas
altas, mas como pluviosidade muito baixa será recoberta por desertos.Portanto,
embora outros fatores possam também ser importantes (como os solos, por
exemplo), as médias anuais de temperatura e pluviosidade são ótimos indicadores
do tipo de bioma que ocorre em uma determinada região.Quando
comparamos os mapas abaixo (mostrados em aula), fica ainda mais clara a
associação entre os mesmos. A figura da esquerda é uma classificação de climas
e a da direita, de vegetação. Note que as coincidências são enormes.
De
fato, a coincidência entre clima e vegetação, numa escala de pouco detalhe, é
tão evidente que chegou-se a propor um mapa de climas baseado nas formações
vegetais. As coincidências resultantes eram muito grandes.Porém,
ao se observar com maior detalhe, verifica-se que, numa mesma região climática
outros tipos de vegetação também podem ocorrer, em áreas restritas.
Verificou-se então que as pequenas diferenças entre os tipos de clima e
vegetação eram conseqüência de tipos diferentes de solo sob um mesmo clima,
mostrando que os solos também tinham um papel relativamente importante na
determinação das formações vegetais.Além
dos solos, em uma escala mais localizada outros fatores como o relevo, a
distância do mar, e a história do local, considerando-se a ocorrência de
interferências humanas e catástrofes naturais, podem ter influência na
disponibilidade hídrica, gerando variações a nível local ou regional.Biomas
Biomas são as grandes formações vegetais
encontradas nos diferentes continentes e devidas principalmente aos fatores
climáticos (temperatura e umidade) relacionados à latitude. Veja na tabela
abaixo as características gerais dos principais biomas da Terra. As variações
da vegetação encontradas dentro do mesmo bioma, devidas principalmente ao solo,
topografia, disponibilidade de água e ação humana recebem o nome de biótopos.
AMAZONIA
Introdução Situada
na região norte da América do Sul, a floresta amazônica possui uma extensão de
aproximadamente 7 mil quilômetros quadrados, espalhada por territórios do
Brasil, Venezuela, Colômbia,
Peru, Bolívia, Equador, Suriname,
Guiana e Guiana Francesa. Porém, a maior parte da
floresta está presente em território brasileiro (estados do Amazonas, Amapa,
Rondônia, Acre, Pará e Roraima). Em função de sua biodiversidade e importância, foi
apelidada de o "pulmão do mundo".
Conhecendo a floresta
É uma
floresta tropical fechada, formada em boa parte por árvores de grande porte,
situando-se próximas uma das outras (floresta fechada). O solo desta floresta
não é muito rico, pois possui apenas uma fina camada de nutrientes. Esta é
formada pela decomposição de folhas, frutos e animais mortos. Este rico húmus é
matéria essencial para as milhares de espécies de plantas e árvores que se
desenvolvem nesta região. Outra característica importante da floresta amazônica
é o perfeito equilíbrio do ecossistema. Tudo que ela produz é aproveitado de
forma eficiente. A grande quantidade de chuvas na região também colabora para o
seu perfeito desenvolvimento.
Como as árvores crescem muito juntas uma das outras, as espécies de vegetação
rasteira estão presentes em pouca quantidade na floresta. Isto ocorre, pois com
a chegada de poucos raios solares ao solo, este tipo de vegetação não consegue
se desenvolver. O mesmo vale para os animais. A grande maioria das espécies
desta floresta vive nas árvores e são de pequeno e médio porte. Podemos citar
como exemplos de animais típicos da floresta amazônica: macacos, cobras,
marsupiais, tucanos, pica-paus, roedores, morcegos entre outros. Os rios que
cortam a floresta amazônica (rio amazonas e seus afluentes) são repletos de
diversas espécies de peixes.
O clima que encontramos na região desta floresta é o equatorial, pois ela está situada próxima à
linha do equador. Neste tipo de clima, as temperaturas são elevadas e o índice
pluviométrico (quantidade de chuvas) também. Num dia típico na floresta
amazônica, podemos encontrar muito calor durante o dia com chuvas fortes no
final da tarde.
Problemas atuais enfrentados pela floresta
amazônica:
Um
dos principais problemas é o desmatamento ilegal e predatório. Madereiras
instalam-se na região para cortar e vender troncos de árvores nobres. Há também
fazendeiros que provocam queimadas na floresta para ampliação de áreas de
cultivo (principalmente de soja). Estes dois problemas preocupam cientistas e
ambientalistas do mundo, pois em pouco tempo, podem provocar um desequilíbrio
no ecossistema da região, colocando em risco a floresta.
Outro problema é a biopirataria na floresta amazônica. Cientistas estrangeiros
entram na floresta, sem autorização de autoridades brasileiras, para obter
amostras de plantas ou espécies animais. Levam estas para seus países,
pesquisam e desenvolvem substâncias, registrando patente e depois lucrando com
isso. O grande problema é que o Brasil teria que pagar, futuramente, para
utilizar substâncias cujas matérias-primas são originárias do nosso território.
Com a descoberta de ouro na região (principalmente no estado do Pará), muitos
rios estão sendo contaminados. Os garimpeiros usam o mercúrio no garimpo,
substância que está contaminando os rios e peixes da região. Índios que
habitam a floresta amazônica também sofrem com a extração de ouro na região,
pois a água dos rios e os peixes são importantes para a sobrevivência das
tribos.
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